Fotos: Luiz Antônio Costa | Rede Hoje
Tempo. Esse seco de agora (baixa umidade), com temperaturas elevadas, demonstram, mais uma vez, a ausência da natureza na região. E principalmente Patrocínio. A carência de árvores no Município não envolve apenas ruas e praças. A falta se estende por quilômetros e mais quilômetros no território rangeliano. O documento oficial “Diagnóstico da Bacia do Rio Paranaíba” ajuda a mostrar o tétrico cenário, em termos de meio ambiente. O documento pertence à ANA (Agência Nacional de Águas), elaborado pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos-Cobrape. Para se ter uma ideia, em 2010, Patrocínio desmatou 24km² de cerrado e Patos de Minas, com área de cerrado muito maior, desmatou só 1/3 do desmatamento patrocinense. Ou seja, 8,8km². E os demais grandes municípios da região cortaram mais árvores do que a dupla Patos-Patrocínio.
O BIOMA CERRADO – A bacia hidrográfica do Rio Paranaíba abrange Minas, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. Araguari, Perdizes, Uberaba, Uberlândia, Coromandel e Araxá desmataram mais do que Patrocínio. Já as demais cidades menores da região desmataram bem menos. Exemplos: Monte Carmelo (10km²), Romaria (1km²), Cruzeiro da Fortaleza (2,6km²) e Guimarânia (0,5km²). Portanto, Patrocínio e Patos de Minas estão em situação melhor, nesse aspecto (desmatamento do cerrado) do que as outras grandes cidades regionais. Mas... desmataram também.
PRIORIDADE – Esse estudo da ANA indica algumas Áreas Prioritárias à Conservação. Uma delas inicia-se no município de Patrocínio, às margens do Rio Dourados, passa por Coromandel na região do Rio Paranaíba e abrange pequena parte em Goiás. Essa área é caracterizada como “prioridade extremamente alta”. Portanto, desmatamento por lá está impedido.
PATROCÍNIO TEM DUAS BACIAS – Entre as bacias afluentes do Rio Paranaíba (que enviam suas águas para o Paranaíba), Patrocínio é banhada (constituída) por duas. A bacia do Rio Dourados, mais ao norte da cidade, que compreende Patrocínio e Coromandel. E a bacia do Rio Araguari, ao sul. Essa com área 10 vezes maior. O Rio Araguari nasce na Serra da Canastra (próximo onde nasce o Rio São Francisco), e, percorre 475km até cair no Paranaíba, na divisa de Minas e Goiás. No caminho pequenos rios e riachos desembocam no Rio Araguari. Tais como o Rio Uberabinha e o patrocinense Rio Quebra-Anzol.
CERRADO À BEIRA DO FINAL – Na região de Patrocínio quase não há remanescentes de vegetação nativa, segundo o Diagnóstico. Tão somente alguns pequenos pontos em direção a Coromandel, na circunvizinhança entre Guimarânia e Salitre, e, diminutos pontos entre Patos de Minas e Carmo do Paranaíba. O que resta mesmo do cerrado encontra-se entre Cristalina (GO) e Catalão (GO).
PATROCÍNIO MINERADOR – A mineração em Araxá, Tapira, Lagamar, Serra do Salitre e Patrocínio é responsável por 82% da demanda por água, na Bacia do Rio Paranaíba.
CONFLITOS POR CAUSA DE ÁGUA – Há algum tempo, o IGAM do Estado emitiu 37 declarações de áreas de conflito. No Alto Paranaíba diversas. De Patrocínio, foram registradas declarações no Córrego Queixada, Ribeirão dos Pavões (essa é a maior área patrocinense, com 142km²) e Córrego Bom Jardim. Os conflitos são em função da disponibilidade hídrica e os usos de água. O Alto Paranaíba é a região da bacia (MG, GO, DF e MS), que tem a maior agricultura irrigada.
