Cafeicultores podem inscrever amostras de 1º de agosto até 16 de setembro; Troféu Mulheres de Atitude é uma das inovações

A iniciativa, apoiada pelo Sebrae Minas, é da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e visa valorizar o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de alta qualidade. Fotos: Divulgação


Adriana Bernardes*
 

Produtores associados às cooperativas e associações da Região do Cerrado Mineiro e que sejam credenciados à Federação dos Cafeicultores do Cerrado podem inscrever suas amostras, a partir de 1º de agosto, na 10ª edição do Prêmio Região do Cerrado Mineiro. A iniciativa, apoiada pelo Sebrae Minas, é da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e visa valorizar o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de alta qualidade, com responsabilidade e rastreabilidade, bem como celebrar a safra. 

O Prêmio é dividido em três categorias: Café Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida, que foi inserida na última edição, e o produtor poderá inscrever até duas amostras, sendo uma na categoria Natural ou Cereja Descascado, adicionando mais uma amostra na categoria Fermentação Induzida.

Novidades

A 10ª edição do Prêmio vai reconhecer também as mulheres, cada vez mais atuantes no segmento do café. Entre as amostras inscritas, as três melhores produzidas por mulheres ou as três melhores produtoras serão reconhecidas com o Troféu Mulher de Atitude, sendo este um reconhecimento às mulheres cafeicultoras.

O modelo de negócios do Prêmio permanece com as inovaçãos apresentadas na última edição, sendo três modalidades: reserva de mercado brasileiro, leilão e safra premiada.

A Safra Premiada é um modelo de negócios que valoriza os cafés que se classificaram e que não entraram no leilão. Já o leião acontece, novamente ao vivo nesta edição, trazendo compradores inscritos que receberam as amostras dos lotes classificados, sendo 1º ao 5º lugar na categoria Natural, 1º ao 2º na categoria Cereja Descascado e 1º ao 3º na categoria Fermentação Induzida. A Reserva de Mercado é a modalidade que consiste em realizar vendas antecipadas de sacas de café para micro torrefações e cafeterias brasileiras com intuito de fomentar o desenvolvimento do mercado interno de cafés especiais.

Segundo o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, o leilão valoriza também financeiramente os cafés. Na 9ª edição do Prêmio, o leilão atingiu em torno de R$ 1 milhão em vendas com o recorde de R$ 55 mil por saca. A média de valor por saca ficou em aproximadamente R$ 14 mil. Nesta edição serão dez lotes: cinco cafés naturais, três cafés com fermentação induzida e dois cafés cereja descascado. O valor de partida das sacas é R$ 5 mil para o primeiro lugar, R$ 3 mil para o segundo, R$ 2 mil para o terceiro e para o quarto lugar acima o preço de saída é R$ 1.800, explica. 

Outra inovação desta edição está relacionada ao aspecto social. Cerca de 10% do valor arrecadado com o leilão, 70% serão destinados ao Troféu Escola de Atitude e 30% para as obras do primeiro Hospital de Amor de Minas Gerais, iniciadas pelo Hospital do Câncer de Patrocínio “Dr. José Figueiredo”.


Na 9ª edição do Prêmio, o leilão atingiu em torno de R$ 1 milhão em vendas com o recorde de R$ 55 mil por saca


Premiação

Serão premiados produtores do primeiro ao terceiro lugar para cada uma das categorias, tendo como competidores os melhores cafés finalistas de cada cooperativa. A expectativa dos organizadores é superar as 346 amostras recebidas na edição anterior.

Os vencedores serão premiados com R$ 5 mil pelo primeiro lugar, R$ 3 mil pelo segundo e R$ 2 mil pela terceira posição em cerimônia a ser realizada no dia 30 de novembro, em Uberlândia. A seleção das amostras será realizada por um corpo de jurados com alta experiência e profissionalismo, garantindo transparência e credibilidade ao Prêmio, sendo coordenada pela Savassi Agronegócio e auditado pela Safe Trace.

O Prêmio Região do Cerrado Mineiro têm a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando ainda as seis associações: ACARPA, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer como apoiadoras.

De acordo com o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, esta é uma edição especial que chega em sua décima realização e também celebra os 50 anos da Região do Cerrado Mineiro.  "Temos vários motivos para comemorar. São 50 anos de cafeicultura no Cerrado Mineiro, são 30 anos da Federação, entidade que representa, controla e promove a cafeicultura na região e dez anos de Prêmio”, salienta.

Para o gerente regional do Sebrae Minas, Marcos Alves, o Prêmio cumpre o que foi proposto: criar as condições de um reconhecimento legítimo do produtor. Ele atesta a capacidade que os produtores têm e todo o esforço feito com uma incrível plataforma de divulgação para o resto do mundo. É muito bom ver a cada ano mais produtores participando, enfatiza Marcos.

As inscrições acontecem via cooperativa, a partir de 1º de agosto e o regulamento pode ser acessado a partir desta data pelo endereço eletrônico: www.cerradomineiro.org/premio

Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos

Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos. Uma história que começou na década de 1970, por meio da experiência no cultivo de café de pessoas de outras regiões que se uniram às pessoas da terra, souberam driblar os obstáculos e fizeram surgir oportunidades para o cultivo de café em uma região única. Ao longo dos anos, o que surgiu como Café do Cerrado se transformou em Região do Cerrado Mineiro, uma região com atitude, histórias, raízes e território. Passados 50 anos, a RCM conta com 4.500 cafeicultores distribuídos por 55 municípios que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração.

A RCM possui uma área de produção de 255 mil hectares e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção mineira. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco é uma característica da região. Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros e o resultado são cafés com identidade única e alta qualidade. Os cafés da região têm como características aroma intenso, com notas variando de caramelo a nozes; acidez delicadamente cítrica; corpo moderado a encorpado; sabor adocicado com aspecto de chocolate e finalização de longa duração.


*Adriana Bernardes | Serifa Comunicação

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