Eis, Sr Antônio Eliziário, motorista do Expresso União, falecido, em 2015, vítima de câncer no pulmão...

ELE PEDIA PARA QUE LESSEM MINHA CRÔNICA EM SEU LEITO DE ENFERMIDADE…. E DEPOIS…. EM SUA SEPULTURA...

(Meu *tbt eterno.(*lembranças) Meu Nobel da Paz. Aqui pensei em deixar de escrever por ter atingido meu ápice como escritor. EU TOQUEI O CORAÇÃO DE UMA PESSOA! Quem já conhece a história não perca tempo na leitura)

Fiz uma viagem com ele para Uberlândia debaixo de um temporal apocalíptico...Uma cortina d'água amedrontadora descia pelo para-brisa do ônibus e a BR 365 se tornou um oceano sem fim...

Ainda na rodoviária de Patrocínio, com a passagem nas mãos, olhava as nuvens negras quase riçando a Serra do Cruzeiro, minha cabeça pedia para não embarcar, mas meus pés foram me levando para dentro do ônibus do Sr Nenê. Poucos passageiros. Todos com semblantes preocupados. O que nos aconteceria naquele viagem?

Da poltrona quatro onde estava, meu foco era somente o motorista e seu ritual. Fui notando ele ajeitar a gravata, o retrovisor, o assento; fui notando o seu profissionalismo, seu cuidado, a sua prudência, a sua calma, o seu domínio, o seu pulso firme no volante, sua rica experiência entrando em ação e por incrível, que pareça, me senti seguro e pude desacelerar, respirar quase sem medo.

Sabia. Nosso destino estava nas mãos de Deus e...dele: O motorista. Saímos sentido Br. 365. Seria 2h de viagem.

Na altura do Bairro Congonhas o temporal se iniciava…

Não via absolutamente nada em minha frente, que não fosse uma cachoeira d'água. O ônibus galeava de um lado para o outro na tormenta, mas nada abalava aquele mestre dos mares. Cena épica.

Governava a nau com pulso firme. Soberano. E como aquilo me acalmava.

Decidi que escreveria uma crônica sobre aquela saga. Olhei seu semblante sereno, olhei para o aguaceiro que jorrava no para-brisa e logo me veio o nome: “O DOMADOR DE TEMPESTADE”...

... Chegando em Uberlândia, deparamos com um cenário apocalíptico nas ruas e avenidas. Árvores derrubadas, muros caídos, carros arrastados, asfalto arrancado e o terminal rodoviário, um caos, sem luz, alagamento geral. A Polícia tentando por ordem naquela tremenda confusão.

Eu procurando por minha filha Melva e ela me procurando naquele cenário armagedônico…

E noticiaram ter sido a maior tempestade em 40/50 anos….

Bom. Então escrevi a tal crônica. Reservei o meu próprio exemplar do jornal Gazeta para o condutor protagonista, mas, por vários dias, não conseguia encontrá-lo.

Até que finalmente, pude vê-lo no pátio da empresa Expresso União. Lá estava ele se preparando para entrar num ônibus que iria para a rodoviária, de lá para alguma cidade da região.

E já tinha dado a partida, deixei tudo de urgente que fazia, corri, alcancei-o e lhe entreguei o exemplar do jornal.

Sério. Muito sério. Disse-me que havia estado doente. Nem me agradeceu. Nem me falou o que tinha. Pensei, dei meu próprio jornal pra ele, ficarei para sempre meu exemplar e ele não vai nem ler, nem “fazer conta”.

A última vez que o vi, passei por ele, quando ajeitava a gravata e seguia para um bebedouro, brinquei: “Bom dia, Sr. "DOMADOR DE TEMPESTADE!”. Nessa altura ele já havia lido a tal crônica, sorriu e me agradeceu. Senti até que gostaria de me dizer mais algumas palavras. Mas, ficou só nisto, pois precisava cumprir o meu horário e ele também. Partiu para a viagem. Vi quando o ônibus saiu pelo portão da empresa e ganhou a rua. O ronco do motor foi se diluindo entre os outros barulhos da Rui Barbosa...