ALERTA TOTAL – Depois do IBGE constatar que Patrocínio está bem na rabeira, dentre as cidades mineiras, quanto à arborização (mais de 220 cidades em melhores condições verdes). Depois da organização Map Biomas informar a taxa de formações florestais naturais por habitante é baixíssima em Patrocínio (algo em torno de 10% do desejável). Depois do Ministério do Meio Ambiente afirmar que faltam unidades de conservação e proteção integral e uso sustentável, no Município. Depois dos incêndios no Serra Negra, Matinha e Serra do Cruzeiro. Depois de tudo isso, registrou-se mais um sinal amarelo. Ou melhor, um sinal amarelo já se avermelhando.
CONCLUSÃO – Por tudo isso, é bom conhecer um pouco o que a ANA recomenda. As informações do “Diagnóstico da Bacia do Rio Paranaíba” apenas reforçam o que outros órgãos oficiais ou do meio ambiente já documentaram. Pensar no futuro é a questão maior. É pensar grande! É ter visão do que é o melhor para a população.
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PETRICHOR…
("Singin'in the rain")
Hoje passei na Praça Honorato Borges e fiquei assistindo ao espetáculo que o vento fazia com as folhas secas das sete copas.
Vento traquino, sem modos, tira as folhas pra dançar pra lá e pra cá, um ritual que enche a tarde de alarido. Pra mim é melodia.
As ruas outrora limpas, ninguém vence varrer, mas ficam lindas como deve ser.
E nem é a chuva. Apenas o prenúncio dela..."Vá, chuva, venha!" Grita a natureza, na cidade e na roça, ecoa e vibra em meu ser.
Conhece, (claro que sim) o Filme “ Cantando na Chuva". Se disser que é aquele em que o ator, em cena antológica, canta e dança na chuva, explodindo de felicidade, não haverá no mundo quem não se lembra. Este filme já completou 70 anos e nunca saiu de moda. Por que chuva sugere alegria, pede dança.
Tem uma cena que não sai de minha memória. Lá na localidade de Barra do Salitre, onde nasci, quando ocorria as primeiras chuvas, os bezerrinhos de meu avô na invernada iam á loucura. Pulando e berrando com o rabinho nas costas.
Baixava um "singin'in the rain" nos bichinhos que dava gosto ver a cena. Eu que nasci com a alma dançarina, ( só a alma, meu corpo perde para uma alavanca) a exemplo deles, também danço ao meu modo, quando chove. Vendo as gotas cairem do céu, sinto um ballet de Bolshoi atuando dentro do meu coração. Contentamento divino.
"Deus visita a terra e a refresca." Diz o salmista.
A chuva- sobretudo as primeiras- depois de um longo e tenebroso inverno - mexe com todos os nossos sentidos. Visão, audição, tato, mas também o olfato.
Falo de PETRICHOR.
Se você já sabe o significado, me desculpe. Se não sabe lá vai:
É o aroma da chuva na terra seca, ou o perfume da poeira após a chuva. A palavra é construída a partir do grego, petros, que significa 'pedra' + ichor, o fluido que flui nas veias dos deuses na mitologia grega. É definido como "o perfume distintivo que acompanha a primeira chuva após um longo e seco período de calor". O termo foi cunhado em 1964 por dois pesquisadores australianos, Bear e Thomas, para um artigo na revista Nature.
Gosto não se discute. Cheiro também, não. Há um tempo , ouvindo uma entrevista com As Galvão, ouvi a Marilene,( que lamentavelmente, foi tendo sua memória pelo inimigo de nome alemão e faleceu em 24/08/22) dizer que adorava cheiro de cocô de vaca. Pensei: “ como pode”. Por incrível que pareça, um colega meu dizia exatamente isto. E seguiu seu plano de vida, se tornou fazendeiro. Um dia fui visita-lo, encontrei- o no meio do gado no curral. Pensa num homem feliz. Cheiro ajuda a realizar sonhos.
Cheiro faz viajar no tempo. Uma pesquisa concluiu que o cheiro é um gatilho mais poderoso para a lembrança de memórias do que visão e audição. Para se ter uma ideia as pessoas guardam memórias de 35% dos odores que sentem, 5% do que vêem, 2% do que ouvem, e 1% do que tocam.
