O lançamento ocorreu durante Semana Internacional do Café (SIC), esta semana na Expominas, em Belo Horizonte.

Os Expominas durante a SIC 2023. Foto: Diego Vargas / Seapa


Da redação da Rede Hoje

Um novo rótulo da Região do Cerrado Mineiro (RCM) foi lançado na Semana Internacional do Café (SIC), que ocorreu esta semana (8 a 10 de novembro) no Expominas, em Belo Horizonte. O novo produto recebeu o nome de Carcará do Cerrado, integrando os labels Ipê Amarelo e Lobo-Guará, elementos da fauna e da flora da Região do Cerrado Mineiro.

O marketing da região é o mais forte no setor no Brasil. Começou há mais de 30 anos, principalmente com a equipe liderada por Aguinaldo José de Lima, então presidente da Acarpa (Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio) e a muitas mãos, com o esforços dos produtores e muita gente do marketing a Região do Cerrado Mineiro (RCM), foi a primeira do país a receber a Denominação de Origem para seus cafés.

Semana Internacional do Café

Com o tema central "Origens produtoras – uma visão de futuro para uma nova cadeia do café ", a SIC 2023 se destacou por oferecer um conteúdo de alta qualidade que incluiu palestras, cursos, workshops, competições, provas de café, pesquisas e degustações orientadas, para atender às demandas dos profissionais do setor.

O evento, considerado uma das maiores feiras do mundo dedicadas ao universo do produto, tem como principal objetivo proporcionar oportunidades para todos os elos da cadeia produtiva do café brasileiro, além de abrir portas para mercados, compartilhar conhecimento e fomentar negócios.

O Lançamento

O novo rótulo lançado recebeu o nome de Carcará do Cerrado, integrando os labels Ipê Amarelo e Lobo-Guará, elementos da fauna e da flora da Região do Cerrado Mineiro.

O diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, conta que o novo café da Região do Cerrado Mineiro, “Carcará do Cerrado”, tem um “perfil desenvolvido por juízes de prova de café especialistas das cooperativas, que entre dezenas de amostras provadas, chegaram a este sabor, que demonstra a evolução da qualidade no cerrado mineiro. Reforçando que estes labels são comercializados pelas cooperativas filiadas à Federação e os agentes comerciais das cooperativas estarão no estande e os labels estarão nos cuppings”, destaca.


Das variedades predominantes Catuaí Amarelo e Catuaí 62, no blend “Carcará do Cerrado” o consumidor encontrará notas de frutas vermelhas, morango, uva, chocolate, vinho tinto, rum e caramelo, acidez tartárica, corpo sedoso e finalização de longa duração.

Cuppings, degustação e produtos

Nesta edição, o estande da Região do Cerrado Mineiro assumiu o compromisso com a sustentabilidade, com ênfase na prática da cafeicultura regenerativa. Os visitantes tiveram a oportunidade de participar de cuppings de cafés da região ao longo de todo o dia, de desfrutar de uma cafeteria dedicada à degustação dos cafés da safra 2023 e do novo label “Carcará do Cerrado”. Os apreciadores de café puderam também adquirir produtos personalizados que representam a qualidade do Cerrado Mineiro.

O stand teve representantes das seis cooperativas filiadas à Federação dos Cafeicultores do Cerrado - Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer, além das associações ACA, Acarpa, Amoca, Appcer, Assocafé, Assogotardo e GRE Café – Região de Araxá, destacando a intercooperação e também a promoção da Denominação de Origem.

O diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, palestrou no Fórum da Cafeicultura Sustentável sobre “Como as estratégias de origem contribuem para a governança, promoção e acesso ao mercado de café especial.”

A participação da Região do Cerrado Mineiro na Semana Internacional do Café é um testemunho do compromisso contínuo com a excelência na produção do grão e da importância de práticas sustentáveis. Esta é uma oportunidade para apreciar o sabor único dos cafés da Região e conhecer mais sobre o futuro promissor da indústria cafeeira brasileira”, avalia Juliano Tarabal.

Café em Minas

Minas é o maior produtor nacional de café. Em 2022, foram produzidas 27,5 milhões de sacas no estado e, para 2023, estão previstas 28,3 milhões. A área produtiva no estado equivale a 1,1 milhão de hectares.

O produto é o carro-chefe das exportações do agronegócio mineiro, registrando uma receita de US$ 3,8 bilhões, entre janeiro e setembro de 2023, conforme os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Os principais compradores internacionais do café de Minas Gerais no período foram Estados Unidos (US$ 664 milhões), Alemanha (US$ 577 milhões), Itália (US$ 346 milhões), Japão (US$ 278 milhões) e Bélgica (US$ 247 milhões).


Reportagem desenvolvida com informações da assessoria da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e da Agência Minas


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