O site Patrocínio É Notícia trouxe nova reportagem neste fim de semana e focou na família Arvelos.




Em junho patrocinenses - entre eles membros da família - exibem diplomas e trofeus conquistados na Zona da Mata mineira. Foto: divulgação

Da redação da Rede Hoje

Depois de uma série de reportagens, sobre o destino dos recursos da Lei Paulo Gustavo em Patrocínio, feitas pelo site Patrocínio É Notícia e de uma entrevista concedida pela secretária de Cultura, Eliane Nunes à Rede Hoje, o site publicou nova matéria em que denuncia o acatamento de vários projetos de uma mesma família: Arvelos.

Os projetos são feitos de forma separada, cada membro da família — que é formada por artistas de vários segmentos — fez um processo para um setor específico. O site trouxe nova reportagem neste fim de semana, com levantamentos sobre Arthur Arvelos.

Encabeçada por Flávio Arvelos, diretor de teatro e ator, ex-secretário de Cultura do Município, fez uma carta aberta sobre o assunto. Veja:

Carta aberta da Família Arvelos à comunidade artística de Patrocínio-MG:

Recentemente, o sobrenome da nossa família foi vinculado a uma série de publicações em um site da imprensa local a respeito da verba oriunda do edital municipal da Lei Paulo Gustavo. O conteúdo das publicações é bastante problemático, pois se pauta em acusações, especulações e inverdades. Durante dias apenas observamos nosso nome ser atacado injustamente repetidas vezes. Assim como uma grande parte dos artistas patrocinenses, tivemos nossos projetos aprovados no edital em questão, mas tudo ocorreu conforme a legalidade prevista pela regulamentação federal da lei e do edital municipal. Nossa família está ligada ao trabalho artístico em Patrocínio há décadas, muito antes de existirem verbas ou políticas públicas culturais. Trabalhamos incessantemente sem recursos, tirando dinheiro do próprio bolso, para nos apresentarmos gratuitamente para a população de Patrocínio. São gerações e gerações que se dedicaram à cultura sem receber nada por isso, e agora que há editais e viabilidade financeira para tais, questionam a legitimidade da nossa trajetória e de nossos projetos.

É importante ressaltar que apesar de o sobrenome ser recorrente na lista de aprovados a verba não está concentrada, ela é destinada a pessoas e projetos independentes e de diferentes linguagens artísticas. Os projetos aprovados estão distribuídos na literatura, teatro, audiovisual e artes plásticas e existe um grande grupo de pessoas envolvidas em suas execuções. Outro ponto importante a ser esclarecido, é que todos os aprovados da família não possuem vínculo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e com a secretária, não possuímos cargo na pasta, não trabalhamos na campanha eleitoral e não somos prestadores de serviço da secretaria. Que fique bastante claro, que o vínculo que o nosso nome possui é único e exclusivamente com a ARTE. Sabemos que a arte é potência para empoderar e transformar a sociedade e estaremos lutando em seu nome como sempre fizemos.

Quanto às acusações contra Arthur Arvelos, trazidas recorrentemente nas notícias, vinculando seu nome e sua imagem, seguem carregadas de inverdades e falta de clareza nos fatos. A primeira delas, sobre não morar em Patrocínio, é uma inverdade. Arthur divide residência entre Patrocínio e Belo Horizonte, onde atua no setor cultural de ambas as cidades e possui toda a documentação comprobatória segundo as exigências expostas na Lei Federal e no edital municipal. Os documentos provam que seu trabalho artístico em Patrocínio é bastante assíduo e acontece por cerca de 15 anos ininterruptos.

Nós, ‘Arvelos’, como estamos sendo chamados, somos antes de tudo, pessoas singulares, artistas com projetos de vida e famílias e zelamos muito pela integridade do nosso nome, não somos pessoas com posses materiais ou influência social, assim é muito importante honrar o único bem que temos. Nesta questão vamos buscar por vias judiciais que nosso nome seja reparado.

Quem acompanha de perto sabe da importância histórica da Lei Paulo Gustavo, esse recurso é algo inédito para o município, agrega grandiosamente não apenas para os artistas da cidade, mas para toda a população. Assim é lastimável ver pessoas desinformadas tentarem frear o avanço proporcionado pela lei. Para quem deseja questionar sua legitimidade, vale estudar um pouco sobre políticas culturais.

Salientamos também, que apesar de todas as acusações, esses meios não se deram ao trabalho de nos procurar para entender a real situação e conhecer nossos projetos, objetivos e impactos que traremos para a cultura local. Ser artista sempre foi um ato de resistência e vamos resistir. Por isso, nos colocamos à disposição para esclarecer qualquer questionamento sobre nossos projetos e faremos questão de mais uma vez fazer um trabalho de excelência que agregue o âmbito artístico patrocinense.

Finalizamos afirmando que esta não é uma carta resposta ao site, mas sim um esclarecimento à comunidade artística da cidade, que acompanha de perto nosso trabalho e sabe do potencial e relevância das nossas ações culturais. Permitimos o compartilhamento livre desta carta pelos meios de imprensa, desde que seja veiculada NA ÍNTEGRA, a fim de evitar manipulações da narrativa.

Assinam a carta: Arthur Carvalho Arvelos, Flávia Carvalho Arvelos, Flávio de Freitas Arvelos, Laira Carolina Arvelos e Ronilda Maria de Carvalho Arvelos.


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