Os leilões são de 36 imóveis públicos localizados em diversas áreas do município e para a alienação de veículos da frota municipal classificados como “inservíveis”.

Foto: Imagem de Peggy und Marco Lachmann-Anke | Pixabay

Da redação da Rede Hoje

A Prefeitura de Patrocínio publicou três editais para a realização de leilões de 36 imóveis públicos localizados em diversas áreas do município, além de um edital para a alienação de veículos da frota municipal classificados como “inservíveis”. Entretanto, os processos vêm gerando polêmica, com questionamentos da imprensa e de vereadores sobre a transparência e a necessidade das alienações, especialmente em final de mandato do atual prefeito, Deiró Marra.

Na segunda-feira (25), o vereador Paulo Roberto dos Santos, o Panxita, protocolou uma Ação Popular solicitando a suspensão dos leilões. Segundo ele, há irregularidades no processo e falta de clareza sobre a destinação dos recursos arrecadados. O parlamentar também argumenta que a decisão sobre o uso dos imóveis deveria caber ao próximo gestor, Gustavo Brasileiro. Ele sugere que as áreas poderiam ser utilizadas para a construção de creches, escolas ou unidades de saúde, iniciativas que atenderiam diretamente às demandas da população.

Veículos
O edital do leilão de veículos e a refogação

Além dos imóveis, o leilão de veículos do município chamou atenção, sobretudo pela inclusão de modelos considerados praticamente novos, como uma Fiat Toro 2023 e outros veículos com menos de 10.000 km rodados. O decreto nº 4.458, publicado no Diário Oficial em 21 de novembro de 2024, justificou a venda alegando que os custos de manutenção tornaram esses bens antieconômicos. Contudo, a falta de informações claras sobre a quilometragem e o estado real dos veículos levantou dúvidas sobre a necessidade da alienação.

A Prefeitura anunciou, em 26 de novembro, a revogação do edital de leilão de veículos sob a alegação de necessidade de readequações técnicas nos documentos e no processo. Ainda assim, permanece a incerteza sobre os imóveis, que continuam no centro do debate público e aguardam uma decisão judicial sobre o pedido de suspensão feito por Panxita.

Caso a Justiça decida pela suspensão dos leilões, os compradores poderão ser obrigados a devolver os bens adquiridos à administração pública, com o ressarcimento dos valores pagos na forma de créditos municipais. Enquanto isso, a polêmica reforça a necessidade de maior transparência nos atos administrativos, especialmente em decisões que podem ter impactos significativos para o futuro da cidade.


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