O montante total aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de R$ 6,88 bilhões, destinados a diversas linhas de crédito para fortalecer o setor cafeeiro

Foto:  Reynaldo Alvarez Cruz | Pixabay



Da redação da Rede Hoje

O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou nesta quarta-feira (03) a Portaria nº 697, que define a alocação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para o financiamento da cafeicultura durante o Ano Safra 2024/2025. O montante total aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de R$ 6,88 bilhões, destinados a diversas linhas de crédito para fortalecer o setor cafeeiro.

De acordo com o Conselho Nacional do Café (CNC), responsável pela gestão do Funcafé, os recursos serão distribuídos da seguinte maneira:

  • Crédito de Custeio: Até R$ 1,735 bilhões para despesas operacionais na produção de café.

  • Crédito de Comercialização: Até R$ 2,49 bilhões para apoiar a comercialização do café.

  • Financiamento para Aquisição de Café (FAC): Até R$ 1,615 bilhões para compra de café.

  • Crédito para Capital de Giro: Até R$ 1,015 bilhões destinados a indústrias de café solúvel, torrefação de café e cooperativas.

  • Crédito para Recuperação de Cafezais Danificados: Até R$ 30 milhões para recuperação de lavouras afetadas por condições climáticas adversas.

As instituições financeiras autorizadas a operar com o Funcafé seguirão os procedimentos estabelecidos em edital pela Secretaria de Política Agrícola do MAPA. A portaria também prevê mecanismos para realocação dos recursos não utilizados, visando otimizar o uso dos fundos disponíveis. Instituições com aplicação abaixo de 40% poderão ceder recursos, enquanto aquelas com aplicação acima de 60% poderão receber mais recursos, conforme a demanda dos beneficiários.

"Esse remanejamento é crucial para maximizar a utilização dos recursos. Nos últimos anos, alcançamos altos índices de aplicação, consolidando o Funcafé como uma fonte essencial de financiamento para o setor cafeeiro", destacou Silas Brasileiro, presidente do CNC.

Os recursos serão desembolsados trimestralmente, conforme cronograma estipulado em contrato, com o objetivo de fortalecer a economia cafeeira brasileira na safra 2024/2025 e apoiar o crescimento sustentável do setor.

Além disso, o MAPA publicou a Portaria nº 698, que define critérios para distribuição dos recursos entre as instituições financeiras interessadas em operar com o Funcafé. A classificação será baseada no número e na aplicação das operações de crédito realizadas pelas instituições no ano anterior, garantindo uma alocação eficiente e equitativa dos recursos.

A Resolução nº 5.154 do CMN, também divulgada hoje, estabelece limites e taxas de juros para o Funcafé e o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), visando proporcionar condições acessíveis de financiamento para os cafeicultores brasileiros.

Silas Brasileiro enfatizou a importância das taxas de juros competitivas para o setor cafeeiro: "Manter os juros em patamares acessíveis é crucial para a sustentabilidade econômica dos cafeicultores. As taxas de até 11,0% ao ano representam uma vantagem competitiva significativa, possibilitando investimentos em modernização e aumento da produtividade."

Com essas medidas, o governo reafirma seu compromisso com o desenvolvimento e a competitividade da cafeicultura brasileira, garantindo suporte financeiro essencial para os produtores enfrentarem os desafios do mercado global.


Com informações de Alexandre Costa, da assessoria de comunicação do CNC


Todas as notícias