O colunista e historiador Eustáquio Amaral, publicou na Rede Hoje, crítica contundente à maneira como a história de Patrocínio foi negligenciada em uma reportagem recente sobre o Padre Eustáquio.

O padre Eustáquio e equipe barrados por um atoleiro na região de Romaria, em 1929. Foto: reprodução de video

Da redação | Rede Hoje

O colunista e historiador Eustáquio Amaral, que carrega o mesmo nome do Padre Eustáquio, como uma homenagem de sua mãe, publicou na "Primeira Coluna" deste domingo, na Rede Hoje, uma crítica contundente à maneira como a história de Patrocínio foi negligenciada em uma reportagem recente sobre o Padre Eustáquio. A matéria, que destacou a descoberta de um filme raro dos anos 1930 mostrando cenas inéditas do sacerdote, ignorou a significativa ligação de Padre Eustáquio com a cidade de Patrocínio.

Padre Eustáquio, um holandês que chegou ao Brasil em 1925, deixou uma marca inabalável na história religiosa de várias cidades brasileiras, incluindo Patrocínio, onde residiu por um período entre 1941 e 1942. No entanto, segundo Amaral, a reportagem publicada no "
Estado de Minas" no dia 25 de agosto de 2024, com o título "Linha do Tempo", falhou em mencionar a importância de Patrocínio e Ibiá no trajeto de Padre Eustáquio.

O texto descreveu que, em 1941, o padre passou por várias cidades de Minas Gerais, omitindo completamente sua estada em Patrocínio.

Eustáquio Amaral destacou que Padre Eustáquio chegou a Patrocínio em 13 de outubro de 1941, onde residiu por quatro meses no Ginásio Dom Lustosa, dos padres holandeses. Durante esse período, ele atuou como capelão da Igreja de Santa Luzia e sacerdote na Santa Casa.

O colunista aponta que essas informações são cruciais para compreender a trajetória do padre, que teve uma vida profundamente conectada à cidade. Ele critica a ausência desses detalhes na "Linha do Tempo", que, segundo ele, desrespeita a história local e os laços fortes entre o sacerdote e a comunidade patrocinense.

A importância de Patrocínio na vida de Padre Eustáquio


A cidade foi um dos primeiros locais no Brasil a receber os padres holandeses da Congregação dos Sagrados Corações, da qual Eustáquio fazia parte. Em 1926, apenas um ano após a chegada do padre ao Brasil, ele esteve presente em um importante Congresso Católico em Patrocínio, onde representou a Congregação na assinatura do contrato de doação do prédio onde funcionaria o Ginásio Dom Lustosa. Este foi um marco significativo na história educacional e religiosa da cidade.

A recente descoberta do filme na Holanda, que mostra Padre Eustáquio em diversas localidades, incluindo Água Suja (hoje Romaria) e São Paulo, é considerada por Amaral como um achado de grande valor histórico. No entanto, ele lamenta que a história de Patrocínio tenha sido esquecida na divulgação dessas imagens, especialmente porque o filme retrata o padre em contextos que poderiam facilmente ter incluído sua passagem pela cidade.

Eustáquio Amaral finaliza sua crítica reafirmando a necessidade de valorizar e reconhecer a rica história local nas narrativas mais amplas sobre figuras históricas como Padre Eustáquio. Para ele, a omissão de Patrocínio e Ibiá na "Linha do Tempo" é uma falha significativa que precisa ser corrigida para que a verdadeira história do padre, e sua profunda conexão com essas cidades, seja plenamente reconhecida e celebrada.


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