Eustáquio Amaral | Primeira Coluna | Um tempo sempre para ser lembrado
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Categoria: Colunistas
No 21 dia de maio de 1972, um grupo de pais e amigos de pessoas com deficiência e em 1973, no dia 19 de dezembro, foi lançada a Pedra Fundamental da sede própria da APAE. Fotos: acervo Apae
Maio. Mês dedicado às mães. E os católicos também comemoram a aparição de Nossa Senhora, aos meninos Lúcia, Jacinta e Francisco, em Fátima (Portugal), no dia 13 de maio de 1917. Em (nossa) querida Patrocínio há também fatos importantes registrados em seus anais. Tais como: o dia que um clube da cidade teve o maior público do futebol, envolvendo Patrocínio, até hoje. O falecimento do maior bairrista patrocinense. Em maio também ocorreu o falecimento de um renomado integrante do Exército, residente no Município. E é criado importante órgão da imprensa rangeliana. E fundada fantástica entidade assistencial. Bem como é o mês da morte do mais histórico personagem do comércio municipal. Por isso e por outras, vale a pena recordar o quinto mês do ano no calendário gregoriano (implantado pelo Papa Gregório, desde 1582).
RECORDE DE PÚBLICO COM A PRESENÇA DO CAP – Quase 40.000 torcedores já assistiram a um jogo do Clube Atlético Patrocinense. Público muito difícil de ser superado. Melhor dizendo, foram registrados nas catracas do antigo Mineirão, aproximadamente 37.000 torcedores (o número de pagantes foi pouco inferior). Dia 15 de maio de 1994 (domingo). Há 30 anos exatos, o CAP se despedia da Divisão Extra do futebol mineiro, caindo para o Módulo 2. Na oportunidade, o campeão Cruzeiro venceu o CAP por 1 a 0. Mas, o jogo teve um tempero especial: o adeus do fenômeno Ronaldo, com 17 anos (contratado pelo PSV, da Holanda. Em 1997, foi para o Barcelona). Desmotivada pela queda, a torcida grená não compareceu. Nem a imprensa (Rádios Difusora, Capital e outros veículos). Apenas um colaborador palatino do “Jornal de Patrocínio” testemunhou o jogo-festa azul. O CAP surpreendentemente atuou bem, com Cica, Eurico, Daniel e o patrocinense Nei (lateral) como destaques.
SAGRADA INSTITUIÇÃO – No dia 21 de maio de 1972, grupo de pais e amigos de pessoas portadores de restrições, liderado pelo médico Walter Pereira Nunes e pelo empresário Constantino de Oliveira (Nenê Constantino), fundou/constituiu a APAE de Patrocínio. Em seguida, ocorreu o lançamento da pedra fundamental da APAE, presenciada pelo governador Rondon Pacheco, o prefeito Olímpio Garcia Brandão e o fantástico ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, além da liderança patrocinense da APAE.
NASCIMENTO DE UMA GRANDE BANDEIRA – Em 26 de maio de 1973 (portanto, há 51 anos), surgia o JP, o Jornal de Patrocínio. Resultado de parceria entre Joaquim Machado e o uberabense Paulo Silva. Grandes escritores, singulares colunistas, passaram ou ainda estão lá. Tais como: o reconhecido Edgard Rocha (juiz da Comarca), Milton Magalhães, o próprio diretor Joaquim Machado, Vanderlei Lacerda, Cecílio de Souza, dentre outros.
NOME MAIS FAMOSO – No dia 06 de maio de 1983, faleceu Manuel de Souza Nunes. Simplesmente o criador da maior marca comercial (varejista) de Patrocínio. Ainda mais, marca genuinamente patrocinense, no ramo de tecidos, cama, ferragens e bicicletas. Quem não se lembra dos colchões anunciados pelo Humberto Cortes na Difusora e os shows de bicicletas Monark. Casa(s) Manuel Nunes é a referência. Fundada em 1915, pelo jovem Manuel Nunes, tornou-se a mais longeva do comércio do Município. De pai para filho, superou não apenas a concorrência, venceu o tempo. Pois, são 109 anos em atividade (dia 4/5/24), foi reinaugurada, repaginada em seu local tradicional). Manuel Nunes teve diversos filhos. A maioria perenizou a marca “Manuel Nunes”. E um de seus filhos, Abdias Alves Nunes, tornou-se o vereador do século XX de Patrocínio. Abdias é uma lenda inquestionável da cidade.
TENENTE DO EXÉRCITO BEM PATROCINENSE – Em 18 de maio de 1985, aos 86 anos de idade, faleceu o conhecido Tenente Amorim. Na verdade, capitão Manoel Amorim. Participou dos movimentos revolucionários de 1924 a 1932, liderados pelo estado de São Paulo. Também foi diretor do Tiro de Guerra-TG e delegado do Serviço de Recrutamento do Exército. Embora paulista, Tenente Amorim fixou residência em PTC, onde criou a família Amorim.
A VOZ POSITIVA DE PTC – Em 19 de maio de 1990, aos 78 anos, faleceu Pedro Alves do Nascimento, proprietário da Rádio Difusora desde os anos 50. Criador e apresentador do programa “Frente Patrocinense de Reportagem”, apresentado aos domingos, às 12h. O impacto do programa no cotidiano do Município era tanto que as antigas gerações diziam que “não existia domingo sem frango, macarrão e Pedro Alves”. Bairrista nato, Pedro desfilava sonhos, esperança, obras e anúncios de projetos para o bem de Patrocínio. Marcante.
POR FIM – Um maio assim, com esses personagens históricos, vale a pena. E como vale! Hoje, é tudo diferente. Onde os valores, muitas vezes, deixam a desejar.
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