Milton Magalhaes com Rondes Machado



TESTE PARA O CORAÇÃO
Acompanhar os últimos jogos do Clube Atlético Patrocinense, tem sido o teste para o coração. Que o diga o Presidente do timão Grená, Tatá e o Moscote Águia Louca, que tiveram um piripaque preocupante na hora do jogo CAP x Tombense. Primeiro tempo horroroso, time saiu perdendo de 1 a 0. Achei que o comentarista da Difusora Walterson Silva ia entrar em campo, e soltar catiripapos e safanão para acordar os caras. Desliguei o rádio. Não tenho nervos de aço, não tenho desfibrilador e Já vi esse filme. Quando fui ver o resultado, 2 a 1 para a águia. O que será que o técnico Max Sandro, falou no pé da orelha dos os caras. O time voltou um fio de 220 volts desencapado . Quem CAPotou foi o Tombos. Nunca lhe pedi nada, CAP: Classifica sem matá nóis, por favor!

PATROCÍNIO ACIMA DE TUDO



Foi aprovado na Casa de Leis Rangeliana, importante projeto de autoria do vereador Odirlei Magalhães, institui as cores oficiais do Município, padronizando as pinturas dos imóveis municipais. Vai resultar em economia no município, não se pode mais usar cores partidárias, somente cores contidas em nossa bandeira. O projeto entrará em vigor a partir de 2025. A data futura é para não gerar prejuízo, tendo que descartar uniforme e repintar logradouros. Mas a mentalidade já pode ser outra. Aqui relembrando que lá pelos idos de 90, o ex-vereador José Reinaldo da Silva, teve de entrar com uma representação na justiça, pois usava-se e abusava-se das cores de partidos políticos em publicidades da prefeitura. Aplausos – e por favor - de pé!

INACREDITÁVEL



Né de ver que foi vetado na Prefeitura e na Câmara, um Projeto do Vereador Balila, que Instituiria o “Programa Domingo Municipal do Esporte, Lazer e Cultura no âmbito do Município de Patrocínio”. Tipo interditava-se a Avenida João Alves do Nascimento para você e eu fazermos nossa caminhada, pedalar, correr, dançar, andar de patins, de skates; passear com filhos, netos, andar com seu pet...Um espaço democrático e importante de saúde, cidadania e lazer. Foi adotado na Av. Rondon Pacheco em Uberlândia, (Olha eu correndo, por lá, ainda sem o grande público que por se aglutinava) São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Ribeirão Preto. A aprovação dessa lei, servia até para pressionar a revitalização da avenida do Catiguá. Podia entrar em vigor também em 2025, não?

MARIA CLARA MARRA TEM VIÉS ESQUERDISTA? FARÁ DOBRADINHA POLÍTICA COM QUEM?
NÍVEL HARD
Falar na filha, é lembrar do pai; lembrar o pai, é lembrar de um governo de alto desempenho. Pode não ser fácil para a oposição, encontrar um nome para enfrentá-lo com seu alto grau de aprovação popular. Mas também será jogo duro para Deiró achar entre seus correligionários, quem lhe substituirá a altura. Em seu estilo centralizador “ninguém aparece”. Transferir votos é complicado. Como se diz nos games. Eleição “Nível Hard”.

ERRADO ELE NÃO ESTÁ
O médico atendendo um paciente de 66 anos, pergunta a data, confirmando. Segue o diálogo:
- 66 anos, Sr Miguel?”
Sim, a idade mais perigosa que tem”
A é? Por que?
Porque Deus olha lá de cima acha que é 99 e quer levar a gente” Errado ele não está.

TRÊS TONS DE VOZES



O vereador Balila, disse que adota três tons de vozes na Câmara Municipal. Seria, tenor, barítono e baixo. Pra defender o prefeito Deiró ele é um Pavarotti naquela Câmara.