Nunca mais o vi…

Um tempo depois, soube pesaroso de sua morte ocorrida na vizinha cidade de Monte Carmelo...

Foi quando sua cunhada, residente em Lauro de Freitas-BA, encontrou meu e-mail no jornal e me fez uma revelação que quase me fez desidratar de chorar e quase me levou a nocaute.

Disse-me ela que Sr. Antônio Eliziário lhe pedia sempre para que lesse a nossa crônica "O DOMADOR DE TEMPESTADE!”, junto ao seu leito de enfermidade. De certo ela amenizava a sua dor...

E outra revelação que me tocou as cordas da alma: Ele pediu a cunhada para que fizesse a leitura dessa nossa crônica também no silêncio de seu túmulo de morte.

Ele queria ouvi-la além da vida.

Passei dias em lágrimas e ainda hoje essa lembrança me inunda a alma. Uma tempestade de emoção que jamais vou conseguir a domar…

Jamais imaginei que alguém, sobretudo um homem ‘sistemático’, sério daquele, fizesse tanta conta de um texto de minha lavra.

Jamais imaginei que algo escrito por mim servisse de lenitivo para alguém no dolorido crepúsculo de sua existência. Ao ponto de dizer que foi “O MAIOR PRÊMIO QUE RECEBEU DURANTE MAIS DE CINQUENTA ANOS DE PROFISSÃO”

Pensei comigo, minha carreira de escritor/cronista também pode terminar por aqui. Consegui atingir o coração de uma pessoa. O lugar mais sagrado que pode haver.

Nada mais neste mundo chegará aos pés disto. Foi meu Prêmio Nobel da Paz.(Eis os e-mails enviados por sua cunhada):

PREZADO SR. MÍLTON,

Antônio Eliziario, o motorista cumprimentado pelo Senhor na crônica O Domador de Tempestade, faleceu dia 19/06/2015 depois de um longo período de luta contra um câncer de pulmão.

Ele era meu cunhado. Sou casada com o irmão dele.

O motivo desse contato é lhe dizer que seu texto era tido por ele como o mais importante prêmio que ele recebeu em mais de cinquenta anos de profissão.

As circunstâncias em que eu li seu texto para ele pela última vez dá quase uma outra crônica. Pena que me faltem o engenho e a arte.

Receba nosso respeitoso abraço,

Antônia Marina Aparecida de Paula Faleiros e Luiz Antônio dos Santos Faleiros.” (Lauro de Freitas –BA)

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BOA TARDE SR. MÍLTON.

Sábado passado, pouco antes de lhe mandar a mensagem eu havia acabado de cumprir a promessa que fizera ao Antônio Eliziário da última vez que o vi, cinco dias antes de ele morrer.

Nós moramos em Lauro de Freitas e no dia 13/06/2015 fizemos uma visita ao Antônio e mais uma vez li para ele sua crônica. Ele já muito debilitado me pediu que a lesse para ele ‘no dia da última viagem’ e se eu não estivesse presente no dia da última viagem era para eu ir ‘lá naquele lugar e ler para ele’. Foi assim mesmo que ele disse.

Viemos para a Bahia e no dia 19/06/2015, Antônio fez sua última viagem.

Não conseguimos ir para o enterro e somente na semana passada eu fui a Monte Carmelo cumprir a promessa. Fui ao cemitério e junto à sepultura dele fiz a leitura do jeito que ele pediu. Choramos muito eu e meu marido.

Seu texto é realmente muito emocionante. Somos-lhe eternamente gratos.

Grande abraço

Antônia Faleiros” (Lauro de Freitas –BA)




Alvissareiro
. É o começo da primavera em Patrocínio. Três indicadores sustentam esse sentimento. O primeiro é a eleição de dois deputados, melhor dizendo duas deputadas. Gol de placa da liderança política local. O segundo é a revitalização de vez do sagrado parque da Matinha. E o terceiro indicador é o despertar do amado Clube Atlético Patrocinense–CAP, já pensando no próximo campeonato mineiro.

