As comunidades locais atribuem à fábrica da Coca-Cola a escassez de água, o que gerou consequências como a desvalorização de imóveis, a queda do turismo, e dificuldades no cultivo de plantas e na criação de animais em Brumadinho. 

Crédito: Luiz Santana|ALMG

Recentemente, a comissão visitou as comunidades de Suzano e Campinho para verificar as condições do abastecimento de água.

Da redação | Rede Hoje

A exploração de água pela empresa Coca-Cola (Femsa) será discutida em uma audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (10/9/24). A reunião, que ocorrerá às 10h no Auditório do andar SE, abordará os impactos ambientais causados pela extração de águas subterrâneas nas comunidades Suzana e Campinho, localizadas em Brumadinho.

Desde 2015, a empresa utiliza o Aquífero Cauê para abastecimento. De acordo com informações dos gabinetes das deputadas Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves, que solicitaram a audiência, os moradores da região têm enfrentado falta de água desde o início das operações. Atualmente, eles dependem de poços artesianos e caminhões-pipa para suprir suas necessidades.

As comunidades locais atribuem à fábrica da Coca-Cola a escassez de água, o que gerou consequências como a desvalorização de imóveis, a queda do turismo, e dificuldades no cultivo de plantas e na criação de animais. Muitas famílias, segundo os relatos, sequer conseguem manter pequenas hortas em suas propriedades.

A deputada Beatriz Cerqueira criticou a falta de estudos ambientais prévios à instalação da fábrica, afirmando que compensações oferecidas após a exploração de recursos naturais nunca conseguem reverter todos os danos causados. Ela classificou a situação como "escandalosa", ressaltando a gravidade do impacto ambiental na região.


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