MUTIRÃO DA GRATIDÃO
Patrocínio e região recebeu uma notícia magnifica: A habilitação da Santa Casa de Patrocínio como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia. A grande notícia publicada no Diário Oficial da União, chegou a Patrocínio, mostrando um problema crônico em nossa política local: A desunião e a vaidade de nossos políticos. Todo mundo se arvorando ser o pai da “criança bonita”. Deputada Greyce Elias, Deputado Weliton Prado,( Via Vereador Thiago Malagoli) Prefeito Deiró Marra, Vereador Balila, Vereadora Adriana de Paula...E todos com provas. Ficou difícil para alguém divulgar a notícia. Gostei da fala do Vereador Balila, (olha o Balila aqui de novo). Quem conseguiu, segundo o vereador, foi o pedreiro, o servente, a dona de casa, o gari, o professor, o comerciante , o comerciário, o motorista... Uma conquista de quem paga imposto... Errado ele não está. Deu pra notar que não foi uma luta de alguém sozinho; a vitória também não, foi. Aqui nosso mutirão de gratidão..

TRÊS FESTAS EM UMA: FENAPATRÔ
Que bom, ai aí está efetivada ( ainda que de forma tímida) a FENAPATRÔ- Festa Nacional do Café de Patrocínio. Estamos a caminho. Podemos fazer coisa melhor. O que defendemos há tanto tempo vai além. União das festas. A Grosso modo, é este perfil dos eventos de maior projeção pulverizados durante o ano na cidade: Fenicoopa no mês de Setembro; Seminário do Café, também em Setembro e a ExpoPatrô, já unificada com a Feira Industrial e Comercial, em Abril/Junho. O que precisamos fazer? Isto mesmo: unificar estes referidos eventos, transformá- los em uma festa de projeção nacional, como a ExpoZebu, em Uberaba; a FENAMILHO, (Patos de Minas) e como a FESTA NACIONAL DO CAFÉ, (que, embora, Patrocínio seja a maior praça produtora de café, infelizmente, quem conquistou há muito o direito a comemoração a nível nacional, foi a cidade do interior paulista, Espírito Santo do Pinhal) . Por isto precisamos pensar grande. Unindo todas as vértices do agronegócio do município e lançando, assim, com esta grande somatória de força a nossa FENAPATRÔ. Somente com a união de todas as vértices econômica local, teremos um evento de expressão nacional... Tem interesses distintos? Tem. Tem vaidades a ser administradas? Muita. Tem toda sorte de empecilho? Vixe!. Mas, cremos nesta ideia, e cremos que há quem acredita nela a ponto de torná-la uma grande realidade. FENAPATRÔ, sim. Mas, Podemos mais. Muito mais.

SUPERAGRO
Se por ventura tem alguém olhando de lado e rindo com o cantinho da boca, encerro dizendo que o grande exemplo bem sucedido de unificação de grandes eventos vem da nossa Capital Mineira: A SUPERAGRO. Evento inovador, lançado pelo patrocinense Silas Brasileiro, quando este era Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A iniciativa unificou o calendário de eventos da capital, envolvendo, modernizando e levando com sucesso para a Expominas todas as cadeias do agronegócio de Beagá. Além da tradicional Exposição Agropecuária, Feira Agroindustrial, Núcleo de Conhecimento, com cursos, palestras e workshops e a Expo Cachaça, referencial mundial no ramo. A SUPERAGRO, hoje é isto. Divulga o potencial de Minas Gerais na atração de novos investimentos empresariais. Além disso, tem como finalidade promover a prospecção e realização de novos negócios pelos agentes do setor (produtores rurais, criadores, empresas e indústrias fornecedoras) para diferentes segmentos da agropecuária. Resumido a ópera: Em Patrocínio, precisamos trabalhar nesta linha, para sair da rabeira, incorporemos os três grandes eventos (festa) em um portentoso evento Nacional: FESTA NACIONAL DE PATROCINIO. Que a Câmara Municipal aprove o projeto.
Pense grande. Melhore. Dê uma polida, articule e divulgue esta ideia. (Menção Honrosa ao saudoso empresário Vicente Marra, que sempre nos apoiou nesta ideia)

ISTO POSTO E BEM DITO
Defendo que, por motivos óbvios, (insegurança sanitária; Pandemia ainda não foi controlada), a FENAPATRÔ deveria ser adiada. Trata-se de mega evento, público regional. Muita gente por metro quadrado. Lá para o mês de Junho, estaríamos em melhor situação. “A vida em primeiro lugar”. (A frase é dos políticos). Não foi o caso...

