CNC argumenta que faz “trabalho contínuo em prol de práticas sustentáveis, alinhadas aos princípios ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”

O CNC defende a forma de produção e preservação da cafeicultura brasileira. Foto: divulgação CNC

Da redação da Rede Hoje

O Conselho Nacional do Café (CNC), através de matéria produzida pela assessoria de comunicação, está questionando uma reportagem do jornal Gazeta do Povo, publicada em 23 de março de 2024, intitulada "Em suposta defesa do Cerrado, brasileiros vão à Europa pedir boicote ao próprio país".

A reportagem, assinada por Marcos Tosi, levanta preocupações sobre a produção agrícola no Brasil, especialmente no bioma do Cerrado, sendo acusada de causar danos irreparáveis ao meio ambiente. Entre as alegações está uma campanha liderada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e por ONGs, clamando por um boicote aos produtos brasileiros e uma revisão mais rigorosa da lei antidesmatamento da União Europeia.

O CNC, argumenta que “é importante destacar o trabalho contínuo em prol de práticas sustentáveis, alinhadas aos princípios ESG e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, realizado não apenas pelos produtores, mas também por entidades e o poder público, incluindo prefeituras, governos estaduais e federal”, explica.

Para reforçar os argumentos, o Conselho Nacional de Café usa os seguintes fatos:

Realidade da produção: Contrariando as alegações sobre a nocividade da produção agrícola no Brasil, incluindo a do café, a realidade mostra um cenário diferente. A cafeicultura brasileira tem se destacado não apenas pela qualidade e quantidade, mas também pela adoção de práticas agrícolas sustentáveis, exemplificadas por diversos programas desenvolvidos por cooperativas, entidades públicas e privadas, entre outros.

Preservação ambiental: Os cafeicultores brasileiros têm adotado práticas de manejo sustentável, incluindo a preservação de áreas de vegetação nativa em suas propriedades, além de iniciativas de reflorestamento e conservação de recursos hídricos.

Tecnologia e inovação: A agricultura brasileira, especialmente a cafeicultura, tem se beneficiado do uso de tecnologias avançadas e práticas inovadoras para reduzir o impacto ambiental, desde sistemas de irrigação eficientes até o uso de bioinsumos e técnicas de manejo integrado de pragas.

Compromisso social: Além do aspecto ambiental, a produção de café no Brasil também demonstra um forte compromisso com as comunidades locais, garantindo direitos trabalhistas e promovendo boas práticas laborais.

Certificações e rastreabilidade: A crescente demanda por café sustentável tem impulsionado os produtores brasileiros a buscar certificações ambientais e de comércio justo, garantindo aos consumidores que o café foi produzido de forma responsável.

Avanço no IDH: A cafeicultura brasileira contribui significativamente para o desenvolvimento humano do país, gerando empregos, renda e oportunidades de negócios em áreas rurais, o que se reflete em melhorias nos indicadores socioeconômicos e no IDH das regiões produtoras.

O comprometimento da cadeia do café no Brasil com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Enfatiza-se a importância de apoiar e incentivar tais iniciativas positivas, promovendo parcerias entre produtores, governos e sociedade civil para construir um futuro mais sustentável para todos”, explica a matéria do Conselho Nacional do Café.

Em ao defesa do setor, o Conselho Nacional de Café do Brasil e outros membros do setor privado, através do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), garantem que promovem a sustentabilidade na cafeicultura, visando melhorar práticas agrícolas, preservar o meio ambiente e aumentar a eficiência produtiva, beneficiando as comunidades rurais.


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