A decisão foi tomada após reunião com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Crédito foto: José Cruz/Agência Brasi

Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretar o horário de verão para este período”, afirmou Silveira durante coletiva de imprensa em Brasília

Da redação da Rede Hoje

O governo federal descartou a implementação do horário de verão para este ano. A decisão foi anunciada hoje (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião com representantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretar o horário de verão para este período”, afirmou Silveira durante coletiva de imprensa em Brasília. O ministro destacou que a segurança energética do país está assegurada e que, embora o restabelecimento da condição hídrica ainda seja modesto, há esperança de avaliar a possibilidade de voltar com a política para o verão de 2025/2026.

Ele enfatizou a importância de considerar o horário de verão de forma pragmática, pois a medida pode ter impactos positivos e negativos tanto no setor elétrico quanto na economia. “É uma política que deve estar sempre em discussão, pois países com matrizes de energia nuclear, como a França, adotam o horário de verão mais por razões econômicas do que por segurança energética”, observou.

O ministro também comentou que o pico do custo-benefício do horário de verão ocorre entre outubro e dezembro. Segundo ele, implementar a medida agora resultaria em pouco tempo de aproveitamento, pois um planejamento adequado exigiria um tempo maior para adaptação.

O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, sendo implementado de forma irregular até 1985. A iniciativa visava reduzir o consumo de energia elétrica e beneficiar setores como turismo e comércio. Contudo, desde 2019, durante o governo Bolsonaro, a prática foi descartada, sendo considerada ineficaz devido às mudanças nos hábitos de consumo da população.

Este ano, o governo havia cogitado a reintrodução do horário de verão em resposta à grave seca que atinge o país, a pior já registrada segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden). Silveira reafirmou que, apesar dos desafios, a matriz elétrica brasileira, que depende em grande parte da energia hidrelétrica, apresenta resiliência.

Uma pesquisa do Datafolha divulgada na segunda-feira (14) mostrou que a volta do horário de verão divide opiniões: 47% dos entrevistados são favoráveis, enquanto 47% são contrários, e 6% se mostraram indiferentes. Além disso, um levantamento da Reclame Aqui e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indicou que 54,9% da população apoia a medida, com 41,8% totalmente favoráveis.


Fonte: Agência Brasil


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