BOM SENSO
Deu na Rádio Difusora: “Devido ao aumento do contágio da Covid-19, nesse ano de 2022 como em 2021, a renovação carismática de Patrocínio não realizará o tradicional Rebanhão evento intitulado carnaval dos cristãos. O coordenador do Rebanhão, Francisco Ednaldo, esclareceu que por orientação do bispo Cláudio Nori Sturm, mais uma vez não poderá ser realizado o Rebanhão” Bom senso. Aplausos- e por favor- de pé!

COMO ASSIM?
Aconteceu comigo no Supermercado Bernardão do Bairro Morada Nova. Sempre tive dificuldade para abrir aquelas sacolinhas para colocar as compras depois de passar pelo caixa. Ali todo embaraçado, para descontrair comento, que preciso pegar umas aulas com o Sr Jacinto, para adquirir alguma habilidade na arte de abrir sacolinha na boca do caixa. Para minha surpresa. Ela me pergunta: “Quem é Sr Jacinto?”. Explico que é o Senhor Jacinto do Bernardão do Centro. O fundador da empresa. “ Conheço mesmo, não” Nada mais a comentar. Vergonha alheia. A moça não tem culpa. Ela defende o dela e pelo visto com muita eficiência e dedicação. Mas considerei uma falha do setor de recursos humanos da organização. Sr. Jacinto e Dona Ivêta, os patriarcas da empresa, são símbolos universais de amor trabalho ao honesto, determinação e simpatia. Vidas que inspiram. Por tras de toda marca de sucesso tem uma história de sacrifício. Tenho o maior orgulho de ser amigo do Sr Jacinto; Patrocínio o reverencia; quem trabalha na organização deve brilhar os olhos ao falar dele, no mínimo conhecê-lo de nome. Aquela habilidade para abrir a sacolinha, sorrindo para o cliente, então...

TURNAROUND
Uma nova expressão da renovação corporativa. Significa recuperação do valor e da performance empresarial. Turnaround significa mudar substancialmente o desempenho de uma empresa ou, simplesmente, "virar o jogo", não raro tirando-a de uma rota de declínio para colocá-la, novamente, em crescimento. Trata-se de uma mudança de rumo, ou seja, um redirecionamento para a obtenção de resultados superiores aos da média do mercado ou diferentes dos alcançados anteriormente, de maneira sustentável. É o famoso “levanta sacode a poeira e dê a volta por cima”. Tempos de se reinventar, mas o principio é o mesmo.

A ÚLTIMA PALAVRA



Como se sabe a Câmara Municipal não possui grandes oradores, mas dois nomes se destacam nesse quesito: THIAGO MALAGOLI E PROFº ALEXANDRE. O primeiro segue uma linha independente; o segundo, oposição consciente. Tem hora que a fala de Thiago não agrada a situação; tem hora que a fala do Profº. Alexandre não agrada a oposição. Ambos alcançaram uma maturidade política que enxerga o todo. Tem visão escopal. Inteligência emocional. Entra para o grupo daqueles que tem uma palavra boa na roda. Um chamado á realidade. Jogam a rede mais longe na fala.Tem lastro. Bússola moral. Guarde as devidas proporções. Lembro-me do ex-Senador Pedro Simon, sua fala serenava o Plenário; fazia gente abaixar a cabeça; sua palavra era refletida, carregada de verdade, forte. Liderança positiva. Thiago e Profº Alexandre, recebam como elogio. Voces estão no caminho bom da vida pública.

PRIMEIRA PREFEITA DE PATROCÍNIO
Patrocínio alcança 180 anos emancipação político e administrativa ainda nenhuma mulher se elegeu a Prefeita de Patrocínio.( Ninguém chegou a vice) Qual? Quem? será a primeira. Me ajude lá: Cleudia Bernardes, da People? A Vereadora Eliane Nunes? A Leid Carvalho, da Rádio Módulo FM? A Advogada, Fabiane Freitas Garcia? A Isabela Rezende Cunha, da Gráfica A3? A Maria José Guimarães Mazzo, da Trajetus Viagens e Turismo? A Vereadora Chiquita?A Neusa Ferreira, do Ipsem? A Hilda Rizzati, da Bem Menos? (em nossa coluna na Gazeta, faltou alguns nomes que aqui estão) PRIMEIRA PREFEITA DE PATROCÍNIO: Qual? Quem?

