No Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro, o reumatologista Carmo Gonzaga de Freitas, alerta para condições que podem afetar pessoas de todas as idades

Dr. Carmo observa que a maioria de seus pacientes tem mais de 60 anos, muitas vezes porque demoram para buscar ajuda médica.

Da redação | Rede Hoje

As doenças reumáticas são frequentemente associadas à terceira idade, mas essa percepção é equivocada. No Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro, o médico reumatologista Carmo Gonzaga de Freitas, com mais de 50 anos de experiência e mais de 45 mil pacientes atendidos, alerta que essas condições podem afetar pessoas de todas as idades. "As doenças reumáticas não são exclusivas da terceira idade! Elas podem afetar indivíduos de qualquer faixa etária, e as mais graves acometem os mais jovens", destaca o especialista, que é membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

O Dia Internacional do Idoso foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1990, com o objetivo de homenagear os idosos e conscientizar a sociedade sobre suas necessidades. Em 2003, o Estatuto do Idoso foi criado no Brasil, reforçando a importância da proteção e do respeito aos direitos das pessoas idosas. Essas iniciativas visam combater preconceitos e promover um envelhecimento saudável, enfatizando que o cuidado com a saúde deve ser contínuo ao longo de toda a vida.

Embora as doenças reumáticas possam afetar qualquer pessoa, o Dr. Carmo observa que a maioria de seus pacientes tem mais de 60 anos, muitas vezes porque demoram para buscar ajuda médica. "As doenças reumáticas são uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil, afetando cerca de 15 milhões de pessoas", comenta o médico. Esse atraso na busca por tratamento contribui para o agravamento das condições de saúde, resultando em dor crônica e limitações na qualidade de vida.

O médico enfatiza que o sofrimento maior recai sobre aqueles que não adotaram hábitos saudáveis ao longo da vida. Ele destaca que o sedentarismo e a falta de motivação são problemas comuns entre os idosos, frequentemente agravados pelo excesso de proteção das famílias. "Vejo muitas famílias querendo proteger o idoso, impedindo-o de realizar tarefas que ainda poderiam ser feitas por eles. Isso leva à perda progressiva de massa muscular e ao isolamento social", afirma o médico.

A perda de motivação é apontada por Dr. Carmo como uma das questões mais graves enfrentadas pelos idosos. Sem estímulo para realizar atividades, muitos acabam se sentindo um fardo para a família, o que pode levar à depressão. "Sem motivação, a pessoa vai paralisando suas atividades e ficando cada vez mais dependente. Nestes casos, o apoio terapêutico é essencial para restaurar o bem-estar e a autonomia", alerta.

Carmo Gonzaga de Freitas é um exemplo de vida ativa e equilibrada, conclui que promover a independência e o cuidado contínuo com a saúde é fundamental para um envelhecimento saudável. O incentivo à prática de atividades físicas, o engajamento social e o acompanhamento médico adequado são pilares essenciais para a qualidade de vida na terceira idade, ressaltando que é possível envelhecer com dignidade e bem-estar.


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