O presidente enfatiza o respeito aos acordos firmados e reafirma seu compromisso com a verdade, denunciando medidas que, segundo ele, atentam contra a credibilidade democrática e os interesses do povo.

Foto: Ricardo Stuckert / PR


Presidente da República, Luiz Inácio da Silva. 

Da redação da Rede Hoje

Na manhã desta quarta-feira (5), em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou pontos estratégicos e críticas direcionadas a lideranças estaduais e ex-presidenciais, evidenciando a importância dos acordos e da responsabilidade política para a retomada de um cenário de confiança e desenvolvimento.

Lula enfatizou a necessidade de que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, cumpra o acordo que negociou a dívida do estado, ressaltando que essa negociação só foi possível devido à intermediação do senador Rodrigo Pacheco.

Zema e a dívida de Minas

Lula aproveitou o momento para criticar a postura adotada por Zema, apontando que, mesmo diante de um acordo que beneficiaria diretamente a população mineira, o governador tem feito críticas desproporcionais e buscado articular movimentos contrários, o que, segundo o presidente, demonstra falta de respeito com um compromisso firmado.

A gente faz um acordo em que Minas Gerais deixa de pagar os juros, e nós colocamos que 60% do que Minas não pagar será investido em educação, saneamento básico, habitação, para que esse dinheiro possa causar benefício direto para o povo”, afirmou Lula, destacando a importância de medidas que gerem impacto social e promovam melhorias efetivas para a população.

O presidente ressaltou que o acordo representa uma oportunidade para reverter uma situação que agravou a dívida de Minas Gerais, a qual passou de R$ 119 bilhões para R$ 191 bilhões, comparando a situação com casos emblemáticos, como o de Mariana, e destacando a urgência de se buscar soluções viáveis para a questão.

Bolsonaro

Em um contexto de debates intensos, o presidente também não poupou críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que este não merece absolvição, principalmente por ter tentado instaurar um golpe de Estado, ato que, para Lula, é incompatível com a manutenção dos valores democráticos no país.

Lula deixou claro que, se a Justiça permitir a candidatura de Bolsonaro, ele inevitavelmente enfrentará derrota, pois “a mentira não vencerá a eleição”.

Poderes autônomos

Lula também evidenciou a autonomia de cada poder, afirmando que, assim como o Congresso Nacional pode derrubar um veto, ele possui a prerrogativa de recorrer quando necessário, garantindo que os processos sigam o trâmite legal e democrático, sem que interesses pessoais ou políticos se sobreponham ao bem comum.

Ao comentar a situação dos acordos e a condução dos assuntos públicos, o presidente enfatizou a importância de manter uma relação democrática, civilizada e republicana entre os governantes, ressaltando que, apesar das divergências, é fundamental que cada um cumpra sua função para o progresso do país.


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