Ministro do STF votou pela absolvição de cinco aliados do ex-presidente; julgamento prossegue nesta quinta-feira (11)



O ministro Luiz Fux chega para proferir seu voto na Primeira Turma do STF, em Brasília (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Da Redação da Rede Hoje

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (10) para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais cinco aliados no julgamento da chamada trama golpista. Ao mesmo tempo, ele votou pela condenação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do general da reserva Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O julgamento é realizado pela Primeira Turma do STF e até o momento o placar é de 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro e de sete aliados. Alexandre de Moraes, relator, e Flávio Dino já haviam votado pela condenação. Ainda faltam os votos dos ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que devem se manifestar na sessão desta quinta-feira (11), a partir das 14h.

Bolsonaro

Fux rejeitou integralmente a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro, que pedia a condenação por cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada. Para o ministro, as condutas atribuídas ao ex-presidente não caracterizam atos executórios.

Mauro Cid

O ministro votou pela condenação de Mauro Cid, entendendo que ele extrapolou sua função de ajudante de ordens e manteve contatos com militares sobre medidas relacionadas ao tema, além de participar de reunião com Braga Netto em 2022.

Braga Netto

Fux também votou pela condenação do general Braga Netto por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Com isso, já há maioria de três votos pela condenação do militar, que era vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

Absolvidos

Foram absolvidos no voto de Fux:

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin

Segundo Fux, não há provas de participação desses réus em atos executórios ou em associação criminosa.

O julgamento prossegue nesta quinta-feira (11) e há ainda sessão marcada para sexta-feira (12).

Com informações da Agência Brasil


Todas as notícias