COM A PALAVRA PEDRO SIMON



Onde vi o ódio, lutei para levar o amor; onde vi a ofensa, lutei para levar o perdão; onde vi a discórdia, lutei para levar a união; onde vi dúvida, lutei para levar a fé; onde vi o erro, lutei para levar a verdade; onde vi desespero, lutei para levar a esperança; onde vi tristeza, lutei para levar alegria; onde vi trevas, lutei para levar a luz; onde vi repressão, lutei para levar a liberdade; onde vi tirania, lutei para levar a democracia; onde vi corrupção, lutei para levar a ética; onde vi impunidade, lutei para levar a justiça.” (último discurso ao deixar o Senado em 2014) .

SOB NOVA DIREÇÃO



Essa coluna foi publicada no Jornal Gazeta de Patrocínio, edição 4.128 de 26 de Fevereiro 2022, que a partir dessa data está sob a direção da empresária Isabela Rezende. A quem desejamos sucesso!
Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Convergência. Diante da terra natal, é quando a felicidade se une ao banzo. Dia 25 de fevereiro esta coluna, também denominada crônica ou minifúndio (de ideias), completou 44 anos, praticamente ininterruptos. Na realidade, um serviço puramente amador, em prol de Patrocínio. De outro lado, a saudade de um tempo que não volta mais. E para curtí-la, recordações registradas por Rondes Machado e Toniquinha Lemos Borges, célebres patrocinenses, que partiram para a eternidade no mesmo dia (05/2/2022). E, naturalmente, complementos deste autor.

CHÁCARAS EM LUGAR HOJE INIMAGINÁVEL – A chácara da Dona Mulata e de seu marido Sr. Balduíno Afonso, situava-se na Rua São João (hoje, Av. José Maria Alkmim, 250, bem próximo ao Colégio Professor Olímpio dos Santos). Nos anos 40 e 50, toda a região, onde se localizam o Patrocínio Tênis Clube–PTC, Colégio, Prefeitura, Câmara Municipal, subestação da CEMIG, bairro Cidade Jardim, era a chácara de Dona Mulata. Existiam um pequeno bairro chamado de Vila Constantino e a isolada diminuta Santa Casa de Misericórdia, como vizinhos. O resto eram pastos do Ombrolino (filho de Dona Mulata), gabirobas, dois córregos, muitas árvores (sobretudo na região onde está o Centro Administrativo), lambaris, passarinhos de toda espécie e brejos. Nos anos 50, a família de Dona Mulata doou terrenos para a construção da Praça de Esportes (PTC), Colégio, escola e outras benfeitorias. Ato de civismo e amor a Patrocínio. Inigualável (até hoje). Exemplar.

MAIS BELAS CHÁCARAS DOS ANOS 40 – A propriedade do Sr. Osório Melchiades de Lima é justamente onde é hoje o Patronato João Cândido de Aguiar. A chácara do Sr. Osório Afonso, nos anos 70, foi substituída pelo Bairro Morada Nova. Não tão distante dessa, a chácara do Sr. Bernardino Machado, que nos anos 60 tornou-se a chácara do Estado. Hoje, é o complexo da Unicerp. O Sr. Rodolfo Lemos mantinha a sua chacrinha do outro lado da pequena e rural Patrocínio. Lá, hoje, é a região da Rua Expedito Dias. Para completar o círculo das chácaras centrais, havia a do Baio e Anginha (ex-bibliotecária da Prefeitura) nas proximidades da Cadeia Pública dos anos 30/40/50 (Praça Tiradentes – região do Ginásio Dom Lustosa). E a chácara Esmiril de Maria Etelvina Dias (a Dona Cota). E de suas filhas Alice, Augusta e Gercina Dias. Em frente, situava a chácara dos pais do bispo Dom Almir Marques (e do fotógrafo Lucas Marques). Essas duas famílias descendentes do Padre Modesto (tempo do Império), o famoso sacerdote de algumas esposas e filhos, que residiu nesse local (no cruzamento da Av. Dom Almir Marques com a Av. João Alves do Nascimento).

