A morte do jogador de futebol Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai, no Brasil, em agosto de 2023, foi causada por arritmia cardíaca.

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Os sintomas variam de acordo com o tipo de arritmia e as condições de saúde do paciente
Da redação da Rede Hoje

A arritmia cardíaca, uma condição que afeta o ritmo dos batimentos do coração, acomete uma em cada quatro pessoas ao longo da vida, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (Sobrac). A doença pode ser grave, sendo responsável por cerca de 300 mil mortes súbitas todos os anos no Brasil. Um caso recente que chamou a atenção foi a morte do jogador de futebol Juan Izquierdo, do Nacional do Uruguai, durante uma partida pela Copa Libertadores da América, em agosto de 2023.

O cardiologista Edson Elviro Alves, do Hospital Madrecor, explica que a arritmia é caracterizada por alterações nos batimentos cardíacos, seja na frequência (batimentos por minuto) ou na regularidade dos mesmos. Entre os tipos mais comuns de arritmia estão:

  • Bradicardia: batimentos abaixo de 60 por minuto;

  • Taquicardia: batimentos acima de 100 por minuto;

  • Fibrilação atrial: ritmo cardíaco irregular;

  • Taquicardia supraventricular e ventricular: batimentos rápidos com origem em diferentes regiões do coração.

Segundo Alves, a fibrilação atrial é a arritmia mais comum. "O coração perde o sincronismo entre átrios e ventrículos, fazendo com que batam de forma irregular", destaca o cardiologista.

Os sintomas variam de acordo com o tipo de arritmia e as condições de saúde do paciente. Entre os sinais estão: palpitações, tontura, desmaios, cansaço excessivo, falta de ar e dor no peito. Em casos mais graves, a arritmia pode levar a complicações como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e parada cardíaca.

Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, hipertensão, doenças cardíacas, diabetes, apneia do sono, obesidade, estresse, doenças da tireoide e o uso de substâncias como álcool e cafeína. O diagnóstico envolve consultas médicas e exames específicos, enquanto o tratamento pode ser medicamentoso, com o uso de antiarrítmicos, ou não medicamentoso, com mudanças no estilo de vida, além de intervenções invasivas, como a ablação cardíaca e o implante de marcapassos.

O cardiologista Edson Elviro reforça que pessoas com arritmia devem buscar orientação médica, especialmente em relação à prática de atividades físicas. "Em alguns casos, atividades físicas intensas devem ser evitadas, e o acompanhamento profissional é essencial", conclui.


Fonte: Érica Magalhães | Assessora de Imprensa


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