Breque dos APPs reúne entregadores de 59 cidades incluindo São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro e Salvador


Entregadores exigem melhores condições de trabalho.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da redação da Rede Hoje

Trabalhadores de plataformas de entrega anunciaram uma greve nacional de dois dias, começando nesta segunda-feira (31). Chamado de "Breque dos APPs", o movimento reúne entregadores em 59 cidades, incluindo grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A ação conta com o apoio de entidades como a Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea) e o Movimento VAT (Vida Além do Trabalho).

Entre as principais reivindicações estão:

- Pagamento mínimo de R$ 2,50 por quilômetro rodado

- Limite de 3 km para entregas feitas de bicicleta

- Fim do agrupamento de corridas sem compensação financeira adequada

Os trabalhadores argumentam que os ganhos atuais não cobrem custos como combustível, manutenção de veículos e os riscos do trabalho, enquanto as plataformas aumentam seus lucros. Dados do IBGE mostram que em 2022 cerca de 1,5 milhão de brasileiros trabalhavam por aplicativos de serviço.

A paralisação afeta principais plataformas como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. Protestos estão marcados em 19 capitais, com concentrações em pontos estratégicos como a Praça Charles Miller em São Paulo, seguindo para o MASP e sede do iFood.

Em nota, o iFood afirmou que aumentou valores pagos por quilômetro nos últimos anos e elevou a taxa mínima por entrega de R$ 5,31 (2022) para R$ 6,50 (2023). Já a Amobitec, associação que representa as plataformas, declarou apoio à regulamentação do setor.

Esta é a terceira grande mobilização dos entregadores desde 2020. Apesar dos desafios de organização - já que os trabalhadores não possuem uma estrutura sindical unificada - o movimento busca chamar atenção para a precariedade das condições de trabalho no setor, que cresceu exponencialmente durante a pandemia.

O debate sobre direitos trabalhistas na economia digital ganha força enquanto as plataformas se expandem, sem que exista ainda uma regulamentação clara para a categoria.


Fonte: TVT News


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