PORTANTO, MARAVILHOSAMENTE ... – Patrocínio era uma cidade bucólica, que não precisava trancar a porta da casa, onde todos se conheciam. A cidade era do Ginásio Dom Lustosa, Igreja Nossa Senhora do Patrocínio, praças da Matriz, Honorato Borges e Santa Luzia, até a Estação Ferroviária. Três pequenos bairros: Vila Constantino, Sertãozinho (hoje, Marciano Brandão) e São Vicente. E pouca coisa a mais. Sem asfalto nas ruas e muito menos nas rodovias. Luz era a do luar. Assim, era Patrocínio nos anos 40 e parte de 50. Era tão gostosa... tão pequena que a gente das cidades vizinhas, brincando, a chamavam de “belo arraial comprido”.

OS INESQUECÍVEIS MÉDICOS – Dr. Gustavo Machado, primeiro pediatra, fundador do Posto de Puericultura (Rua Presidente Vargas com Rua Tobias Machado), clínico Dr Michel Wadhy, Dr. Joaquim Brito (oftalmologista), João Afonso e Acrízio Cardoso. E mais, os médicos que reabriram a Santa Casa, juntamente com as Irmãs Maximiliana, Áurea e Mercêdes. São eles: Dr. José Garcia Brandão, Dr. Joaquim Henriques Cardoso, Dr. José Figueiredo e Dr. Amir Amaral (esse formou-se na Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, em 1º lugar geral).

OS NOTÁVEIS ADVOGADOS – Saul Andrade, Dr. Faria (neto do juiz Faria Pereira), Lúcio Azevedo, Clodoveu Afonso de Almeida, Expedito Faria Tavares, José Faria Tavares, Walter Machado (que se tornou desembargador), Hélio Furtado de Oliveira, João Amaral, Edgard Duca e Vicente de Paula Arantes. Esse, para a felicidade da história de Patrocínio, sobrevive.

REVELAÇÕES DE RONDES – A histórica Casa Manoel Nunes, até os meados da década de 40, era na Av. Rui Barbosa, esquina com Rua Pinto Dias. XXXX Antes do guaraná Banho de Lua (anos 50), Patrocínio fabricou e bebeu o guaraná Supimpa nos anos 40. XXXX Em 1959/1960, os partidos rivais “ao extremo”, UDN e PSD, se uniram visando atrair a CEMIG com a sua energia. Para tanto, por meio de suas principais lideranças, adquiriram ações da CEMIG, com seus recursos próprios. Também lição de civismo exemplar. XXXX Flamengo (do Véio do Didino), às vezes, viajava para outras cidades, de terno e gravata. Como para Sacramento em 1953. Dessa delegação, hoje todos residem no “andar de cima”. O antecessor do CAP, E.C. Dom Lustosa, tinha camisa igual à do Vasco da Gama, porém em tom azul. XXXX O alfaiate Custodinho ou Mathias (e que alfaiate!) foi o idealizador da Corrida da Fogueira. XXXX O primeiro senador patrocinense, José de Faria Tavares, foi bom ponta-direita do Ipiranga, nos anos 40. XXXX Numa carta ao seu amigo Paulinho Constantino (ex-prefeito de Presidente Prudente-SP), Rondes recorda as aulas na Escola de Comércio e Contabilidade Padre Mathias, em 1951, citando os professores Elias Facury (da Casa Facury), a linda professora Marina (filha de um taxista ?), Dácio Nascimento e Elza Queiroz (tia do ex-prefeito Betinho).

