Calamidade no Rio Grande do Sul pressionou IPCA
Da redação da Rede Hoje
A inflação oficial do país acelerou para 0,46% em maio, após registrar 0,38% em abril. O principal fator de alta foi o aumento nos preços dos alimentos, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, a inflação é de 2,27%, enquanto nos últimos 12 meses, é de 3,93%. Esse valor está dentro da meta do governo de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O grupo de alimentos e bebidas teve uma alta de 0,62% em maio, contribuindo com 0,13 ponto percentual para o IPCA.
Entre os itens que mais contribuíram para a alta no grupo de alimentos e bebidas, destacam-se as carnes, com um aumento de 1,36%, e os leites e derivados, que subiram 1,02%. Esses produtos impactaram diretamente o orçamento das famílias, refletindo na aceleração do índice geral.
Outros grupos também apresentaram variações significativas. O setor de transportes, por exemplo, registrou uma alta de 0,34%, influenciado principalmente pelo aumento nos preços das passagens aéreas, que subiram 18,87% em maio. O grupo de habitação teve uma variação de 0,47%, com destaque para o aumento de 2,32% na energia elétrica.
Por outro lado, alguns setores contribuíram para atenuar a alta da inflação. O grupo de vestuário, por exemplo, apresentou uma queda de 0,2%, ajudando a conter um avanço maior do índice geral.
Meta de Inflação e Perspectivas
A meta de inflação do governo para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, situando o limite inferior em 1,5% e o superior em 4,5%. Com a inflação acumulada em 12 meses chegando a 3,93%, o índice permanece dentro do intervalo estabelecido pelo Banco Central.
Especialistas apontam que a manutenção da inflação dentro da meta é um indicativo de estabilidade econômica, embora os aumentos nos preços dos alimentos e de serviços essenciais como transporte e energia elétrica ainda representem um desafio para o controle dos preços.
Análise e Reações do Mercado
Analistas do mercado financeiro observaram que a alta no IPCA em maio era esperada, mas destacam a importância de monitorar os preços dos alimentos, que têm sido um dos principais vilões da inflação nos últimos meses. A expectativa é de que as políticas monetárias do Banco Central, incluindo possíveis ajustes na taxa Selic, possam ajudar a conter as pressões inflacionárias no curto e médio prazo.
O governo, por sua vez, reafirma o compromisso com a estabilidade econômica e a meta de inflação, destacando a importância de políticas fiscais responsáveis e medidas de incentivo à produção agrícola para mitigar os impactos dos aumentos nos preços dos alimentos.
A inflação em maio, puxada principalmente pelos alimentos, reflete tendências de mercado que exigem atenção contínua para manter a estabilidade econômica e garantir que os índices permaneçam dentro das metas estabelecidas.
Fonte: Agência Brasil