O apoio à proibição é ainda mais forte entre os pais, com 82% concordando com a medida, e 72% dos entrevistados sem filhos também a apoiam

Fotos crédito: 13smok / Pixabay

Da redação da Rede Hoje

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em parceria com a QuestionPro revela que 80% dos adultos acreditam que o uso de celulares nas escolas deve ser proibido. O apoio à proibição é ainda mais forte entre os pais, com 82% concordando com a medida, e 72% dos entrevistados sem filhos também a apoiam. A pesquisa mostra que essa percepção é consistente em todas as faixas etárias, com um índice de 87% entre pessoas com 61 anos ou mais.

Recentemente, o Ministério da Educação anunciou a elaboração de um projeto de lei para banir o uso de celulares nas salas de aula, e o tema está sendo debatido na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O levantamento também indica que 90% dos participantes acreditam que as crianças de hoje não brincam mais na rua devido à distração causada pelo celular ou pela TV. Embora 69% considerem que a idade ideal para o primeiro celular seja a partir dos 13 anos, 86% acreditam que os jovens desejam ter um celular antes dessa idade.

A gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva, Gabrielle Selani, enfatiza a necessidade de monitorar não apenas o uso dos celulares nas escolas, mas também o tempo e o conteúdo consumidos, ressaltando que é importante estar atento ao que acontece fora do ambiente escolar. Os entrevistados apontaram diversos efeitos negativos do uso excessivo de celulares na infância, incluindo vício em tecnologia, aumento da ansiedade e depressão, problemas de sono, desempenho escolar prejudicado, dificuldades nas relações sociais e exposição ao cyberbullying.

A pesquisa foi realizada com 1.491 entrevistas em todo o país entre 24 de junho e 8 de julho, abrangendo diversas regiões e perfis socioeconômicos, com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. Gabrielle destaca que os resultados podem auxiliar na formulação de legislações mais inclusivas sobre o tema, enfatizando que o uso descontrolado das telas é uma questão que impacta toda a sociedade.


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