Quem nunca lembrou de uma pessoa, situação, ou lugar, ao sentir um perfume? O cheiro do café da mamãe, o cheiro do pão de queijo da vovó. O suor do papai depois do trabalho, cheiro de livro novo. Cheirinho de nenêm, cheiro de roupa limpa, cheiro de vinho tinto, cheiro de incenso, cheiro de dama da noite, cheiro de chiclete de tuti fruti no Cine Patrocínio. Sabia que até as cidades tbém em cheiros característicos?
Nossa Patrocínio tem um cheiro de...de não sei explicar... só dela.
A cidade se prepara para receber o cheiro da chuva: PETRICHOR. Até minha alma esquece que é desafinada e ensaia com a natureza:
"Singin'in the rain"
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Foto: Andrzej Rembowski |Pixabay
Baseado numa história real, nos Estados Unidos um jovem estava sempre com um carrinho de supermercado e um rádio. Seu apelido 'rádio' foi escolhido pela sua afeição por rádios. Além disso, era fascinado pelo futebol americano, com transtorno mental chamado na vida real, James Robert Kennedy. Viviam na cidade de Anderson, na Carolina do Sul. O treinador Harold Jones do time de futebol americano – que fez o que um pai faria, mesmo não sendo pai - e o jovem conhecido pelo nome Radio, inspiraram o repórter Gary Smith a escrever o artigo "Someone to Lean On" e publicá-lo na revista Sports Illustrated. O resultado disso virou o filme “Meu nome é rádio”, décadas mais tarde, sobre James R. Kennedy e Harold Jones.
Nós temos um personagem em Patrocínio com as mesmas características, mas, adotado por todos os radialistas da cidade. O Branco. As histórias que vou contar é sobre o “Branco” e o rádio patrocinense.
Em 2014 perdemos três radialistas em menos de dois meses Patrocínio. Primeiro foi Roberto Taylor, dia 4 de julho, de câncer; depois Assis de Castro (meu colega na Rádio Módulo), dia 13 de agosto, complicações no fígado; o terceiro foi o Jota Santos, 67 anos, que morreu, dia 23 de agosto, por coincidência, o segunda vítima de um câncer; depois vieram perdas de Vanderley Gonalves (também meu companheiro na Módulo), Renato Oliveira (companheiro na Difusora e Capital), de covid, e Luiz Fernando Tsunami, também covid (colega da Capital).
Trabalhei com o Roberto e o Jotinha, na Difusora e com o Assis de Castro na Modulo FM e na Rainha da Paz; e gostava do jeito de cada um deles. Diferentes em tudo, com uma paixão em comum: o rádio.
Um caso engraçado ocorreu com o “Banco” e os dois ex-colegas de rádio Difusora: o locutor sertanejo Jota Santos e o apresentador Roberto Taylor, eram candidatos a vereadores. Todo dia um deles chegava e perguntava:
— E aí, Branco, em quem você vai votar?
— Nocê, uai, voto nocê! A resposta era sempre a mesma, qualquer um dos dois que perguntasse.
Alguém sugere:
— Vamos ver o que o Branco diz perto dos dois candidatos.
O “Branco” chega à redação e todo mundo ali – incluindo Roberto e Jota — alguém pergunta:
— E aí, Branco, vai voltar no Jota Santos ou no Roberto Taylor?
E, ele, do alto de sua sapiência, responde:
— Uai! Eu num voto, nem tirei o tito (título)
Qualquer cidade, em qualquer parte do mundo, tem personagens assim, conhecidos e amados pela população. E nesse caso, posso garantir que o “Branco”, junto com os que já passaram: “Zé Bonitinho”, “Bicho Preguiça”, “Gerson Preto”, “Zé Maquininha”, “Regininha”, "Mauro Dourado" que também andava com um radinho à tiracolo e tantos outros, são patrimônios, marcados entre os personagens que fazem a história de nossa gente.
A gente sente muitas saudades destes personagens que já se foram - menos o Branco que ainda vive - e através deles, recordamos de amigos radialistas, colegas de profissão, como Jota Santos, ,Roberto Taylor, Assis de Castro, Vanderley Gonçalves, Renato Oliveira — companheiros que homenageio no livro "CAP: A História de uma Paixão Grená" —, e Luiz Fernando Tsunami que fazem muita falta para a população pela força de reivindicação ou simplesmente pela arte de comunicar.
