Como o Banco Central não modificou a Selic, mesmo que tenha sofrido pressão para isso, o melhor cenário para o Funcafé nesse momento, é a manutenção da taxa.




Por Alexandre Costa*

O Departamento de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola do MAPA confirmou ao Conselho Nacional do Café (CNC) nesta quinta-feira (13), que a taxa de juros do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2023/2024 será mantida em 11%. A remuneração do Fundo continua estabelecida em 8%, mantendo a remuneração do agente financeiro em até 3%. Os percentuais estão abaixo da taxa Selic, atualmente em 13,75%.

De acordo com Silas Brasileiro, presidente do CNC, esperava-se um voto específico para o Funcafé, por ser um fundo social. “No entanto, definiu-se a manutenção da taxa que já estava sendo praticada em razão da alta Selic aplicada atualmente. Como o Banco Central não modificou a Selic, mesmo que tenha sofrido pressão para isso, o melhor cenário para o Funcafé nesse momento, é a manutenção da taxa. Além disso, o spread bancário pode ser negociado e vimos num passado recente agentes financeiros oferecendo recursos do Funcafé a 1%. Isso quer dizer que podemos até ver produtores acessando valores a menos de um dígito ao ano. É uma taxa muito atraente, se comparada à Selic”, analisou Silas Brasileiro, presidente do CNC.

Por mais um ano consecutivo, o Funcafé (o banco do produtor) oferecerá um montante recorde de recursos aos cafeicultores. Serão ofertados R$ 6.375.469.000,00 (seis bilhões, trezentos e setenta e cinco milhões, quatrocentos e sessenta e nove mil reais) no exercício de 2023/2024.

As linhas atendidas e os valores ficaram assim definidos:
• Crédito de comercialização – R$ 2.354.992.500,00

• Crédito de custeio – R$ 1.620.190.000,00
• Financiamento para Aquisição de Café (FAC) – R$ 1.486.536.500,00
• Crédito para capital de giro para indústrias de café solúvel e de torrefação de café e para cooperativa de produção – R$ 883.750.000,00
• Crédito para recuperação de cafezais danificados – R$ 30.000.000,00 (O limite para financiamento na linha de recuperação de cafezais foi reajustado de R$400 mil para R$750 mil por mutuário, a depender do manejo a ser conduzido na lavoura).

Aumento no número de agentes financeiros
Em razão da gestão eficiente dos recursos optou-se por aumentar o número de agentes financeiros para facilitar a tomada de crédito por parte dos produtores, passando de 37 para 44, cerca de 19% em relação ao ano passado. “Esse aumento do número de agentes financeiros oferecendo os recursos do Fundo, demonstra a credibilidade do Funcafé. Isso só está sendo possível por causa da liderança maior do ministro Carlos Fávaro, que tem feito um trabalho extraordinário com o apoio do secretário interino de política agrícola, Wilson Vaz de Araújo, do diretor de comercialização, Sílvio Farnese e da coordenadora do departamento do café, Janaína Macedo. Somando-se a isso, ressaltamos a ação profícua dos membros da iniciativa privada do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), que ano após ano, colabora para o aperfeiçoamento do ‘Banco do Produtor’ para a melhor aplicação dos recursos do Funcafé”, finaliza Silas Brasileiro.


*Alexandre Costa é da Assessoria de Comunicação CNC




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