famílias com renda de até R$ 12 mil mensais poderão financiar imóveis de até R$ 500 mil com juros reduzidos e prazo de pagamento de até 35 anos.
Casas populares construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que agora também atenderá a classe média. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Da redação da Rede Hoje

O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta terça-feira (16) a criação de uma nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida para atender famílias da classe média, com renda mensal de até R$ 12 mil. A medida, anunciada no início do mês pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, amplia o público-alvo do programa habitacional.

A nova modalidade permitirá a compra de imóveis de até R$ 500 mil, com financiamento de até 420 meses (35 anos) e juros nominais de 10% ao ano, abaixo dos praticados pelo mercado. A expectativa é beneficiar 120 mil famílias em 2025.

Além da nova faixa — chamada informalmente de Minha Casa, Minha Vida – Classe Média —, o conselho também reajustou os limites de renda das demais faixas do programa:

  • Faixa 1: passa a atender famílias com renda de até R$ 2.850 (antes, R$ 2.640).

  • Faixa 2: limite ampliado de R$ 4.400 para R$ 4.700.

  • Faixa 3: renda máxima sobe de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil. Imóveis de até R$ 350 mil poderão ser financiados, com juros entre 7,66% e 8,16% ao ano.

O plano também prevê redução nas taxas de juros, que podem cair em até 1,16 ponto percentual para mais de 100 mil famílias. Cerca de 20 mil famílias passarão a ter acesso aos subsídios do FGTS.

Para viabilizar as medidas, serão mobilizados R$ 15 bilhões do FGTS, com contrapartida de outros R$ 15 bilhões de instituições financeiras, totalizando R$ 30 bilhões disponíveis para financiamento habitacional na nova faixa.

Segundo o Ministério das Cidades, as mudanças devem ser implementadas até maio. Desde sua retomada, em 2023, o programa já contratou 1,3 milhão de moradias, com investimento de R$ 190 bilhões. Mais de 43 mil obras paradas foram retomadas e entregues, beneficiando 173 mil pessoas.


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