A revelação foi feita pelo portal UOL, que destacou que o esquema, que teria sido articulado para ocorrer em 8 de janeiro de 2023, foi desmantelado antes de ser executado
Foto: Ricardo Stuckert
Lula e Alexandre de Moraes
Da redação da Rede Hoje
Nesta sexta-feira (8/11), o Brasil ficou sabendo de uma ação Polícia Federal que fustrou um plano que visava o sequestro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O esquema, que teria sido articulado para ocorrer em 8 de janeiro de 2023, foi desmantelado antes de ser executado. A revelação foi feita pelo portal UOL, que destacou a complexidade do planejamento dos envolvidos, incluindo detalhes sobre a rotina das equipes de segurança das autoridades, os armamentos usados e até os nomes dos seguranças.
Fontes ligadas à investigação, em entrevista ao UOL, afirmaram que o grupo responsável pelo plano pretendia confrontar os seguranças do presidente e do ministro de maneira armada. Essa tentativa de golpe envolvia o levantamento de informações altamente detalhadas para facilitar uma abordagem violenta, indicando a seriedade da ameaça à segurança de ambos.
De acordo com os jornalistas José Roberto de Toledo e Thais Bilenky, do UOL, os investigados tinham a intenção de realizar um ataque direto, seguido de um possível sequestro de Lula e Moraes. No entanto, na data em que o ataque estava planejado, ambos não estavam na capital federal: enquanto Lula estava em Araraquara, Moraes se encontrava em Paris, o que impediu a execução do plano.
A investigação sobre o caso segue em andamento, conduzida sob a supervisão direta do próprio Alexandre de Moraes, que prorrogou o inquérito por mais 60 dias. A expectativa é que as apurações sejam aprofundadas, com potencial de que as primeiras acusações formais contra os suspeitos, incluindo os financiadores e líderes do esquema, sejam apresentadas até o início de 2025.
Entre os investigados, destaca-se o ex-presidente Jair Bolsonaro, que vem buscando apoio no Congresso para garantir uma possível anistia. Contudo, as recentes revelações aumentam a pressão para que o caso avance judicialmente, o que pode trazer implicações sérias para os envolvidos e impactar o cenário político brasileiro.