INCRÍVEIS MANCHETES DOS ANOS 40 – Além do término da Segunda Guerra Mundial, muito comemorado na cidade, que teve cinco patrocinenses no campo de batalha, há eternos destaques. É fundada a Corporação Musical Maestro José Carlos da Piedade (banda), sob a batuta de Alírio de Melo. XXXX Em 18/6/1940, pousa o primeiro avião em Patrocínio (aviador Elias Cunha). XXXX Em 1941/1942, o Santo Padre Eustáquio reside no Ginásio Dom Lustosa. XXXX Há quatro linhas de ônibus: Patos de Minas, Paracatu, Carmo do Paranaíba e Uberaba. E o diário trem de passageiros para Belo Horizonte e Monte Carmelo. XXXX Surge o primeiro ponto de táxi, chamado de “Ponto de carro de praça”, na Praça Santa Luzia. XXXX São inaugurados Bar Rio Branco e Cine Rosário no Edifício Rosário. XXXX Em 1945, o jovem médico Amir Amaral assume a Prefeitura, pela primeira vez. XXXX Em um ano só (1947), Patrocínio tem três prefeitos: José Queiroz (PSD), Perícles Paiva (UDN) e João Alves do Nascimento (PSD). XXXX Em 1949, é inaugurada a Rádio Difusora, localizada na Praça Santa Luzia, ao lado do Bar Rex (esquina de Rua Presidente Vargas com Rua Cel. João Cândido de Aguiar).

(Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
Histórico. E fez história. O puro rangeliano, nascido no Alto da Estação (ferroviária), e carioca por adoção, Rondes Machado assim o foi. Viveu em Patrocínio até os seus 21 anos de idade. Viveu mais sessenta anos no Rio de Janeiro. Nasceu em 19/2/1934 e faleceu em 05/02/2022, vítima dessa maligna pandemia. Deixou a esposa Carminha Cherulli, três filhos e um neto (cópia do avô) e amigos. Amigos que ele tratava simplesmente com o coração. Dentre mais de uma dezena de longas cartas manuscritas enviadas mensalmente a este autor, há como conhecer um pouco o que ele foi, o que pensava e como era a sua terra natal (Patrocínio). Exemplos dessas missivas, e de três dezenas de fotos, verdadeiro acervo visual dos anos 40 e 50, são apresentados.

ALKMIM E DR. AMIR – Nos anos 50 e 60, eram comuns, e bastante utilizadas, as cartas de apresentação. Em 1955, Rondes por meio do trem de passageiros da RMV, dirigiu-se para Belo Horizonte em busca da continuação dos estudos escolares e de trabalho. Uma das três cartas de apresentação que levou foi do poderoso prefeito Amir Amaral (PSD).

CARTA HISTÓRICA – O prefeito de Patrocínio, Amir Amaral, escreveu em 25/3/1955: “Caro Alkmim, ... tenho o prazer de apresentá-lo Rhondes Machado, contabilista, que necessita de sua valiosa ajuda para ser colocado ahi. Trata-se de um rapaz amigo e correto, merecedor de toda ajuda...” Dr. Amir Amaral assim descreveu Rondes, com precisão, para o deputado majoritário no Município. E Rondes guardou cópia da carta. Ele, como o seu maior amigo Véio do Didino, não confessavam claramente as suas preferências políticas (UDN ou PSD). Rondes dizia que Dr. Amir foi elegante no encontro, nem pediu votos nem adotou a política do “toma lá, dá cá” dos políticos atuais.

ESTUDANTE EM PATROCÍNIO – Rondes foi aluno do Grupo Escolar Honorato Borges, Ginásio Dom Lustosa e da Escola Técnica de Comércio Padre Mathias (uma parceria dos padres holandeses e das freiras belgas, que funcionou na, então Escola Nossa Senhora do Patrocínio).

RICO ARQUIVO DE PATROCÍNIO – Cuidadoso com a história patrocinense, Rondes manteve, em sua casa, no Rio de Janeiro, verdadeiras joias da (nossa) cidade de outrora. Em 1960, no segundo ano de seu mandato, o único prefeito da UDN eleito, Enéas Ferreira Aguiar, viabilizou a nova energia elétrica, por meio da Cemig. Um boletim apócrifo circulou na cidade defendendo Enéas e debochando dos pessedistas. No final do boletim, estava escrito que (Enéas) “Podia Ser Deles... mas é Um Dos Nossos ...” Sobre o histórico momento, Rondes também guardou o Convite, que circulou na cidade, para a inauguração da nova energia, com a presença do governador Magalhães Pinto (UDN), que recebeu o “Título de Cidadão de Patrocínio”, na Câmara Municipal, localizada no Casarão da Praça da Matriz.

