Imunização é intensificada em estados com registros recentes da doença, incluindo Minas Gerais

Imagem de Van3ssa Desiré Dazzy | Pixabay


Da Redação da
Rede Hoje

O Ministério da Saúde enviou 1,6 milhão de doses extras da vacina contra a febre amarela para reforçar a imunização em estados com registros recentes da doença. Minas Gerais recebeu 250 mil doses adicionais, além das 650 mil já distribuídas este ano. No total, o governo federal já disponibilizou 4,6 milhões de vacinas em 2024.

A intensificação da vacinação faz parte da estratégia nacional de controle da febre amarela. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribuiu mais de 20 milhões de doses para todo o Brasil, sendo mais de 4 milhões destinadas a São Paulo. Neste mês, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica recomendando a ampliação da cobertura vacinal.

Desde novembro de 2023, São Paulo recebe integralmente os pedidos de vacinas feitas ao governo federal. Com o aumento dos casos, o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) alinhou com a Secretaria de Saúde estadual o planejamento de aplicação das vacinas, respeitando o calendário oficial. O Maranhão recebeu 4,8 mil doses extras, além das distribuições para Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O país registrou, no período de monitoramento 2024/2025, casos de transmissão do vírus em primatas não humanos em São Paulo (33), Minas Gerais (4), Roraima (1) e Tocantins (2). Em humanos, houve confirmações em São Paulo (13), Minas Gerais (1) e Tocantins (1), com oito óbitos em São Paulo. Nenhuma das vítimas era vacinada.

A febre amarela segue um ciclo silvestre no Brasil, sendo transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O último caso de febre amarela urbana foi registrado em 1942. Os primatas não humanos são os principais hospedeiros do vírus, e os humanos são infectados acidentalmente.

A vacina contra a febre amarela é a principal forma de prevenção e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Viajantes para áreas de risco devem se imunizar pelo menos 10 dias antes do deslocamento. Em 2023, a cobertura vacinal atingiu 70%, um avanço em relação a 2022, quando o índice foi de 60,7%.


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