PTC PRESENTE NO CONGRESSO – A votação da patrocinense da gema Greyce Elias, 40 anos, é exuberante. Poucos são os candidatos que ultrapassam o marco de 100 mil votos. Para deputado federal, Greyce teve 110.346 votos, dos quais 14.143 votos em Patrocínio (1º lugar no Município). Os três candidatos seguintes, considerando cada um, não tiveram nem a metade de votos dela. Aliás, Greyce situou-se em 19º lugar dentre os 53 deputados eleitos de Minas. Assim, para o mandato 2023/2026, a cidade poderá ser beneficiada com as suas ações políticas. Seja em programas da União, seja por meio de emendas parlamentares. Certamente, Greyce terá melhor desempenho, pois contará com a experiência adquirida no mandato 2019/2022.

Greyce Elias

Maria Clara Marra

PTC PRESENTE NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
– Já a votação da jovem Maria Clara Marra, 23 anos, é um marco. Candidata pela primeira vez a cargo público, Maria Clara alcançou na sua terra natal inverossímeis 27.157 votos, dos 42.415 votos que a elegeu. A sua eleição representa também para o seu pai, prefeito Deiró Marra, o título de maior político patrocinense na atualidade. Por isso, tornou-se a mais votada para deputado estadual, deixando os demais candidatos bem para trás. Maria Clara poderá canalizar benefícios para Patrocínio, seja via programas estaduais, seja por emendas parlamentares. Nesse contexto, ela contará com a habilidade de Deiró. Simplesmente, um ex-deputado de três mandatos. Ou seja, sabe como efetivar um pedido, junto ao Governo.

MAS... NEM TUDO SÃO FLORES... – Infelizmente, o bordão, o paradigmático “Patrocinense vota em Patrocinense”, repetido pela mídia patrocinense na apuração, não foi perfeito. Não aconteceu como nos anos 80, quando Silas Brasileiro, Paulo Pereira e Romeu Queiroz foram eleitos por e para Patrocínio. O patrocinense Gustavo Brasileiro, 39 anos, não conseguiu ser eleito. Mesmo filiado ao partido (Novo) do campeoníssimo (governador) Romeu Zema, teve 24.177 votos em Minas, sendo 8.467 votos em Patrocínio (2º lugar na votação municipal para deputado estadual). Esses votos lhe deram só o 115º lugar, rumo às 77 vagas de deputado na Assembleia estadual. Lamentavelmente, Gustavo perdeu. Patrocínio também perdeu.

                                                                                                                                                                                                                                                                              Gustavo Brasileiro

Marcelo Queiroz

POUCO FALADO... POUCO VOTADO... POUCO ANALISADO... – Marcelo Queiroz, filho do ex-deputado Romeu Queiroz, teve só 628 votos em Patrocínio, dentre os 13.069 votos no Estado. Fraca e desanimadora votação. Passou longe de qualquer pretensão política.
                                                                                                                                                  

SERÁ?... TOMARA... SE DEUS QUISER... – O prefeito Deiró garantiu que, até setembro/2023, o permanente Parque da Matinha estará aberto à visitação pública. Ou seja, um parque ecológico aberto à população. Essa bela notícia foi divulgada pela Rede Hoje. Esse inadiável projeto é resultado de compensação ambiental, determinado a uma empresa pelo Ministério Público. Palmas para o prefeito pela determinação. Palmas para o Ministério Público também. É bom dizer que a Matinha é um importante passo para resgatar um pouco o necessário verde no Município. É o começo de um novo tempo.

RECORDANDO A CARÊNCIA – IBGE aponta que há 225 cidades mineiras à frente de Patrocínio na questão de arborização. Agência Nacional de Águas–ANA, por meio de estudos, registra grande desmatamento no chão patrocinense, nas últimas décadas. Ministério do Meio Ambiente indica que faltam unidades de conservação. Instituição denominada MapBiomas informa a precariedade de florestas naturais em Patrocínio. Recentes incêndios na própria Matinha, Serra do Cruzeiro e Serra Negra demonstram a reinante falta de atenção com a natureza patrocinense.


