Trabalho. É o mais sagrado meio de sobrevivência para qualquer família. Por isso, é bom perguntar quantas pessoas assalariadas existem em Patrocínio? E qual o seu salário médio mensal? Juntando salários e outras remunerações, qual o valor anual pago? Quantos patrocinenses ganham até ½ (meio) salário mínimo? Enfim, há emprego ou não? Assim, sempre é salutar verificar e analisar as informações disponíveis. Uma boa política nasce em diagnóstico sustentado por pesquisas sérias. Como a do IBGE.
SALÁRIO MÉDIO É BAIXO – Enquanto Araxá paga ao trabalhador 2,7 salários mínimos (em torno de R$ 3.500,00) e Patos de Minas 2,2 salários mínimos (R$ 2.900,00), Patrocínio tem o salário médio mensal de 2,1 salários mínimos, ou seja, R$ 2.770,00 aproximadamente. Esse salário médio coloca o Município no distante 110º lugar em Minas. O primeiro indicativo dessa situação é que há necessidade de aumentar o salário médio mensal de Patrocínio.
DIFERENÇAS QUE ASSUSTAM – De 2006 até agora, o salário médio patrocinense sempre foi inferior as de grandes cidades da região. Por exemplo, somente em 2007 e 2009 que PTC empatou com Patos de Minas. Por outro lado, tem uma cidade menor, muito próxima, onde o salário médio é maior. Trata-se de Serra do Salitre. Em 2018 e 2021, o salário médio lá atingiu 3 salários mínimos (quase R$ 4.000,00). Conclusão: isso devido a população de Serra do Salitre ser bem menor e a empresa de fosfato pagar salários acima da média regional. Essa proporção eleva o salário médio no vizinho município.
TRABALHO EM PTC – Apenas 23.000 pessoas (exatamente 23.563 pessoas) trabalham no Município, sob registro profissional. Como a população é de quase 90.000 habitantes, o percentual da população ocupada corresponde a 24,5%. Nesse quesito, há 104 cidades mineiras em cenário melhor. Por exemplo, Araxá tem quase 30% de sua população ocupada; Patos de Minas tem 31,5%; Uberlândia 35% e a mesma coisa se repete em Uberaba e João Pinheiro (30%).
HÁ MAIS EMPREGO... – Em Patrocínio tem aumentado o número de empregos. Em 2010, havia pouco mais de 18.000 pessoas ocupadas. Agora, já são 23.500 pessoas ocupadas. Porém, é um crescimento muito moderado, diante da velocidade do aumento populacional. Comparando: Patos de Minas, hoje tem 52.000 pessoas ocupadas e Araguari, 30.000 pessoas. Portanto, só Patos de Minas tem muito mais do dobro de empregos do que Patrocínio.
SALÁRIOS EM REAIS – Os salários e outras remunerações (tais como de faxineira, uma vez por semana e motorista de táxi ou aplicativo) também crescem em Patrocínio. Em 2010, somavam quase R$ 200 milhões (precisamente R$ 197.600.000,00). Já em 2021, esse valor pago mais que dobrou, chegando a R$ 560 milhões. Todavia, Patos de Minas “pulou” de R$ 400 milhões (2010) para R$ 1,3 bilhão (2021), triplicando o valor. Araguari saltou de R$ 264 milhões para R$ 728 milhões, no mesmo período. Daí, Patrocínio cresce. Contudo, cresce menos que os valores de cidades de tamanho similar. Patrocínio cresce com timidez.
RENDIMENTOS POR CASA – É variável difícil de entendê-la. Considerando domicílios (casas) com rendimentos mensais de meio salário mínimo por pessoa (R$ 660,00), ou seja dividindo a soma dos ganhos dos moradores de uma casa pelo número de moradores, Patrocínio tinha 32% da população nessas condições. Em outras palavras, 28.000 patrocinenses ganham, em média, até R$ 660,00. Exemplo: se numa casa de três pessoas, só uma ganha R$ 3 mil por mês, o salário “per capita” é de R$ 1.000,00. Nesse indicador, a situação de PTC é semelhante a de Patos de Minas, Araxá, Coromandel e Uberaba. É uma situação regular para boa. Pois, quase 60.000 patrocinenses, em média, utilizando a regra “per capita”, ganham mais do que R$ 660,00. Pois, tem gente que ganha R$ 30 mil ou R$ 10 mil e por aí se vai. Isso aumenta a média.
ONDE ESTÁ O PROBLEMA DE PTC? – O AGRO, agropecuária, dá show. A turma das fazendas produz mais R$ 610 milhões por ano. A indústria chega a R$ 393 milhões. Colocando os serviços de lado (setor público, comércio, saúde, educação e segurança), que dá quase R$ 2 bilhões, a fraqueza de Patrocínio é a falta de indústria. Indústria gera emprego, renda (salário e lucro), e o PIB aumenta. Preferencialmente, indústria sem poluição é a solução para a melhoria de vida nessa terra de encantos mil.
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