Colesterol alto é uma condição que pode levar a problemas de saúde graves; monitoramento precoce e uma alimentação equilibrada são fundamentais para prevenir e tratar a condição.

Da redação da Rede Hoje

O colesterol alto é uma ameaça crescente que afeta não apenas adultos, mas também crianças e adolescentes no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indicam que 40% dos adultos sofrem com a condição, e um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revela que 27,4% dos jovens também apresentam níveis elevados de colesterol. A boa notícia é que, com identificação e tratamento precoces, é possível melhorar significativamente a saúde desses jovens no futuro.

O colesterol é uma gordura essencial para o corpo, necessária para a produção de hormônios, vitamina D e substâncias digestivas. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aponta que cerca de 70% do colesterol é produzido pelo fígado e 30% vem dos alimentos. Contudo, níveis elevados podem se acumular nas artérias e levar a problemas graves como doenças cardíacas e derrames. O Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, visa aumentar a conscientização sobre a importância do controle dos níveis de colesterol.

Luciana Figueira, bioquímica e coordenadora técnica no Sabin Diagnóstico e Saúde, recomenda a monitorização do colesterol em crianças por meio de exames de sangue. Os níveis normais devem ser até 170 miligramas por decilitro (mg/dL). O colesterol é transportado pelas proteínas HDL e LDL, sendo o HDL o "bom" colesterol, que deve estar acima de 45 mg/dL, e o LDL, o "ruim", que deve estar abaixo de 110 mg/dL. A monitoração ajuda a evitar a obstrução das artérias, semelhante ao acúmulo de cera nos canos.

Figueira sugere que crianças com obesidade, diabetes ou histórico familiar de doenças cardíacas façam exames de colesterol entre 2 e 8 anos de idade. Todas as crianças entre 9 e 12 anos devem fazer o exame antes da puberdade, e após essa fase, recomenda-se exames anuais. Os exames mais comuns são o perfil lipídico e o VLDL, que ajudam a avaliar os níveis de gordura no sangue e detectar possíveis excessos.

A periodicidade do monitoramento do colesterol é crucial. Para crianças acima de quatro anos, o exame deve ser feito a cada cinco anos, salvo exceções como histórico familiar de colesterol alto, que exigem testes anuais, ou para crianças obesas, que devem realizar o exame a cada quatro meses. Além disso, uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios são fundamentais para manter os níveis de colesterol sob controle. Reduzir o consumo de alimentos gordurosos e aumentar a ingestão de frutas, vegetais e grãos integrais são medidas eficazes para melhorar a saúde.


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