Roberto Avatar, Tatá, presidente do Patrocinense (CAP)

O GLORIOSO – Como único representante da extensa região Triângulo-Alto Paranaíba-Noroeste, o CAP aumentou a sua responsabilidade, no campeonato mineiro de 2023. A diretoria, de boa gestão e apaixonada pelo clube, dá os seus primeiros passos, bastante profissionais, visando janeiro. Assim, a esperança pelo alcance do objetivo se intensifica. Esse objetivo é maior do que a simples permanência na série A de Minas, segundo o presidente Roberto Avatar.

POR FIM – Como dizia Tancredo Neves, “Políticos não brigam, e sim, as ideias podem brigar”. Que as lideranças políticas da cidade se convirjam para Patrocínio, após as eleições. Patrocínio merece amor, nunca discursões.


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O suprassumo de tudo é: Patrocínio e região tem uma Deputada Federal: GREYCE ELIAS e uma Deputada Estadual: MARIA CLARA MARRA.
Como foram as eleições 2022, em Patrocínio? Senta que lá vem história...

Primeiro, graças ao céu, elas se foram. Deixando uma ressaca eleitoral nunca vista, mas com um saldo positivo.

VERDE E AMARELO X VERMELHO

Eleição para presidência, seguiu a tendência nacional. L x B. O PT local apesar de ter muitos simpatizantes, nunca foi um partido expressivo em Patrocínio.
O partido fundado por Lula, apresentou Quintino, como candidato a vice em 1992; depois, em 2000, chegou à Câmara Municipal, com Maurílio Brandão; oito anos depois Fausto Amaral, chegava como vice- prefeito. Hoje, o PT, não tem expressividade, gente eleita, mas tem representantes, militantes e simpatizantes.

Bolsonaro da mesma forma, não tem, representação politico/ partidária, mas tem um forte movimento formado por empresários, profissionais liberais e patriotas que comungam de suas ideologias. Isto ficou claro, numa grande carreata que ocorreu em um sábado antes da eleição. A campanha para presidente se deu mais nas redes sociais, nas guerras de 'feiquinius' e desmoralizados institutos de pesquisas, tentando desesperadamente manipular o eleitorado.

No dia da eleição, o povo saiu pacificamente às ruas, usando, democraticamente as cores verde amarelo ou vermelho.

Na hora do voto, no entanto, a máquina do sistema emperrou feio. Filas quilométricas, para a leitura biométrica. Coisa patética. O presidente do STE - aquele cabeça de ovo... chôco, só se preocupou com gente portando armas, ( como se eleitores fossem bandidos) , e uso de celulares na votação,( como se eleitores fossem crianças) esqueceu de agilizar o processo. Põe na conta dele as abstenções. Fiquei uma hora e meia na fila.

A MARCA VENCEDORA DE DEIRÓ.

Não tem como. Deiró, já entrou para história como um dos melhores prefeitos de Patrocínio.
Quando foi deputado estadual por três mandatos, escrevi um artigo dizendo que ele era um "Executivo no Legislativo"
De fato. O homem sabe fazer milagre com orçamento curto. Sabe listar prioridades. Durante a pandemia ele inaugurou o melhor Pronto Socorro da região. Paga o funcionalismo em dia desde o primeiro dia do seu governo, mesmo quando teve de decretar estado de calamidade pública...

Mas vamos falar do último grande feito de Deiró Marra:
Cerca de um ano, até menos do que isto, oito, nove meses, a cidade não conhecia, Maria Clara Marra. Como é muito discreto com a vida familiar, somente alguns parentes e amigos restritos do casal Deiró/ Labibe, sabiam da existência dessa jovem de 23 anos, ( que como o pai, faz aniversário tbem em 14/01)
De repente, uma jovem sorridente e bem articulada, aparecia em público ao lado do pai. Aliás, virou a sombra dele. Onde o pai, tirava seu pé, a filha colocava o dela." Ela será minha substituta na Assembleia legislativa"

Quando a campanha, propriamente dita, começou, ela, foi pra rua, com uma garra e determinação só vista por mim em Júlio Elias. 
Ai, ocorreu, um fenômeno que não entendi. Não posso, portanto, fazer uma leitura. A imensa maioria dos secretários municipais, se licenciaram, tiraram férias, para acompanhar Maria Clara em sua campanha. Até os vereadores, sabemos que 12 vereadores em 15, são da base do governo, entraram em campo. Outro fenômeno. Na última sessão, faltaram 10, vereadores a reunião foi suspensa por falta de quórum. Estiveram presentes prontos para o trabalho legislativo daquele dia: Chiquita, Prof, Alexandre, Odirlei Magalhães e Thiago Malagoli. Só.