HISTÓRIAS EXCLUSIVAS CONTADAS PELO RONDES – O médico Vicente Soares, prefeito de Patrocínio, nos anos 30, foi cassado e teve que mudar-se para Belo Horizonte. Força da oposição. XXXX Clube Atlético Patrocínio–CAP, embora oficializado em 19/3/1954, nasceu no Ginásio Dom Lustosa, em 1948. XXXX A camisa do CAP era alvinegra, igual a do Botafogo-RJ. Pois, a liderança criadora do Atlético Patrocinense era botafoguense: Rondes, Paulinho Constantino e a família Silva. XXXX O meio de campo Paulo Tavares (irmão de José e Expedito Tavares) foi o maior jogador de futebol de Patrocínio, que Rondes viu jogar. XXXX E olha que Rondes foi amigo e companheiro no Flamengo patrocinense de Múcio (titular absoluto da Seleção Mineira) e de Pedrinho (campeão mineiro pelo Galo).

ETERNO CAMISA 10 – Quem viu Rondes atuar pelo E. C. Dom Lustosa, S. C. Ipiranga ou A. A. Flamengo (do Véio do Didino) não tem dúvida. Rondes foi o Tostão, ou Dirceu Lopes ou Rivaldo de Patrocínio (colocando a comparação nos dias atuais, foi um “Nacho Fernandes – Galo” ou “Ewerton Ribeiro – Flamengo” em seus melhores dias). De encher os olhos!

ENFIM – Rondes foi tudo isso... e mais que o (grande) cronista Milton Magalhães disse (e escreveu), após sua partida para se juntar aos galácticos patrocinenses no Estádio da eternidade. Lá, é e será titular absoluto.

IMAGENS QUE SÓ O RONDES TEM (...TINHA!)



Ipiranga em 1940

Destaques: Picun em Pé no meio, Pedro Alves do Nascimento (diretor) de óculos e o goleiro Zé Luiz Silva, agachado, um dos criadores do CAP.



Ipiranga em 1954.

Destaques: Blair (goleiro) e Rondes no meio exato. Havia cinco profissionais (de fora), inclusive o técnico.




Sport Club Patrocínio, campeão, uma versão do CAP.

Destaques: Peroba, Carmo e Kleber Guarda no meio. E, Ratinho (pai da atriz Patrícia Naves), primeiro dos quatro últimos com a camisa alvinegra e estrela solitária.

Convite da Solenidade do CAP campeão municipal, provisoriamente com o nome de Sport Club Patrocínio, na Rádio Difusora (Praça Honorato Borges).


(Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

 




LINDA MULHER... – Uma foto a lá Hollywood.

Toniquinha Lemos Borges (anos 40)




Histórica
. Patrocínio perdeu uma pessoa assim. Dia 05 de fevereiro (sábado), à tarde, Toniquinha Lemos Borges Rodrigues, aos 97 anos, em sua longeva residência, à Rua Presidente Vargas, partiu para a vida eterna. Deixou, filhas (Brigida, Lucélia, Rosângela e Maria Hipólita), netos e sinceras amizades. Deixou carinho, amor a Patrocínio, ensinamentos e informações para a história patrocinense. Em homenagem à professora Toniquinha Borges, reviver um pouco os anos 30, 40 e 50, na sua literária visão, é apresentar a bucólica cidade da maneira que apenas ela soube fazê-la.

TRADICIONAL FAMÍLIA – Dona Toniquinha (Antônia Lemos Borges), viúva de empresário (que ditou a moda masculina em Patrocínio) Pedro Rodrigues Pereira. Última neta viva do maior líder político do Município do começo no século XX até o final dos anos 20, Honorato Borges. Ou coronel Honorato Martins Borges. Toniquinha também era prima em primeiro grau do ex-prefeito Enéas Aguiar (UDN) e de Júlio Aguiar. Sobrinha do coronel João Cândido de Aguiar. Nomes que os patrocinenses escutam e falam a todo instante. Suas irmãs se destacavam na Escola Honorato Borges (Prof. Clérida foi diretora e professora Célia, inesquecível mestra), nos anos dourados.

