MPMG apresentou denúncia contra o prefeito de Patrocínio e seu irmão;em nota, Deiró Marra afirma ser vítima de perseguição pelo procurador de Justiça responsável pela investigação.

Crédito Foto: Instagram | Deiro Marra

O prefeito negou participação nas negociações de compra de imóveis realizada em 2022, envolvendo a empresa Alfa-MG Empreendimentos Imobiliários

Da redação da Rede Hoje

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou nesta quinta-feira (10) uma denúncia contra o prefeito de Patrocínio, Deiró Moreira Marra, e seu irmão. Eles são acusados de falsidade ideológica e uso de documento falso em uma transação de compra de imóveis realizada em 2022, envolvendo a empresa Alfa-MG Empreendimentos Imobiliários, de propriedade do irmão e do filho do prefeito.

De acordo com a denúncia, os terrenos em questão foram originalmente arrematados por uma outra empresa em um leilão público promovido pela Prefeitura em 1995. No entanto, em 2022, o prefeito e seu irmão teriam inserido informações falsas em uma procuração para que a Alfa-MG fosse registrada como a verdadeira compradora dos lotes. Essa ação permitiu que a empresa evitasse o pagamento do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), causando prejuízo aos cofres públicos.

O MPMG alega que o uso de documentos falsos foi essencial para a concretização do registro das escrituras de compra e venda dos lotes. A irregularidade resultou em um valor de imposto inferior ao que deveria ter sido pago tanto na negociação original quanto na posterior, ampliando os danos ao erário municipal.

O que diz Deiró Marra
Em resposta às acusações, o prefeito Deiró Marra usou suas redes sociais para se defender. Em uma longa nota, ele afirmou estar sendo vítima de perseguição por parte do Procurador de Justiça, Cristovam Joaquim Fernandes Ramos Filho, responsável pela investigação. Segundo Marra, o procurador tem agido de forma parcial e conduzido o processo com irregularidades, comprometendo a integridade da investigação.

O prefeito negou participação nas negociações e afirmou que todos os documentos apresentados à Prefeitura são de responsabilidade exclusiva dos compradores e vendedores, e não do Município. Ele ressaltou que os vendedores dos terrenos confirmaram em depoimento que nunca negociaram diretamente com ele.

Marra também mencionou disputas judiciais anteriores com o Procurador Cristovam Joaquim, destacando ações que venceu contra ele. Entre os processos citados pelo prefeito, estão uma ação por danos morais e outra por direito de resposta, ambas com decisões favoráveis a Marra. Ele afirmou que essas vitórias jurídicas indicam que a denúncia atual possui caráter revanchista.

A defesa do prefeito segue argumentando que as acusações são infundadas e que o prefeito continuará lutando para comprovar sua inocência. Marra finalizou sua nota reiterando que confia na Justiça e que a verdade prevalecerá.


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