Com a chegada do inverno, o tempo seco começa a dominar em grande parte do país, exigindo cuidados adicionais; Julho é o mês de conscientização sobre o olho seco, uma condição que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros.
Foto: Yaroslav Shuraev | Pexels



Da redação da Rede Hoje

No inverno, o tempo seco começa a dominar em grande parte do país, exigindo cuidados adicionais. Além dos problemas respiratórios que o clima seco pode acarretar, os olhos também são bastante afetados pela baixa umidade do ar. O ressecamento das lágrimas, resultado dessa umidade reduzida, pode levar à síndrome do olho seco, uma condição caracterizada por uma má lubrificação ocular. Os principais sintomas incluem ardência e a sensação desconfortável de areia nos olhos.

A exposição prolongada a telas, altos níveis de poluição urbana e o uso constante de ar-condicionado são fatores comuns que podem contribuir para o olho seco. Essa condição é caracterizada pela redução na produção de lágrimas e pode causar desconforto ocular significativo. A conscientização sobre o problema ganha destaque em julho, conhecido como Julho Turquesa.

Para amenizar os problemas causados pela síndrome do olho seco, os especialistas recomendam usar umidificador ou toalhas molhadas e evitar colocar a mão nos olhos.

Mônica Alves, oftalmologista especializada em superfície ocular e olho seco, explica que "o olho seco não se manifesta apenas por um sintoma. Irritação, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento e sensação de secura são alguns dos sintomas que podem variar ao longo do dia e em intensidade." Cada paciente pode experimentar a doença de maneira diferente.

Como o olho seco funciona e como diagnosticá-lo

As lágrimas, produzidas pelas glândulas lacrimais, têm a função de lubrificar, limpar e proteger os olhos contra substâncias estranhas e micro-organismos. Segundo o Ministério da Saúde, o olho seco ocorre devido a problemas na produção ou na qualidade das lágrimas, resultando no ressecamento da superfície ocular, córnea e conjuntiva.

A síndrome do olho seco afeta milhões de pessoas globalmente, com um aumento observado, especialmente entre os jovens. O diagnóstico é feito através de uma análise clínica e um questionário para avaliar os sintomas e o impacto na vida do paciente. Testes adicionais podem ser realizados para identificar alterações oculares.

Causas do olho seco

Em 2023, a Tear Film & Ocular Surface Society (TFOS) publicou um consenso sobre as doenças da superfície ocular e o impacto do estilo de vida. O estudo analisou fatores como nutrição, exposição ambiental, clima e tempo de uso de dispositivos digitais. A Dra. Mônica destaca que "o olho seco foi um dos principais achados do estudo, relacionado a fatores como poluição urbana, uso intenso de ar-condicionado e exposição a telas."

Outros fatores incluem a diminuição da função das glândulas lacrimais, envelhecimento, algumas doenças, uso de certos medicamentos e problemas nas pálpebras, como infecções.

Tratamento

O tratamento do olho seco geralmente envolve o uso de lágrimas artificiais ou lubrificantes oculares, frequentemente na forma de colírios, que ajudam a aliviar os sintomas. A Dra. Mônica ressalta que é crucial não negligenciar as consultas com o oftalmologista e evitar a automedicação, que pode agravar o problema. "Pacientes com olho seco moderado ou grave podem ter um impacto significativo na qualidade de vida, limitando atividades cotidianas", alerta a especialista.

A Dra. Mônica conclui dizendo que "o olho seco é a doença de superfície ocular mais comum e não deve ser ignorada, independentemente do grau ou intensidade dos sintomas."


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