Explosões foram ouvidas na cidade de Tel Aviv, e a imprensa iraniana relatou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida.
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A situação se agravou ainda mais quando, cerca de 20 minutos após a primeira onda, uma segunda leva de mísseis foi lançada, segundo a agência estatal Irã
Da redação da Rede Hoje
Na noite desta terça-feira (tarde em Brasília), o Irã lançou um ataque com 200 mísseis contra Israel, em um dos confrontos mais intensos entre os dois países em anos. As sirenes de alerta soaram em diversas regiões de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, enquanto o exército israelense confirmava os ataques. Explosões foram ouvidas na cidade de Tel Aviv, e a imprensa iraniana relatou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida. A situação se agravou ainda mais quando, cerca de 20 minutos após a primeira onda, uma segunda leva de mísseis foi lançada, segundo a agência estatal Irã
O principal porta-voz das Forças Armadas israelenses, Daniel Hagari, havia alertado, horas antes, sobre a iminência de um ataque, após aliados americanos identificarem movimentações iranianas. “Estamos na mais alta prontidão, ofensiva e defensiva. O fogo iraniano contra o Estado de Israel terá consequências”, afirmou Hagari. Ele também destacou a estreita cooperação entre Israel e os Estados Unidos no monitoramento dos acontecimentos no Irã, destacando que as represálias serão severas
Fontes militares israelenses indicaram que três bases aéreas e uma sede de inteligência ao norte de Tel Aviv estavam entre os principais alvos dos ataques iranianos. Essas instalações foram evacuadas horas antes, em uma medida preventiva. Relatos também sugerem que o Irã utilizou mísseis balísticos, que têm uma capacidade de atingir alvos israelenses em até 12 minutos, ao invés de drones ou mísseis de cruzeiro
Este não é o primeiro grande ataque do Irã contra Israel. Em abril deste ano, o Irã lançou mais de 300 drones e mísseis em retaliação à morte de membros da Guarda Revolucionária em um ataque a instalações diplomáticas iranianas em Damasco. Na ocasião, muitas das missões foram abatidas por uma coalizão liderada pelos EUA, enquanto outras falharam no voo. O episódio de abril serviu de precedente para a atual escalada de dezenas
Diante do ataque iminente, a Embaixada dos EUA em Israel emitiu um alerta para que seus funcionários retornem para suas casas e fiquem preparados para se abrigarem em locais seguros. Navios e aeronaves dos EUA já estão posicionados estrategicamente na região para apoiar Israel em caso de necessidade. Entre as forças americanas destacadas estão três caçadores no Mar Mediterrâneo, um porta-aviões no Golfo de Omã, e caças prontas para interceptar mísseis que possam ameaçar o território israelense
A operação ocorre em meio a crescentes com o Líbano, onde Israel lançou uma operação terrestre na madrugada de terça-feira (noite de segunda no Brasil). O Exército israelense também emitiu um ultimato para que civis no sul do Líbano evacuem suas casas, recomendando que se dirijam para o norte, além do rio Awali. Essa manobra reflete o temor de que o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, também possa se envolver diretamente no conflito, ampliando ainda mais a crise na região