Vou aguardar pra ver, ou, Maria Clara, tem um grande carisma. Ou foram constrangidos a participar, por serem "do grupo"

Aí penso. Se eu trabalhasse na prefeitura, mas não gostasse de me envolver em política, seria respeitado ou estaria no olho da rua? E se eu votasse em outro candidato, e caísse no conhecimento de um manda-chuva, seria exonerado e execrado?

Agora. Somente o dinheiro do foguetório que espocaram numa carreata, no bairro Morada Nova, ajeitaria minhas contas.

Não conheci, pessoalmente Maria, claro, ela passou, perto de onde moro, umas duas vezes. Minha esposa, Solange, a conheceu, chegou em casa toda encantada: " Sabe quem acabo de encontrar? Ela, Maria Clara, Deiró, Valtinho e Leandro Caixeta! Nossa, ela é muito simpática e muito educada!"

Era minha candidata. Quando fui votar, a seção eleitoral da escola José Eduardo Aquino, Morada Nova, tinha um absurdo mar de santinhos dela. Será se mudei meu voto? Não importa foi eleita com expressivos 42. 415, votos. Quase bate o recorde do pai que era 44.248 votos. Escreve ai, se não bandear para o lado esquerdismo/ petista, essa menina inteligente, alegre e determinada, vai longe!

Já disse que Maria Clara, é a primeira deputada estadual feminina por Patrocínio?

FALTOU DEBATE

Ao contrário da eleição passada, nem a imprensa e nunhuma entidade, promoveu debates ou rodadas de entrevistas com os candidatos. Para fazer justiça somente o Portal Maisum Online, realizou entrevistas com alguns dos candidatos. A que se dizer também que a legislação eleitoral engessa bastante a imprensa. Mas faltou aquele debate democrático.

DOUTOR GUSTAVO BRASILEIRO

Foi vice- prefeito de Patrocínio de 2017 /20.
Logo se rompeu com o prefeito. Pra quem não se lembra. Gustavo, revelou seu desejo de ser pré -candidato a deputado estadual, Deiró, não aprovou a decisão e disse que Gustavo, não poderia usar a estrutura da prefeitura como trampolim político. Foi pra geladeira.
Desde então continuou no cargo, trabalhou, mas não fez mais parte do governo. Gustavo quis aparecer? Quis passar na frente do prefeito? Faltou diálogo. Talvez Deiró, só goste de quem come na mão dele?

Gustavo tem personalidade e opinião formada.

Outra. Não deu pra entender, por que Gustavo, não tem o apoio do tio Silas Brasileiro, seu legado de trabalho, ética, integridade de caráter, é precioso. Gustavo, no entanto, contou com o apoio de Greyce Elias ( que precisa comer muito feijão para chegar aos pés de Silas)

Quando, fiz alguma referência com relação ao apoio ao sobrinho, Silas, imediatamente gravou um vídeo, declarando apoio irestrito à Maria Clara. Pensei, " tem dó João jiló" Se Dona Lica fosse viva.. Que decepção... Pensei em votar nele, mas pensei na tristeza da Vó . Desisti?

Candidato pelo Partido Novo, Gustavo não usou o " fundão eleitoral" sendo isto, um princípio áureo de seu partido. Entretanto, os demais usam e abusam, o que o coloca em flagrante desvantagem. Mas Gustavo, foi guerreiro, a cidade estava "fechada" com Maria Clara, ele arrancou expressivos 24.177 votos. Campanha limpa, sem estardalhaço.

Ficando na suplência do Novo. Como foi o candidato apoiado por Zema, espera-se que o governador o convide para seu novo secretariado. Gustavo, não pode é desistir da vida pública, já é uma grande liderança na região.

