Apesar dos desafios financeiros e administrativos herdados, o clube segue mobilizado para encontrar soluções; neste domingo o vice-prefeito e ex-presidente do clube, Maurício Cunha, conta à Rede Hoje o trabalho para a difícil recuperação do clube.
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Da redação da Rede Hoje
Segundo Maurício Cunha, esta será uma semana decisiva para o CAP, que precisa definir sua participação até o dia 28 de janeiro, data marcada para o Conselho Técnico da Federação Mineira de Futebol. "Estamos em contato com empresários e membros da comunidade para buscar alternativas viáveis. Ainda não desistimos, mas o prazo é apertado, e temos muitas questões pendentes", afirmou o dirigente.
O principal obstáculo, segundo Maurício, é a dívida trabalhista acumulada por gestões anteriores. Ele explica que mesmo com uma negociação reduzindo os valores para cerca de 25% do total determinado pela Justiça, o clube ainda precisaria quitar aproximadamente R$ 600 mil. A proposta da diretoria é dividir esse montante em 10 parcelas, mas a situação segue complicada devido à falta de recursos imediatos.
Além das pendências trabalhistas, o CAP também enfrenta dívidas com fornecedores, incluindo uma empresa de material esportivo. Para tentar mudar esse cenário, a diretoria estuda alternativas que incluem promoções, eventos e campanhas para mobilizar a torcida e arrecadar fundos. "O apoio da torcida será essencial, pois atualmente o clube não tem receita suficiente para bancar esses valores", enfatizou Cunha.
Novo CNPJ descartado
Maurício também descartou a possibilidade de criar um novo clube com outro CNPJ como solução alternativa. Segundo ele, os custos de constituição de uma nova empresa seriam ainda maiores do que tentar resolver os problemas atuais do CAP. "Além disso, há uma história de 70 anos que não pode ser simplesmente esquecida ou descartada", explicou.
A negociação com advogados e partes interessadas será intensificada nos próximos dias. Maurício destacou que reuniões importantes estão agendadas para esta semana, e o grupo espera chegar ao Conselho Técnico do dia 28 com uma definição concreta. "A prioridade é honrar os compromissos e viabilizar a participação do Patrocinense no campeonato", afirmou.
Difícil
O dirigente reconhece que o trabalho não será fácil, mas mantém o otimismo. "É muita coisa para ser negociada, mas o grupo está disposto a trabalhar para evitar que o clube perca sua vaga", reforçou. O CAP precisará de união entre diretoria, empresários e comunidade para superar este momento crítico.
Sem a torcida não dá
Caso não consiga solucionar os problemas a tempo, o Patrocinense corre o risco de abrir mão de sua participação no Módulo II, deixando a decisão sobre a vaga nas mãos da Federação Mineira de Futebol. Segundo Cunha, também sem o apoio da torcida não dá para pensar em opção "os torcedores terão que nos ajudar, pois sozinhos, não dá para inveter a situação", diz. Ele lembra que não tendo outra opção o CAP vai ter abrir mão da vaga. "Não queremos que isso aconteça, mas é uma possibilidade caso não consigamos avançar nas negociações", admitiu Maurício.
Importancia histórica
Esse grupo reconhece a importância histórica do clube para a cidade e a região. Para Maurício Cunha, desistir do CAP significaria deixar para trás uma trajetória de 70 anos repleta de desafios, conquistas e paixão pela camisa grená. "Estamos determinados a lutar até o último momento para preservar essa história e dar continuidade ao trabalho", concluiu.
O desfecho desta semana será crucial para o futuro do CAP, que segue enfrentando as dificuldades de cabeça erguida. o campeonato em 2025.