O clássico de 1966 "Django", estrelado por Franco Nero e o épico moderno "Django Livre", interpretado por Jamie Foxx e dirigido por Quentin Tarantino, ambos os filmes valem a pena assistir.

Franco Nero, Jamie Foxx e Quentin Tarantino, no lançamento de "Django Livre" em 2012 

Da redação da Rede Hoje

A Rede Hoje traz neste fim de semana de férias, uma dica imperdível para os amantes do cinema, disponível no streaming da Netflix ou no YouTube: o clássico de 1966 "Django", estrelado por Franco Nero, e o épico moderno "Django Livre", interpretado por  Jamie Foxx, dirigido por Quentin Tarantino. Ambos os filmes valem a pena assistir, mas se você tiver que escolher apenas um, sugerimos a obra de Tarantino.

O Clássico de 1966: "Django" de Franco Nero


Lançado em 1966, "Django" é um clássico da espaguete faroeste dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero. O filme se destacou por sua atmosfera sombria e violência gráfica, além da icônica imagem de Django arrastando um caixão por uma cidade fronteiriça. Franco Nero deu vida a Django, um misterioso pistoleiro em busca de vingança pela morte de sua esposa. A trama simples e direta, repleta de ação intensa, fez de "Django" um marco no gênero, influenciando muitos cineastas e gerando diversas sequências e imitações ao longo dos anos.

O renascimento em 2012: "Django Livre" de Quentin Tarantino


Quentin Tarantino homenageou o clássico de Corbucci com "Django Livre", lançado em 2012, trazendo uma abordagem moderna e expansiva à história. Jamie Foxx interpreta Django, um escravo livre que se torna um caçador de recompensas sob a tutela do Dr. King Schultz, interpretado por Christoph Waltz. A narrativa de "Django Livre" é mais complexa, explorando temas de escravidão, vingança e justiça no contexto do sul dos Estados Unidos, pouco antes da Guerra Civil. Tarantino utiliza seu estilo específico de diálogos refinados, referências culturais e violência estilizadas para criar uma obra épica e envolvente.

Comparação entre os dois filmes
A principal diferença entre "Django" de 1966 e "Django Livre" de 2012 reside no contexto e na profundidade das narrativas. Enquanto o original é um faroeste mais tradicional, focado na vingança pessoal de Django, "Django Livre" expande esse tema para incluir comentários sociais e históricos sobre a escravidão na América. Tarantino também incorpora elementos de humor negro e uma gama mais ampla de personagens, resultando em um filme que é ao mesmo tempo uma homenagem ao gênero e uma reinterpretação moderna.

Visual e Narrativo
"Django Livre" é um filme visualmente deslumbrante, com atuações impecáveis ​​de Samuel L. Jackson e Leonardo DiCaprio. Christoph Waltz brilha na primeira hora como King Schultz, estabelecendo o contexto do faroeste pré-Guerra Civil. Jamie Foxx, como Django, evolui de escravo submisso a herói vingador. O filme é polêmico nos EUA, mas defende-se das críticas com um roteiro que equilibra espetáculo e terror, mantendo um caráter fictício. Tarantino mostra seu grande talento para a utilização dos espaços, para o uso expressivo da luz e para as imagens de efeito.

Sinopse "Django" (1966)


"Django" (1966), dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero, é um icônico faroeste spaghetti que segue a história de Django, um misterioso pistoleiro que arrasta um caixão enquanto busca vingança pela morte de sua esposa. Ao chegar em uma cidade fronteiriça devastada por uma guerra entre um grupo de racistas sulistas e bandidos mexicanos, Django se vê envolvido em um conflito brutal. Com sua atmosfera sombria e violência gráfica, o filme se tornou um marco no gênero, influenciando muitos cineastas e estabelecendo Franco Nero como uma estrela do Faroeste.

Sinopse de "Django Livre" (2012)



Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz, em busca dos irmãos assassinos Brittle, compra Django com a promessa de liberdade-lo assim que capturarem os irmãos, vivos ou mortos. Depois de completar a missão, Schultz liberta Django, mas os dois decidem continuar trabalhando juntos, caçando os criminosos mais perigosos do sul dos Estados Unidos. Com um talento notável como caçador, Django tem um objetivo principal: encontrar e resgatar sua esposa, Broomhilda (Kerry Washington), de quem foi separada há muitos anos.

A busca de Django e Schultz leva Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), proprietário da notória plantação "Candyland", onde escravos são treinados para lutar. Usando identidades falsas, eles se infiltram na plantação, mas logo chamam a atenção de Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo de confiança de Candie. À medida que seus movimentos são monitorados, Django e Schultz veem-se cercados por uma organização de perigo. Para resgatar Broomhilda e garantir sua própria sobrevivência, ambos enfrentarão escolhas difíceis entre independência e solidariedade, sacrifícios e sobrevivência.

Em resumo , “Django” de Franco Nero é um exemplo icônico do espaguete faroeste, marcado por sua simplicidade e brutalidade, enquanto “Django Livre” de Tarantino é uma obra grandiosa e multifacetada que combina homenagem e inovação, ampliando os temas e a complexidade da história original. Ambos os filmes são essenciais para os fãs do gênero, cada um oferecendo uma perspectiva única e completa sobre o personagem lendário Django.


Todas as notícias