Esta cronica integra o livro "O Som da Memória - O retorno" , que será lançado em setembro de 2022
Minha sogra, dona Chiquinha (Francisca Fernandes), morou a vida toda na rua Cassimiro Santos, em Patrocínio, MG. Tinha algumas características que hoje é mais comum aos idosos, mas quando a conheci, em 1973, a transformavam numa pessoa antenada, muito bem informada à frente do seu tempo. Por isso mesmo, eu gostava de passar horas com ela numa boa conversa.
Era simples, mas culta. De um amor extremo pelos netos e muito solidária com doentes. Na região da cidade que a conheciam sempre que havia alguém enfermo, especialmente em fase terminal, os parentes sempre apareciam para pedir à dona Chiquinha para fazer companhia.
Todos os dias recebia a visita de minha mulher pela manhã e à tarde ia pra minha casa. Morava sozinha e preferia assim. Só aceitou morar conosco depois de diagnosticada com câncer e merecer cuidados especiais.
Lia tudo o que aparecia. Nunca usou óculos, pois enxergava muito bem. Pelo menos era o que dizia. Gostava de música do seu tempo como “Rapaziada do Brás”, “Abismo de Rosas”. Admirava também música moderna — na época — do grupo brasileiro Pholhas e a creio que a que mais gostou foi “Because i love”, gravada nos anos 70 pela banda inglesa Majority One. Gostava de programas de TV. A televisão era sua companhia. O maior amigo de dona Chiquinha, sem que ele soubesse da existência dela, desde que entrou no ar era Otávio Ceschi Júnior, o “Tavinho”, que apresentava na TV Bandeirantes o programa Dia a Dia. Isso preenchia suas manhãs e dava a informações que ela precisava.
Sempre, minha esposa Márcia contava que sua mãe, ao final do programa, dava bom dia ao apresentador. Eu ouvia, mas não assimilava. Um dia, não sei por que, não apresentei o programa de esportes diário que tinha na rádio e fui almoçar no horário do tal Dia a Dia na casa da minha sogra. No quarto, onde a televisão ficava, ouvi a dona Chiquinha:
— Bom dia, Tavinho. Vai com Deus!
Fiquei curioso, cheguei à porta do quarto e perguntei.
— Ué, dona Chiquinha, conversando sozinha?
Ela me respondeu:
— Não. Tô me despedindo do meu amigo Tavinho, aqui da televisão!
Aquilo foi uma lição de vida para mim. A partir daquele instante passei a ver com outros olhos meus ouvintes, pois senti que a gente é muito importante para as pessoas, especialmente as que vivem sozinhas, principalmente as idosas. Pois, uma pessoa que dona Chiquinha não conhecia – e nunca viria a conhecer – era mais íntima dela que muitas com quem convivia.
Dona Chiquinha — que morreu em janeiro de 2001, com 84 anos, com muito sofrimento, vítima de câncer ósseo, diagnosticado nove meses antes — deixou um legado de sinceridade, solidariedade e muita, muita sabedoria.
Esta cronica integra o livro "O Som da Memória - O retorno" , que será lançado em setembro de 2022
Informação. Considerando a época, é curioso observar como ela chegava a Patrocínio e região. Seja notícia, seja comunicação oficial, a informação chegava aos patrocinenses desde as cartas manuscritas trazidas a cavalo, passando pelo telégrafo (ilustração do lado) e por jornais com atrasos, até o rádio em ondas curtas. Isso na existência do Município até a década de 70. A partir dos anos 70, a televisão começou a entrar na vida do cidadão da região.
A ERA PRIMITIVA – As cartas eram escritas a pena e tinta (pena era uma haste de madeira com metal pontiagudo, que tinha que ser molhada em um vidro de tinta). Entre Patrocínio e Ouro Preto (a capital) havia correio a cavalo/jumento. Mas, levava quase um mês para se chegar no destino. Isso durante o Império. Por volta de 1850/1860, o telégrafo começou a ser implantado no Brasil. Porém, nessa região, o registro que se tem, indica 1915/1920, com a chegada da ferrovia (estrada de ferro) em Catiara e Patrocínio. Nesse caso, o telégrafo também era forte meio de comunicação. No final dos anos 20 e década de 30, além da ferrovia, surgiu um telégrafo, que situava na antiga sede da Prefeitura (belo casarão da Praça da Matriz). Esse telégrafo obtinha informações para o IBGE e servia também para outras comunicações, inclusive da Prefeitura Municipal.
