Marcão Remis, a esposa vereadora Chiquita e o vereador eleito Markim Remis se rebela e põem fim da aliança entre a família Remis e o governo que ajudou a eleger.
Fotos: campanha política | montagem: M1OL
Da redação da Rede Hoje
Uma crise interna surgiu antes mesmo de o governo de Gustavo Brasileiro começar, fato nunca antes registrado na história política da cidade. As críticas públicas de Marcão Remis ao novo prefeito e a decisão da vereadora Chiquita de abrir mão do cargo no IPSEM marcaram o fim definitivo da aliança entre a família Remis e o governo que ajudaram a eleger.
Em consequência dessa reviravolta, Gustavo Brasileiro e Maurício Cunha, com o apoio do conselho político, optaram por substituir o nome de Markim Remis pelo de Níkolas Elias como candidato à presidência da Câmara Municipal, representando o grupo político de Brasileiro. A informação é do site Mais 1 Online (M1OL).
A mudança forçará o jovem vereador Marcos Remis Filho, o Markim, a seguir uma trajetória política independente logo em sua estreia na política local. Se essa decisão foi acertada ou não, o tempo mostrará nos próximos quatro anos. A Rede Hoje tentou contatar Níkolas Elias para obter sua posição sobre o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem.
Sem apoio dos principais grupos que dominarão a Câmara Municipal de Patrocínio a partir de 2025, Markim Remis Filho deve seguir à risca os conselhos de seu pai em sua trajetória política. A expectativa é de que ele não se alinhe com nenhum dos nomes postos na disputa pela Mesa Diretora para o biênio 2025/2026, o que, de certa forma, fortalece o grupo político do prefeito Deiró Marra.
Deiró Marra fortalecido
De acordo com informações extraoficiais, o atual prefeito Deiró Marra teria o apoio de nove vereadores para eleger seu candidato à presidência da Câmara. Caso essa articulação seja bem-sucedida, Marra se manterá fortalecido na política local, uma vez que seu conhecimento político e habilidade para articular são amplamente reconhecidos.
O momento vivido pela política local é inédito e constrangedor, já que, antes mesmo de tomar posse, o futuro prefeito enfrenta uma crise profunda, com seus principais opositores sendo, na verdade, aqueles que o ajudaram a chegar ao cargo.
O prefeito Gustavo Brasileiro tem as próximas duas semanas, se tanto, para resolver essa crise interna. Tanto que marcou para esta quinta-feira, 12 de dezembro, uma reunião de cúpula. Nessa reunião de emergência do conselho político e lideranças da base, devem discutir a crise desencadeada pelas críticas de Marcos Remis e a possível eleição da Mesa Diretora da Câmara pelo grupo de Deiró Marra.