A operação da Polícia Federal em janeiro revelou o esquema criminoso.

Da redação da Rede Hoje

Entidades representativas dos jornalistas, incluindo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), buscaram o amparo do Supremo Tribunal Federal (STF) para acessar a lista de profissionais da área que foram alvo de espionagem pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro, no que ficou conhecido como "Abin paralela".

Em um documento protocolado recentemente, essas entidades destacaram a importância de proteger não apenas a intimidade dos profissionais, mas também o sigilo da fonte, um direito constitucional fundamental para o exercício do jornalismo e para a manutenção de um Estado Democrático de Direito.

Segundo as entidades, a proteção das prerrogativas dos profissionais de comunicação, como o sigilo da fonte, é crucial para garantir a liberdade de imprensa, que por sua vez é essencial para uma cidadania ativa e informada. Elas enfatizaram a necessidade de que a imprensa possa desempenhar seu papel com segurança, permitindo a circulação de informações verídicas e fundamentais para a sociedade.

No pedido feito ao STF, Fenaj, ABI e SJSP também destacaram que jornalistas estavam entre as vítimas das ilegalidades praticadas durante o governo Bolsonaro, que se caracterizou por uma série de ataques à imprensa. Documentos apresentados no pedido evidenciaram que Bolsonaro pessoalmente e seus apoiadores realizaram uma significativa quantidade de agressões verbais e ataques diretos à mídia durante seu mandato, o que reforça a importância de investigar e expor tais práticas.

Além disso, as entidades mencionaram o apoio ao pedido feito pelo presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, que também solicitou acesso à lista de parlamentares monitorados ilegalmente pelo governo anterior. Esse movimento conjunto indica uma busca por transparência e justiça em relação às atividades ilegais de espionagem e perseguição política ocorridas durante o governo Bolsonaro.

Em suma, o pedido das entidades representativas dos jornalistas ao STF reflete a preocupação com a proteção das liberdades fundamentais, como a liberdade de imprensa e o direito ao sigilo da fonte, além de demonstrar o compromisso em investigar e expor práticas ilegais que ameaçam a democracia e o exercício pleno do jornalismo no Brasil.


Com informações do porta Brasil de Fato


Todas as notícias