• Os grandes gramáticos nos ensinam que “chegar” é verbo de movimento. Por isso, quem chega chega a um lugar. Ex.: O Governador chegará a Patos, Paul McCartney chegará ao Brasil. O povão, por desconhecer a regência desse verbo, usa a preposição “em” diante de complemento de lugar. Ex.: O Governador chegará em Patos, Paul McCartney chegará no Brasil. Então, na linguagem formal, aquela que nos ensinam as gramáticas, deve-se usar a preposição “a”. Na linguagem coloquial, informal, usa-se a preposição “em”.

  • Ao enviarmos correspondências, quando devemos usar “V. Exa.”? No caso de Patrocínio, usaremos esse pronome de tratamento para o Prefeito, juízes, promotores e o presidente da Câmara. Para os demais autoridades e vereadores, usa-se “V. Sa.”

  • Champanhe(a) é um tipo de vinho que se originou do norte da França. E é palavra masculina. Por isso, “tomei um champanhe(a), e não “tomei uma champanha”.

  • A princípio / Em princípio. A primeira locução significa “de início, no começo, inicialmente, primeiramente, logo a princípio, de entrada”. Ex.: Para começar a aula, falaremos a princípio da guerra em Israel”. A segunda locução significa “em tese, em teoria, teoricamente, em termos, de modo geral” Ex.: Em princípio, todos os seres humanos são iguais.

  • Onde / Aonde. O segundo advérbio é usado com verbos de movimento (ir, levar, chegar). Ex.: Aonde você foi ontem? Aonde você levou a encomenda? Aonde você quer chegar com isso? O primeiro advérbio é usado com verbos que não indicam movimento. Ex.: Onde você mora? Você sabe onde ela está agora?

  • Entre eu e ela / Entre mim e ela. Depois da preposição “entre”, usa-se pronome oblíquo. Por isso, ela sentou-se entre mim e ela

  • Muitos locutores, achando que estão “arrebentando”, dizem “Série A, Bê, Cê, Dê, Ê”. Para eles, as vogais do alfabeto são “a, ê, i, ó, u”. kkkkk

  • Quem diz “o óculos, meu óculos” desconhece que esse substantivo é plural. Como ninguém diz “meu irmãos”, deve-se dizer “os óculos, meus óculos, etc”

  • Os noticiaristas da ex-poderosa só dizem “récorde”, à inglesa, em vez de “recórde”, como determinam as gramáticas. Será que esses locutores diriam “Rede Récorde”. Pagaria pra ouvir.

  • Fui eu que fiz o jantar / Fui eu quem fez o jantar. Ambas são corretas.

  • Noventa e nove por cento dos comerciantes escrevem “mussarela”. Essa forma não existe em nenhum dicionário brasileiro. As pessoas são contaminadas ao erro, pois há mais de cem anos leem propaganda desse substantivo escrito com erro de ortografia. A única grafia correta encontrada nos dicionários é “muçarela”. Confira quem não acreditar.

  • Os redatores do Governo Federal podem entender muito bem de política, mas merecem nota zero quando redigem textos de propaganda governamental. Por isso vemos grafias como “mega-sena”, em vez de “megassena”, e “bolsa família”, em vez de “bolsa-familia”.

  • Algumas gírias são muito bem-vindas, mas outras são de lascar de chatas. É o caso de “bora lá”, que já está passando da hora de desaparecer.


    PROF. JÚLIO CÉSAR RESENDE É PÓS-GRADUADO EM LÍNGUAS PORTUGUESA E INGLESA


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