MARCELO QUEIROZ

Foi um grande injustiçado. Emprestou seu nome nesse pleito. Filho do maior deputado estadual de Patrocínio em todos os tempos. 06 mandatos, Presidente da Assembleia Legislativa, diversas vezes cogitado para ser candidato ao governo de Minas. Foi para esfera federal, infelizmente se envolveu com "mensalão" mas se livrou das acusações. A dobradinha com Silas Brasileiro prefeito, foi o tempo de maior prosperidade em Patrocínio.

Marcelo, ainda contou com o apoio do ex- prefeito Betinho, que depois de dois mandatos deixou a prefeitura com alto índice de aprovação.
Também, contou com outro apoio de peso. Ex- prefeito Júlio Elias. Comandou Patrocínio por duas gestões, deixou sua marca arrojada. Canalizando as avenidas sanitárias, reformas no centro administrativo, construção do Cristo Redentor. E pensava Patrocínio como cidade polo regional.

Marcelo, portanto foi bem referendado, mas não foi bem avaliado pelo eleitorado. Marcelo, é íntegro e de grande caráter, empresário bem sucedido. Gerador de emprego. Não necessitando da política para sobreviver..

O mais bem preparado de todos para o cargo.
Não tem nenhum sentido dar mais de 5. 000 para o desconhecido Nikolas Ferreira e apenas, 628 votos no filho da terra (12, 868, em todo estado)

Que Marcelo, não desista de Patrocínio.

DOBRADINHA VITORIOSA

O apoio do vereador Thiago Malagoli aos deputados Weliton Prado e Elismar Prado se tornou uma tradição. E mais uma vez foi vitoriosa. Foi um voto de gratidão e confiança.

CAMPEÃ DE VOTOS.

Se você olhasse para a reeleição da Deputada Greyce Elias, há dois meses, voce diria que seria improvável. Ou melhor: impossível.
Foi eleita tendo como bandeira a encalhada duplicação da rodovia 365.
Não tendo o mínimo de diálogo e alinhamento com a administração Deiró, não conseguia interagir com a população, nem divulgar o seu trabalho a contento.
O deputado de confiança da atual administração era Zé Vitor, da vizinha Araguari. Que diga- se de passagem, foi uma dobradinha que fez muito por Patrocínio.
Muita gente, portanto, pensava, que a volta de Greyce à Brasília, seria para arrumar as malas e esvaziar as gavetas.
Ela, porém trabalhou em silêncio.

Não por acaso Greyce significa "Graça" “dom divino”, “ajuda espiritual”, “mercê”, “benevolência" "favor não merecido"

." ..isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie”. Diz Paulo.

Na última eleição, Greyce, chegou, na bacia das almas. A votação bombástica de Janone, lhe favoreceu, no coeficiente eleitoral. Chegou com tímidos 37. 620 votos..

Deve ter gastado muito com o "fundão eleitoral" que é legal, mas imoral, o fato é que o resultado de seu trabalho fui surpreendente.

Seus apoiadores apareceram nas esquinas no centro da cidade, com uma plaquinha com os dizeres " Patrocinense vota em patrocinense" Pensei, repetem essa frase como papagaios. Duvido que a própria parlamentar candidata saiba que essa frase é do " Menestrel Rangeliano" - Eustáquio Amaral.

Greyce se fortaleceu, graciosamente. Firmou sua liderança regional.

Além de majoritária em Patrocínio, triplicou sua votação. Com 110. 346 votos, é a campeã de votos em Patrocínio em todos os tempos. Carismática, fala pelos cotovelos, inteligente e humilde.

Se pensaram em diminui-la em Patrocínio, ela se agigantou em Minas. 
Em suma. Greyce, Maria Clara, Gustavo Brasileiro, Marcelo Queiroz e Thiago Malagoli, novos líderes, pedindo passagem. Vejo com bons olhos.

Quem sabe eles chegam com uma nova e revolucionária mentalidade:
Passou as eleições, TODOS TRABALHANDO POR PATROCÍNIO...

COMENTÁRIO VIA FACE

- ZELOI NETO: “Amigo Milton Magalhães, grato pela citação. O Papo ZEN fez o convite a TODOS os candidatos de Patrocínio para participarem do podcast. Três deles (Henrique José, Gustavo Brasileiro e Marcelo Queiroz) responderam presente. Da nossa parte, cumprimos a função democrática... Grande abraço.”