OS PRIMEIROS JORNAIS – Entre os periódicos impressos na cidade e feito por patrocinenses, o primeiro a circular foi “O Patrocínio”, em 1900. Depois vieram o bom “Cidade de Patrocínio”, “O Tempo”, um jornal da família Alves do Nascimento como concorrente do jornal “Cidade de Patrocínio”, e, pequenas publicações de Sebastião Elói, como “A Lixa”. Até que em 1938, Tião Elói, criou a sua “Gazeta de Patrocínio”, ainda em circulação, felizmente. Porém, até os anos 40, só publicavam notícias e comentários locais. E, raramente, notícias nacionais. Isso mais pela dificuldade de obtê-las. Pois não havia nem telefone interurbano. As demoradas cartas imperavam. O “Estado de Minas”, que o trem trazia, chegava no outro dia (final anos 40 e 50). A partir de 1958, o “Expresso União” o transportou, e muitas vezes, atrasava do mesmo jeito. Ou seja, o jornal era lido no outro dia.
TIMIDAMENTE SURGE O RÁDIO NOS ANOS 40 – Como na década de 50, a “Rádio Nacional” do Rio começou a sua plena liderança em 1940. Nessa fase, foi criada em sua programação o legendário “Repórter Esso”, na voz de Heron Domingues. Único (pequeno) jornal do rádio. Em quatro edições apenas: 8h, 12h55, 20h25 e 22h. Cada apresentação durava somente cinco minutos. Com som pouco audível no interior do Brasil, era a única fonte de notícias, quase em tempo real. Notícias tais como o fim da Segunda Guerra Mundial e o suicídio do presidente Getúlio Vargas (1954).RÁDIO ERA FESTA... – No começo dos anos 40, pouquíssimas pessoas tinham o aparelho receptor. No Largo do Rosário (Praça Honorato Borges), um dos poucos proprietários de rádio da cidade o colocava em funcionamento para dezenas de pessoas curiosas verem que “bicho era aquilo, que falava”. Nessa época também, o proprietário de rádio (receptor) tinha que pagar taxa (em réis) por tê-lo.
COMO SINTONIZAVA AS EMISSORAS – Durante o dia em ondas curtas, normalmente em 49m, ou 31m ou 25m. À noite, em ondas médias (as conhecidas AM, que caminham para o desaparecimento). Tudo isso no cenário das décadas de 40 e 50, com referências às grandes emissoras do Rio e São Paulo. Em 1943, inaugurou-se a Clube de Patos de Minas, e, em 1949, a Difusora de Patrocínio. Ambas, com potência fraquíssima em ondas médias. As duas não tinham noticiários. Basicamente, músicas utilizando discos de vinil de 78 rotações e, às vezes, LP (também de vinil).
ANOS 50/60: DOMÍNIO DO RÁDIO AINDA – Começaram a surgir outros jornais radiofônicos. A “Nacional” às 6h (10 minutos de duração), a “Bandeirantes” às 7h, denominado “Primeira Hora” (no ar até hoje), “Rádio Globo” (RJ) com o seu “Redator Chefe” às 7h, “Rádio Panamericana” (hoje, “Jovem Pan”), “Guarani’ de BH (às 7h30), dentre algumas poucas emissoras que optaram pelo rádio jornalismo.
TV CHEGANDO – Nos meados dos anos 60, a “TV Itacolomi” de BH, com o seu “Jornal Bancominas”, às 19h45, informava aos telespectadores. Sinal péssimo, cheio de “formiguinhas”, preto e branco, se chovia a imagem desaparecia, etc... Todavia, era enorme novidade. O sinal chegava ao Alto Paranaíba via link BH-Pitangui-Serra do Salitre (torres muito altas).
A EVOLUÇÃO CONTINUA... – Assim, desde o Correio a cavalo até a atual era digital, completou-se tão somente um século. Tudo numa rapidez incrível. E... segue a vida... segue o espetáculo!
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