Muita gente fez e continua fazendo a história do clube; saiba tudo nesta reportagem especial

O treinamento do time neste final de semana  Foto: Rede Hoje TV

Da Redação da Rede Hoje

Como o domingo é dia de matérias especiais, hoje, que antecede o grande jogo que inaugura o Campeonato Mineiro de 2024 para as torcidas de Patrocinense e Atlético Mineiro. Faltam apenas três dias para começar o estadual e o CAP, que vive o auge de sua trajetória, enfrenta o Galo. O time Grená celebra sete anos consecutivos na elite do futebol mineiro, uma conquista que representa uma jornada de intensa dedicação e superação. Aliás, a TV Globo mostra uma reportagem completa sobre o Patrocinense hoje, no “Esporte Espetacular”.

O Patrocinense fez uma pré-temporada que nunca havia feito em sua história. Em 1 de outubro já tinha definido com a comissão técnica de Rogério Henrique — que teve carta branca para montar o elenco visando, não só o Campeonato Mineiro, mas também buscar vagas na Copa do Brasil e Série D do Brasileiro — que veio com toda a comissão técnica, incluindo o gerente de Futebol e Leandro Verdelho, o preparador físico.

Base e SAF

A implantação da Sociedade Anônima do Futebol já está autorizada pelo Conselho Deliberativo. Também neste aspecto a nova diretoria já está trabalhando. Outra coisa é a formação da base. Até sub 17 tem parceira com uma empresa de Belo Horizonte, de sub 18 até sub 23, a montagem já começou em Patrocínio.

Elenco qualificado

Os jogadores que vieram de várias partes do Brasil e três do exterior: Matheus Cassini (EUA), Caiuby (Alemanha) e Marcílio (Japão).

A relação completa de jogadores à disposição de Rogério Henrique e comissão técnica:

Goleiros:

Cario, Gianluca e Cláudio

Zagueiros:

Léo Alves, Guilherme, Vinícius Barcelos e Iago

Laterais:
Nando Sá, Aílton Santos e Hudson

Volantes:

Matheus Santos, Miguel Baggio, Gabriel Galhardo, Thiago Correia, Luan Silva e Marinho

Meia atacantes (que antigamente eram chamados de pontas de lança):

Stefano, Juninho e Matheus Cassini

Atacantes:

Caiuby, Andrey, Éverton Kanela, Caique, Waguinho e Marcílio

A comissão técnica:

Entre os nomes da comissão técnica, o técnico, Rogério Henrique; auxiliar, Paulo César PC;pPreparador físico, Leandro Verdelho; gerente de futebol, Leonardo Silvério; treinador de goleiros: Pereira; massagista, Limão, mordomo, Marquinhos; e o departamento médico: Dr Otávio Sia, Dr Nilo dos Reis, Dr Gustavo Alberto Pinto; fisioterapeutas Otávio Lacerda e Denilson José.

A diretoria

Muita gente esta integrada. Os que participam mais diretamente, são o presidente Ronaldo Correia de Lima, o vice Roberto Avatar (Tatá) e o tesoureiro Rinaldo Luque.

Torcida

O CAP conta com uma das torcidas mais vibrantes de Minas. Mancha Grená e Camarote tomam conta do Pedro Alves, empurram o time e, até o momento não tem nenhum registro de violência.

A História

Vamos agora relembrar brevemente essa história marcante. A cidade de Patrocínio, repleta de paixões, viu nascer uma que transcende o simples torcer. A paixão grená, caracterizada por uma emoção contagiante, tornou-se epidêmica entre os habitantes patrocinenses. Dessa chama surgiu o Clube Atlético Patrocinense, conhecido carinhosamente como CAP, cujo nome ecoa na voz da nação rangeliana.

Eustáquio Amaral

O cronista, colunista e historiador, conta aqui, um resumo da saga grená:

Ao completar 65 anos de existência, o CAP traz uma caminhada repleta de vitórias, ausências, alegrias, tristezas e, acima de tudo, glórias que se entrelaçam em sua trajetória única. O clube não é apenas um representante do futebol de Patrocínio; é a maior expressão, um dos maiores patrimônios não materiais da cidade em todos os tempos.

A rica história do CAP ganha vida nas páginas do livro ‘CAP: A História de Uma Paixão Grená’, um documento histórico escrito por Luiz Antônio Costa, pesquisador, acadêmico, jornalista e testemunha ocular de eventos grenás, Luiz Antônio é também o narrador cuja voz se identifica com o CAP, apelidado carinhosamente de ‘Versátil’.

Existência e fundação

Apesar de oficialmente registrado e fundado em 1954, a existência do CAP remonta a 1948. Seu surgimento deve-se ao entusiasmo do então glamouroso Dom Lustosa, do poderoso Ipiranga E.C. e da influente família Silva, especialmente José Luiz da Silva. A combinação desses elementos deu origem à metamorfose alvinegra, o Clube Atlético Patrocinense, uma homenagem ao Atlético Mineiro e ao Botafogo-RJ, adornada com um pequeno leão no peito. E assim ficou até meados dos anos 1980, quando o time voltou ao profissionalismo. Os campeonatos mineiros daqueles anos ainda foi disputado com as cores preto e banco.

Mas, Luiz Antônio Costa entendeu que aquelas cores não representavam Patrocínio num todo – na cidade tem Atleticanos e Cruzeirenses, principalmente, e isso provocava divisão da torcida; e que o leão também é um animal muito distante – literalmente – da realidade do brasileiro. Então, sugeriu e a diretoria da época – que por influência de Tião Jacinto – aceitou que as cores passassem para grená e branco. E junto com Tião do Dego, outro gigante do CAP, o Versátil propôs a Águia para ser a mascote. Sugestão também prontamente aceita pela diretoria.

O começo de tudo

Nos anos 50, o campeonato municipal contava com times como Flamengo, Operário, Independente, Cruzeiro, Vila e Associação Bancária, proporcionando rivalidades emocionantes e cenas típicas do amadorismo da época.

Na década de 60, sob o comando de Nazir Félix, o CAP fortaleceu-se regionalmente, tornando-se um clube profissional com base nas academias de futebol Flamengo e Mamoré. Nessa época, nomes como Dedão, Gato, Calau, Totonho, Gulinha, Edvar, Anedino, Juvelino e tantos outros marcaram época, deixando uma saudade imensa na comunidade.

Os anos 80 marcaram o retorno do nome CAP, com conquistas significativas como a Terceira Divisão de Minas e o vice-campeonato do Módulo 2. Já nos anos 90, o clube participou pela primeira vez da Primeira Divisão de Minas, atuando até no antigo Mineirão e quebrando recordes de público.

No novo século, a luta incansável levou o CAP novamente à divisão de Cruzeiro, Atlético e América, sendo coroado campeão do Módulo 2 em 2017. Luiz Antônio Costa, o ‘Versátil’, é o guardião dessas memórias, presente nos estádios e bastidores, e eterniza essa história única nas páginas do livro, acompanhado de imagens que capturam a essência do CAP. O Clube Atlético Patrocinense é, e sempre será, parte intrínseca da história de Patrocínio.” completa o historiador Eustáquio Amaral.


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