Filme gravado em Goiás com Othon Bastos e Emílio Orciollo Netto estreia dia 3 de maio na cidade natal do diretor, tem ainda: Fábio Parreira, Paulo Ernesto e Marcos Bazzar (patrocinenses) ; drama aborda amizade, luto e depressão com sensibilidade e poesia.


Vitor (Othon Bastos) e Arthur (Emílio Orciollo Netto)  e Alberto Araújo, diretor, durante as filmagens em Goiás –
Foto: Divulgação

Da Redação da Rede Hoje

Depois de mais de uma década desde o lançamento de Vazio Coração (2013), o cineasta patrocinense Alberto Araújo retorna às telas com seu segundo longa-metragem, O Voo do Anjo. A estreia em Patrocínio, marcada para o dia 3 de maio às 20h, nas duas salas do Patrocine, no Centro Comercial do Cerrado, promete ser um momento especial para o diretor e o público local. A exibição será uma celebração do cinema regional com projeção nacional.

Rodado em abril do ano passado nas cidades de Goiânia e Paraúna, ambas em Goiás, o filme foi finalizado em apenas 20 dias de gravação. A distribuição ficou por conta da Califórnia Filmes, com lançamento oficial nos cinemas em novembro. Atualmente, negociações avançam para sua exibição em plataformas de streaming, o que deve ampliar ainda mais seu alcance.

Com um elenco de peso, O Voo do Anjo traz o consagrado ator Othon Bastos no papel de Vitor Falcão, um professor de Física aposentado que vive em uma ampla cobertura em Goiânia. Viúvo e solitário, Vitor encontra conforto na convivência com Dora (Cida Mendes), sua empregada bem-humorada e cozinheira talentosa.

A trama ganha novos contornos com a chegada de Arthur (Emílio Orciollo Netto), professor de Sociologia, que enfrenta um turbilhão emocional após a separação de sua esposa (Dani Marques). Desorientado e abalado por um trauma familiar, Arthur encontra em Vitor um apoio inesperado e vital para seu recomeço.

O roteiro, escrito pelo próprio Araújo, mergulha em temas delicados como o luto, a depressão e o sentimento de vazio existencial. No centro da narrativa está a amizade entre dois homens de gerações distintas, unidos por feridas invisíveis e pela vontade de reencontrar o sentido da vida.

Patrocinenses

Além do elenco principal, o filme conta com participações especiais de atores de Patrocínio: Fábio Parreira, Paulo Ernesto e Marcos Bazzar. A presença dos conterrâneos de Alberto Araújo reforça o vínculo emocional do cineasta com a cidade onde foi criado e começou sua vida profissional (ele é natural de Coromandel), dando ao projeto um toque ainda mais íntimo e pessoal.

O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio do Ministério da Cultura e da Secretaria de Cultura de Goiânia. O incentivo foi essencial para viabilizar a produção, especialmente em um momento de reconstrução do setor cultural no país.

Araújo descreve O Voo do Anjo como "uma carta de amor à amizade e à resiliência humana", destacando a importância de retratar a saúde mental com sensibilidade e profundidade. O filme não entrega respostas fáceis, mas convida o espectador a refletir sobre o impacto do afeto e da empatia nas vidas quebradas pelo tempo.

Com fotografia intimista e atuações comoventes, O Voo do Anjo se firma como um dos grandes dramas nacionais do ano. A estreia em Patrocínio é apenas o início de uma trajetória que, como sugere o título, tem tudo para alçar voos altos e emocionantes.


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