OS PRIMEIROS MOTORISTAS – Zaca Botelho, também primeira miss Patrocínio, foi a primeira “chofer” (motorista) da cidade (anos 30). Já os primeiros “choferes de praça” (taxistas) foram Milton Marques (ex-chofer de Honorato Borges), João de Deus (“dirigindo quase parando”), Júlio Pinto, Armando Santos, Emídio Santos (o “Patinho), João Comprido, Luiz Capuano (marido da prof. Lirinha), Fiínho Amaral e Eduardo..., segundo esse depoimento escrito da professora Toniquinha, em “Recordar é Viver”.

RIGOR NA ESCOLA – O Colégio N. S. do Patrocínio, em 1938, obrigava às meninas-moças a usarem uniformes limpos, passados e impecáveis. O Ginásio Dom Lustosa também. E, segundo Toniquinha, ex-aluna, não podia entrar na escola com cabelos “topete”, ou seja, para cima. Nem unhas grandes, nem com esmalte. Para se ter ideia do “conservadorismo” do Colégio, naquele ano (1938), a turma do 3º ano (Normal) fez excursão a Belo Horizonte, pelo trem de passageiros. Ao retornar, cinco estudantes voltaram com “permanente” nos cabelos, bem moderninho para a época. Consequência: foram expulsas da escola por uma semana.

LOJAS INESQUECÍVEIS – Casa Facury (Av. Rui Barbosa), Casa Mansur (Praça Santa Luzia), Casa da Ginuca (Rua Governador Valadares), Sêda Bela (de Mário Guimarães), Casa Stela (de Joaquim Dias), Casa São Paulo (do libanês Chucre), Casa Libaneza (do Jamal, praça Santa Luzia), Loja Moisés (de Maria Moisés), Casa Daura (de José Daura), Dragão das Louças (de Zico Mansur), Casa dos Calçados (Av. Rui Barbosa, do Abrahão), Casa do Tuniquinho (Av. Rui Barbosa), Casas Manuel Nunes (Rua Gov. Valadares), A Patrocinense (de Lázaro Caixeta), Bandeira Vermelha, Casa Armênia (de Demostenes Amaral, Praça Santa Luzia) e mais outras lojas indeléveis na memória de Patrocínio. Hoje, são somente retratos na parede. Bem amarelados. Ou, existem apenas na saudade. De uma Patrocínio rural e fraternal, onde todos conheciam todos. Como se observa nessa listagem, grande parte do comércio patrocinense pertencia a gente do Líbano ou de seus descendentes.

PRIMEIRAS PAPELARIAS – A pertencente ao Sr. Alfredo Borges, na Praça Honorato Borges com Rua Governador Valadares (posteriormente, foi a Sapataria do Bebem), foi a papelaria pioneira. Conforme Toniquinha Borges, a segunda papelaria localizou-se atrás do Grupo Escolar Honorato Borges. Pertenceu a Raul Chaves.

MAIS REVELAÇÕES – Padres Holandeses tinham “sinuca” no Dom Lustosa para se divertirem (inclusive na época do padre Eustáquio, residindo no ginásio). XXXX Alunos da Escola Honorato Borges (primário) para se formarem, aos dez anos de idade, tinham provas orais, com examinadores de outras cidades, além das provas escritas. XXXX Para viajar pelo trem de 1ª classe, usava-se chapéu, boina e guarda-pó (capa fina). XXXX O primeiro hotel de Patrocínio foi o Hotel Avenida, na Praça Santa Luzia (pista da Rua Cel. João Cândido), nos anos 30. O Hotel Santa Luzia foi o 2º, nos 40. XXXX Havia dentistas “práticos” como o Sr. Modesto Silveira e Lázaro Caixeta, chamados de “artistas das próteses”. XXXX Vinho “Generoso”, foi fabricado por José Olímpio Arantes, com uvas colhidas em seu quintal (região da antiga cadeia, próximo ao Dom Lustosa). XXXX E... tantas outras coisas testemunhadas pela memorável Dona Toniquinha.

(Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
( Pelé, Garricha, Didi e por que não:  RONDES MACHADO) (Por Milton Magalhães)




 (Rondes Machado, área vip,  Maracanã, Copa do Mundo 2014, presente da filha Suzana)

Subcategorias

Todas as notícias