De acordo com a Microsoft, uma falha já foi resolvida, mas alguns problemas residuais podem persistir. Não há nenhuma frase de que o anúncio esteja relacionado a um ataque hacker.
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Da redação da Rede Hoje
Um apagão cibernético global afetou diversas indústrias, incluindo companhias aéreas, empresas de mídia, bancos e serviços de saúde, nesta sexta-feira, 19 de julho de 2024. A falha foi associada a sistemas Windows utilizados pela CrowdStrike, uma empresa de segurança cibernética. De acordo com a Microsoft, a falha já foi resolvida, mas alguns problemas residuais podem persistir. Não há indícios de que o apagão esteja relacionado a um ataque hacker.
O apagão causou a paralisação total dos voos das principais companhias aéreas dos Estados Unidos, como American Airlines, United e Delta. Enquanto isso, a JetBlue, que opera majoritariamente voos domésticos, manteve suas operações normais. Na Europa, a Eurowings, subsidiária da Lufthansa, cancelou todos os voos domésticos e entre Alemanha e Reino Unido até as 15h no horário local.
No Brasil, usuários relataram que aplicativos bancários ficaram fora do ar, e bolsas de valores em todo o mundo enfrentaram interrupções nas operações. Aeroportos e companhias aéreas no Brasil não registraram problemas significativos até por volta das 8h desta sexta-feira. Em outros lugares, como o Aeroporto de Madri, houve atrasos e filas.
O problema originou-se de uma falha no sensor "Falcon" da CrowdStrike, que opera em sistemas Windows. A empresa fornece serviços de cibersegurança para grandes empresas globais, ajudando a identificar falhas em sistemas digitais e evitar ataques de hackers. A Microsoft afirmou que a falha decorreu de uma atualização de software de terceiros em sistemas Windows.
Diversos aeroportos na Europa e na Índia relataram atrasos em voos devido ao apagão. Em Berlim, todas as decolagens foram suspensas temporariamente. No Aeroporto de Singapura, uma das maiores companhias aéreas do mundo passou a realizar o check-in manualmente. A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong também adotou o check-in manual, mas sem afetar os voos.
Além do impacto nas viagens aéreas, o apagão afetou redes de TV e outros serviços de comunicação. A Sky News no Reino Unido saiu do ar, assim como as emissoras TF1 e Canal+ na França. Na Austrália, a rede estatal ABC interrompeu sua programação, e a Sky News Australia ficou parcialmente fora do ar. Nos Estados Unidos, o serviço de emergência 911 ficou indisponível no Alasca.
Serviços bancários e de mídia em outros países também foram afetados. Na Austrália, algumas lojas fecharam temporariamente, enquanto bancos na Nova Zelândia ficaram fora do ar. No Reino Unido, o serviço de trem enfrentou cancelamentos, e sistemas de computadores do serviço público de saúde caíram, afetando o agendamento de consultas e farmácias. Na Alemanha, dois hospitais cancelaram cirurgias eletivas.
No continente africano, um dos maiores bancos da África do Sul relatou problemas em todos os seus serviços. Na França, o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris resolveu problemas de TI uma semana no início das competições. Apesar disso, a venda de ingressos não foi afetada, e os planos de contingência foram acionados para manter as operações.
Isto ressalta a vulnerabilidade dos sistemas tecnológicos interconectados e a importância de medidas robustas de cibersegurança para prevenir e mitigar tais falhas.
Matéria feita com informações do G1