Morreu neste sábado (18), em Patrocínio-MG, aos 74 anos, José Eustáquio dos Santos, baterista dos mais descatados e adminirados nas décadas de 1960 e 1970


O conjunto “Brazilian Hippies”, foto de 1969, na Praça Matriz. Nela estão José Eustáquio (nosso personagem de hoje em destaque na foto), Luiz Cabeleira, Rizzo (falecido), Zé Piquira (também falecido), Anísio, Átila e Edson Bragança. Foto: acervo | Rede Hoje | Edson Bragança

Luiz Antônio Costa da Rede Hoje

Patrocínio acaba de perder um músico de destaque nos anos 1960 e 1970. Morreu neste sábado (18), em Patrocínio-MG, aos 74 anos o baterista José Eustáquio dos Santos. A causa da morte foi consequência de um câncer de próstata que se complicou e se transformou em metástase óssea.

Zé Eustáquio, como era conhecido, era casado com Maria de Fátima Vargas Correa Santos e tinha dois filhos: Renato e Danilo e deixa noras e netos. Ele era sobrinho do colunista da Rede Hoje, Eustáquio Amaral.

Ele começou na música em 1966 com Edson Bragança, que também começou tocando contrabaixo. Bragança conta que se conheceram por força do setor que trabalhavam, empresas do ramos automotivo. “Quando eu conheci o Zé Eustáquio, eu trabalhava na Autocar (concessionária Willis) e ele na Carpal (que revendia Volskwagem). O Zé Eustáquio era cobrador da Carpal e eu atuava no setor de peças da Autocar. Ele ia levar notas e nós nos conhecemos” diz.

Edson Bragança diz que eles eram — como todo jovem — muito ligados à música. “Conhecemos o Wanderley Guarda (um guitarrista de mão cheia) e nossa primeira apresentação foi no Natal de 1966, pros funcionários da Autocar. Lá mesmo. Parte dos instrumentos que usamos foi emprestada pelos músicos que tocavam na Churrascaria Alvorada. A partir daí resolvemos criar uma banda: o ‘Brasilian Hippies’”, conta.

Depois entraram para a banda outros jovens (a fotografia acima mostra) o conjunto “Brazilian Hippies”, na feita, em 1969, na Praça Matriz. Nela estão José Eustáquio (nosso personagem de hoje), Luiz Cabeleira, Rizzo (falecido), Zé Piquira (também falecido), Anísio, Átila e Edson Bragança. Tocaram assim por alguns anos. Depois José Eustáquio ainda tocou em outros conjuntos: Começou em 1967. Fez parte das bandas “Os Metralhas” e “Alvorada show” (que juntou componentes das bandas dos aos 60 e 70 e fizeram várias apresentações na década de 2010).



Participação no show de Renato e Seus Blue Caps em junho de 1991. Foto: reprodução revista Presença.

Era fanático com o conjunto “Renato e Seus Blue Caps”, do qual tinha todos os discos em vinil. Quando o grupo de Renato veio tocar em Patrocínio, num baile do Catiguá Tenis Clube, José Eustáquio e Edson Bragança foram convidados para cantar com eles num show inesquecível que na revista Presença ganhou o título de “Feito Sonho”.

Eustáquio Amaral recebeu da médica Auxiliadora Guarda, irmã do Vanderlei Guarda e locutora da Difusora, anos 1960 a seguinte mensagem “Meu prezado amigo Eustáquio, dia 16 completaram-se 2 anos do falecimento do meu irmão Wanderley, amigo e companheiro musical do Zé Eustáquio.
Sabedora da gravidade do estado de saúde do Zé Eustáquio, cheguei a imaginar que o reencontro dos dois se daria naquele dia.
A diferença foi pequena e agora os dois devem estar, junto ao Rizzo, fazendo suas músicas no céu”, escreve

A cerimônia fúnebre do músico acontece neste domingo (19), no velório 04 da Funerária Frederico Ozanam e o sepultamento também neste domingo, às 15h00 no Cemitério Municipal de Patrocínio.


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