- OUSANA MARIA MACIEL
“Excelente texto sobre as eleições com colocações pertinentes como é do seu costume só não gostei quando falou do Nicholas que já é um grande vereador e que será um excelente deputado. Esse rapaz tão novo e de tamanha representatividade. Fará muitas coisas no congresso defendendo os valores e os costumes e vetando aquilo que não fará bem a sociedade. Portanto merecidíssima a sua vitória. Acredito que nossa deputada estadual juntamente com seu pai fará um grande trabalho. Outra coisa é que Patrocínio não comporta um número grande de candidatos. Mas de qualquer maneira tá valendo”.

- PATRÍCIA FONSECA:  “Parabéns pelo texto. Análise precisa dos fatos. É bom demais ler algo sem amarras e sem lados. Uma análise sobre fatos de um ser humano, cidadão que ama sua cidade. Parabéns dobrado pra vc!”


 

Vestiu como ninguém a camisa do Patrocínio Esporte Clube no final dos anos 1960 e 1970. Faleceu numa tarde quinta-feira de abril de 2015, aos 69 anos de idade. Seu nome Eustáquio Frazão Ramos, mais conhecido pela torcida do Patrocínio e também do CAP, como Perereca. Não sei ao certo, mas segundo se falava, o apelido de Perereca se deu pelo falto de não ter medo de saltar para fazer as defesas no gol. Foi um grande goleiro. Ele foi um dos nomes mais importantes da história do futebol de Patrocínio, mas não só: era um bom humor ambulante. Onde chegava, não havia tristeza.

Perereca era conhecido não só em Patrocínio. Frazão jogou também em Patos pelo Mamoré e URT, em Monte Carmelo pelo Clube dos Cem, em Juiz de Fora pelo Tupi. Ele também atuou fora de Minas: em Goiás, no Atlético Goianiense e Anapolina; no Rio de Janeiro no Olaria; em Mato Grosso no Misto de Cuiabá. Também nas bases do Atlético-MG, América-MG e Cruzeiro. Quando parou no profissional, manteve sua paixão pelo esporte jogando pelo União (União Recreativa Patrocinense), de Patrocínio.

Fez muitos jogos memoráveis. Um deles jogou ao lado de Garrincha, numa partida exibição do craque do Botafogo e Seleção Brasileira na cidade, na década de 1970.

O Frazão era amigo e muito engraçado. Uma peça. É bom lembrar dele com alegria. Onde estava era rodeado de pessoas, todos querendo ouvir suas histórias, do futebol e de pessoas comuns. Combinamos de fazer, em vídeo para o canal da Rede Hoje, um programa semanal de seus "causos" no futebol, mas infelizmente, não fizemos.

Foi servidor público municipal de Patrocínio durante os governos de Afrânio Amaral. Atuou também pelo Grupo Áurea – Expresso União, Gol – em Brasília e trabalhava no aeroporto. Quando chegava alguém de Patrocínio e gritava: “Perereca, ô Perereca...”, ele fingia que não era com ele. É que no aeroporto todo mundo o conhecia como “senhor Frazão”.

Se eles descobrissem meu apelido não teria mais sossego com o pessoal da nossa companhia nem das outras, dizia.

Do futebol gostava de contar causos deliciosos de outro jogador que atuou com ele em muitos clubes, o “Pacuzinho”, de Monte Carmelo, que bebia muito. Lembro-me de duas.

Uma, na folga do time, o Pacuzinho encheu a cara e ficou até tarde no bar. Para ir pra concentração, tinha um atalho que passava dentro do cemitério da cidade onde jogavam. De madrugada, o Pacuzinho chamou um táxi para levá-lo à concentração. Só que o taxista não sabia do detalhe do atalho. Ela ia orientando o motorista sobre onde morava. Chegou em frente ao cemitério, o Pacuzinho disse:

É aqui que eu moro. Espera ai que vou buscar o dinheiro para pagar a corrida.

