JK condecora José Maria Alkimin. Foto: JK Cdeoc
Celebridades. Patrocínio as teve. Três são imortais. Três são inesquecíveis. Três são históricas. Não nasceram em Patrocínio. Não residiram (fixamente) na cidade. Apenas conviveram muito com os patrocinenses. Duas celebridades falamos/escrevemos sobre elas nos últimos dias. Padre Eustáquio e JK (Juscelino Kubitschek). A terceira, amiga de JK, é a que mais conviveu com a gente de Patrocínio: José Maria Alkmim. Inclusive este autor é um dos personagens nessa convivência. Três celebridades inigualáveis. Uma, o maior presidente da República até hoje. Outra, um quase santo. A terceira, um deputado federal e depois vice-presidente da República. Um pouco das incríveis narrativas desse (Alkmim) vale a pena recordar. O “absurdo” pedido de dinheiro emprestado, a “razão” da construção da residência e o telefone que tudo resolvia, esse caso vivenciado pelo cronista, se destacam.
E
Certo dia, apressado, o compadre, habituado às “facadas”, visitou Alkmim e foi logo dizendo:
– Compadre, sua comadre está passando mal para ter criança. Levei ao hospital e lá me pediram $ 5 mil de depósito. Como estou desprevenido, vim pedir ao amigo compadre para me emprestar.
Alkmim não titubeou e lhe disse:
– Compadre, você sabe disso há nove meses e está desprevenido. O que dizer então de mim que estou sabendo agora?!
Esta história fora confirmada por integrantes da família de Alkmim.
T
– Vim saber do emprego que o senhor me prometeu.
Na hora, o então deputado pega o telefone, disca, espera um pouco e começa a falar:
– Juscelino (Kubitschek), lembra-se daquele emprego que você me prometeu para o nosso correligionário e amigo? Você esqueceu, Governador? Mas, certamente, dará um jeito, não é? Posso ficar tranquilo? Então está ótimo. Está certo. Nosso amigo ficará muito satisfeito. Um abraço. Até logo.
Desliga o telefone e diz para o correligionário:
– Está nas mãos do Governador. Daqui em diante, entenda-se direto com a assessoria do Juscelino, no Palácio da Liberdade.
O correligionário saiu feliz e agradeceu. Até aqui, tudo normal. Porém, o referido telefone não estava ligado a nenhuma tomada. O fio do telefone terminava na gaveta da mesa ocupada por Alkmim. Telefone fantasma.
Tanto em sua casa como na Secretaria da Fazenda e Secretaria da Educação, onde fora secretário, o telefone das soluções parece que existiu mesmo, afirmava Picun. Alkmim enrolava e o emprego não surgia. E ninguém conheceu José Maria Alkmim tão bem como o também folclórico Geraldo Matias (Picun).
C
F
– Dr. Alkmim, moro aqui ao lado, na Rua Pernambuco. Estou à disposição.
– Eu sabia que você mora aqui. Isto influiu muito na minha escolha por esse lote, respondeu o esperto pessedista.
Essa casa, que hoje não existe mais, na Rua Pernambuco, esquina com Av. Contorno, em Belo Horizonte, foi visitada, à época de Alkmim, pelo autor desta crônica, algumas vezes.
Q
A
F
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