
Da redação da Rede Hoje com Agência Brasil
O Cartão Nacional de Saúde (CNS) agora exibe o nome e o CPF do usuário, substituindo o número anterior, conforme anunciado hoje pelos ministérios da Saúde e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos. A medida visa unificar os cadastros do Sistema Único de Saúde (SUS) com a base da Receita Federal, reduzindo registros duplicados ou inconsistentes.
Desde julho, 54 milhões de cadastros foram inativados, e a previsão é alcançar 111 milhões até abril de 2026, equalizando a base do SUS aos 228,9 milhões de CPFs ativos. A limpeza do Cadastro Nacional de Saúde (CadSUS) reduziu os registros de 340 milhões para 286,8 milhões, sendo 246 milhões já vinculados ao CPF.Pacientes sem CPF, como estrangeiros, indígenas e ribeirinhos, continuarão sendo atendidos normalmente, com um cadastro temporário válido por um ano. Após regularização, a inclusão do CPF será exigida, exceto para populações que não utilizam o documento.
A unificação permite integrar sistemas como a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e o prontuário eletrônico, facilitando o acesso a histórico de vacinas e medicamentos do Farmácia Popular. Até dezembro de 2026, todos os sistemas do SUS serão adaptados ao CPF, em acordo com o Conass e o Conasems. O CadSUS também será conectado à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), compartilhando informações com órgãos como IBGE e CadÚnico.
Segundo o ministro Alexandre Padilha, a mudança é um passo para uma “revolução tecnológica” no SUS, melhorando o monitoramento e a gestão pública.