Estado agora conta com 2.304 médicos atuando na atenção primária e comunidades indígenas
Foto: Folha PE
Minas Gerais recebeu 574 novos médicos, elevando o total para 2.304 profissionais em atividade no estado.
Da redação da Rede Hoje
O programa federal Mais Médicos fortalece a atenção primária à saúde em todo o país. Minas Gerais recebeu 574 novos médicos, elevando o total para 2.304 profissionais em atividade no estado. Em 2024, 6.729 novos profissionais foram incorporados ao programa, beneficiando mais de 2 mil municípios brasileiros.
A retomada do programa ocorreu em 2023, após o Ministério da Saúde identificar a necessidade de ampliar a oferta de médicos em regiões mais vulneráveis, como municípios afastados dos grandes centros e periferias urbanas. Hoje, cerca de 60% dos médicos atuam justamente nesses locais, garantindo maior cobertura em áreas carentes.
Os resultados mais recentes foram debatidos durante o Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, realizado na sexta-feira (6). Durante o evento, o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde (APS), Jerzey Timóteo, destacou o papel do programa na ampliação da Estratégia Saúde da Família.
“O Mais Médicos é um meio potente para fortalecer a atenção primária, que é a porta de entrada do SUS”, ressaltou.
Papel das referências
Um dos objetivos do encontro foi dar visibilidade às ações regionais e reconhecer o papel das referências locais do Ministério da Saúde. Esses profissionais atuam como ponte entre o governo federal e os municípios, oferecendo suporte técnico, acompanhamento das atividades e mediação de desafios.
Wellington Mendes Carvalho, diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, ressaltou que 2025 será um ano de consolidação das metas:
“Com o trabalho das referências regionais, conseguimos dialogar mais com gestores, profissionais e a sociedade, levando as políticas de saúde com capilaridade.”
Avanços
Entre as novidades do programa, destaca-se a inclusão de cotas no edital para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, indígenas e quilombolas.
Outro avanço foi a concessão de bolsas de R$ 4 mil a 2.700 residentes em medicina de família e comunidade (MFC). A formação visa capacitar médicos para atuarem como preceptores, multiplicando o conhecimento e ampliando os programas de residência médica no país.
Além disso, o Ministério da Saúde anunciou a integração das formas de provimento do programa. Com a medida, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), garantindo estabilidade e permanência nos municípios onde já atuam.
Essas ações reforçam o compromisso do governo federal em levar atendimento médico de qualidade às regiões mais necessitadas e fortalecer a atenção primária como pilar do Sistema Único de Saúde (SUS).