Data celebrada em 27 de fevereiro destaca o papel dos livros didáticos na formação de milhões de estudantes

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Da Redação da Rede Hoje

Os livros didáticos são ferramentas essenciais para o ensino, oferecendo conteúdos organizados e atualizados que auxiliam no aprendizado de estudantes de todas as idades. No Brasil, essa importância é reconhecida no Dia Nacional do Livro Didático, celebrado em 27 de fevereiro. A data ressalta o papel desse material na estruturação do ensino e na democratização do acesso ao conhecimento.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) investiu R$ 2,1 bilhões em 2024, um aumento de 79% em relação ao ano anterior. Com esse montante, foram distribuídos 194,6 milhões de exemplares, beneficiando mais de 31 milhões de estudantes em todo o país.

Para Ludovico Omar Bernardi, diretor acadêmico do Grupo MoveEdu, o livro didático continua indispensável, mesmo diante dos avanços tecnológicos. "O material impresso ajuda na atenção e concentração das crianças, promovendo o hábito da leitura e contribuindo para um aprendizado mais estruturado", afirma.

A História do Livro Didático no Brasil

O livro didático ganhou espaço no Brasil no século XIX, graças à atuação de Abílio César Borges (1824–1891), educador e médico que defendeu o uso do material impresso para modernizar o ensino. Em um período marcado pela falta de estrutura pedagógica e pela predominância da memorizacão, Borges propôs reformas educacionais que incentivaram a adoção de livros didáticos, padronizando conteúdos e melhorando o aprendizado.

Além de sua contribuição como educador, ele também escreveu e organizou materiais didáticos, ajudando a consolidar o ensino primário no país. Sua influência foi decisiva para estruturar a educação brasileira e garantir que mais estudantes tivessem acesso ao conhecimento por meio de materiais adequados.

Atualmente, os livros didáticos seguem desempenhando um papel central na formação acadêmica, sendo utilizados como guias para professores e alunos em escolas públicas e particulares. Seu impacto vai além da transmissão de informação, contribuindo para o desenvolvimento da leitura, da escrita e do pensamento crítico desde os primeiros anos de vida escolar.