Comissão do Trabalho vai tratar do assunto nesta quinta (28), a partir das 14 horas, no Auditório José Alencar.


Tema da audiência serão as pesquisas sobre empresas que teriam sido cúmplices das violações de direitos cometidas na ditadura militar - Arquivo ALMG. Foto: Diários Associados/Divulgação


Da redação da Rede Hoje

Debater resultados de pesquisas acadêmicas que investigam a participação de empresas nas violações de direitos humanos das trabalhadoras e dos trabalhadores durante a ditadura militar.

Esse é o objetivo de audiência pública que a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar nesta quinta-feira (28/9/23).

A reunião, solicitada pelos deputados Betão (PT) e Celinho Sintrocel (PCdoB), presidente e vice-presidente da comissão, vai ocorrer às 14 horas, no Auditório José Alencar.

Segundo a assessoria do deputado Betão, levantamento do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre os anos de 2022 e 2023, focou na atuação de, pelo menos, dez empresas por cumplicidade com a ditadura militar e violação aos direitos humanos.

Algumas dessas empresas, de acordo com o gabinete, estão em Minas como a Fiat Automóveis, a Belgo-Mineira e a Mannesmann.

Na pesquisa, que teve apoio da Comissão da Verdade dos Trabalhadores e Movimento Sindical em Minas Gerais, equipes analisaram a documentação presente em acervos históricos. Além disso, também houve entrevistas com pessoas vitimadas.

Foram ouvidos funcionários, sindicalistas e militantes, comunidades indígenas, quilombolas e camponesas, conforme relatou o gabinete do parlamentar.

Ainda de acordo com o gabinete, há relatos de que as empresas teriam promovido demissões por razões políticas, coibido greves e manifestações de operários e divulgado as chamadas “listas sujas” com nomes de operários que não deveriam ser contratados por outras empresas, entre outros fatos.

Luta por justiça

O deputado Betão enfatiza que essa pesquisa é um marco na luta por justiça a esses trabalhadores mineiros. “É importante que essa história seja contada, para que não se esqueça e não se repita. E, para isso, a construção de uma memória coletiva é fundamental para que haja efetiva reparação”, diz.

Para a reunião foram chamados representantes da Procuradoria da República, do Ministério Público do Trabalho, dos Ministérios do Trabalho e Emprego e dos Direitos Humanos, e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos. Também foram convidados pesquisadores de universidades e integrantes de sindicatos.


Fonte: Comunicação da ALEMG


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