O governador de Minas Gerais não esclareceu se essa dispensa de comprovação de imunização se aplica apenas à vacina contra a Covid-19 ou se inclui também outras vacinas obrigatórias conforme o calendário do Ministério da Saúde.



 A declaração foi feita em um vídeo divulgado nas redes sociais. Foto: Agencia Minas

Da redação da Rede Hoje

Em uma atitude preocupante, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou recentemente que alunos da rede estadual poderão frequentar as escolas mesmo sem apresentarem prova de vacinação. A declaração foi feita em um vídeo divulgado nas redes sociais, onde Zema estava acompanhado do senador Cleitinho (Republicanos) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL).

No entanto, Zema não esclareceu se essa dispensa de comprovação de imunização se aplica apenas à vacina contra a Covid-19 ou se inclui também outras vacinas obrigatórias conforme o calendário do Ministério da Saúde.

"Todos os alunos em Minas terão acesso às escolas, independentemente de estarem vacinados ou não", afirmou o governador.

Essa decisão de Zema segue um padrão de negacionismo que tem preocupado muitos, especialmente após o impacto causado pelo governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19. Essa postura incluiu atrasos na aquisição de vacinas, desinformação sobre os imunizantes, promoção de tratamentos ineficazes e resistência às medidas de distanciamento social. Infelizmente, políticos que negam a ciência continuam a agir nessa direção. A ação de Zema vem logo após o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), anunciar uma medida semelhante.

Santa Catarina

Por sua vez, Mello declarou em uma rede social que as escolas em Santa Catarina não vão exigir prova de vacinação para aceitar a matrícula de alunos.

"Em Santa Catarina, a vacinação não é obrigatória. É uma escolha individual de cada cidadão. Revoguei um decreto do governo anterior que obrigava os professores a se vacinarem, concedendo assim autonomia e liberdade aos profissionais", disse Mello.

Esses movimentos parecem coordenados, já que seis prefeitos do estado também adotaram uma postura negacionista semelhante, como denunciado pelo vereador do PSOL, Leonel Camasão.

É importante ressaltar que essas medidas têm sido amplamente consideradas ilegais e motivadas principalmente por interesses eleitorais, uma vez que se aproxima o pleito municipal de 2024. Além disso, no ano anterior, o Ministério da Saúde tornou obrigatória a vacinação contra Covid-19 para crianças, e a vacinação também é requisito para a participação em programas federais como o Bolsa Família.

O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão condenou veementemente essa postura, afirmando que "além de irresponsável, não vacinar crianças é um crime contra a saúde pública, a segurança e a vida de nossas crianças e adolescentes".


Fonte: ICL Notícias


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