Quando o taxista o viu entrando no quebrado do muro do cemitério, ligou o carro e não voltou mais, nem pra receber.

O Perereca contava também que foram a uma cidade inaugurar um estádio. Quando o prefeito foi dar o pontapé inicial, o Pacuzinho entrou de sola.

Ele falou com o atacante:

Que é isso, rapaz, o homem é o prefeito da cidade!

E o Pacuzinho:

Perereca, cê me conhece, sabe que aqui dentro de campo não respeito nem minha mãe.

Assim era o Perereca ou Frazão.

Torcedor do Clube Atlético Mineiro e do Patrocínio Esporte (extinto), Eustáquio Frazão deixou a esposa Rosa Maria Duarte Ramos, os filhos Marco Wendell, Heloísa Helena, Elisângela Cristina, genros, nora, netos, irmãos, sobrinhos e muito amigos, eu entre eles. Saiu do dia a dia dos patrocinenses e entrou para a história da cidade como um de seus protagonistas. Saudades.


Esta cronica integra o livro "O Som da Memória - O retorno" , que será lançado nos próximos dias.


Fotos: Gado - Silvia ; leite - Jörg; porco - Wolfgang Ehrecke. Todos do Pixabay



Líder
. O Município continua sendo um na produção de leite. Na semana passada, o IBGE divulgou a pesquisa, referente à pecuária municipal de 2021. Município por município. Além do leite, Patrocínio se destaca quanto aos suínos. E um pouco também na aquicultura, especificamente na quantidade produzida de tilápia. Já na criação de outros animais é queda vertiginosa. Quase inacreditável.

QUARTO MAIOR DO BRASIL – Tanto na quantidade produzida de leite como no seu valor de produção, Patrocínio mantém o quarto lugar no Brasil. Em 2021, produziu 163.951.000 litros de leite de vaca. Essa espetacular produção também colocou Patrocínio no 2º lugar em Minas. Sim, vice-campeão mineiro do leite. Apenas superada pela produção de Patos de Minas, medida em 206 milhões de litros. Em termos nacionais, dois municípios do Paraná superam a dupla do Alto Paranaíba: Castro (381 milhões de litros) e Carambeí (228 milhões), respectivamente 1º e 2º lugar no País.

O DINHEIRO BRANCO – O leite patrocinense rendeu R$ 350 milhões, ou seja R$ 349.216.000,00. O campeão mineiro (Patos de Minas) arrecadou R$ 442 milhões. O 3º colocado no Estado, o vizinho Coromandel, teve a sua produção leiteira (128 milhões) gerando R$ 288 milhões. Assim, em ordem, Patos de Minas, Patrocínio, Pompéu, Lagoa Formosa e Coromandel dominam o leite mineiro. Com folga.

PRODUÇÃO PATROCINENSE – Nos últimos vinte anos, Patrocínio mais que dobrou a sua produção de leite. Em 2004, era quase 80 milhões de litros, teve o seu ápice em 2019 e 2020 (principalmente), chegando em 2021 com a produção de 164 milhões de litros de leite, com ligeira queda. Entretanto, o valor em reais subiu de R$ 90 milhões (2004) para R$ 350 milhões (2021). Mais de três vezes e meia maior. Registra-se que no ano passado o preço médio do leite teve aumento de 21%.

VACA ORDENHADA: DESTAQUE MENOR – Interessante. Em 2021, havia 26.752 cabeças de vaca ordenhada no Município. Com isso, nesse quesito, Patrocínio cai para o 7º lugar em Minas e 29º no Brasil. Mesmo nessa variável, Patos de Minas continua líder, mas Patrocínio é ultrapassado por Lagoa Formosa, João Pinheiro e cidades de outras regiões mineiras.

BOI E VACA: BOM E POUCO EXPRESSIVO – Em 31º lugar em Minas, o rebanho bovino patrocinense é composto de 109.985 cabeças. Isso corresponde a 25% do município de Prata, líder no número de bovinos em geral (400 mil cabeças).

REBANHO DE PORCOS – Com 165 mil cabeças, Patrocínio tem o 6º maior número de suínos de Minas Gerais. O que é expressivo. Uberlândia, com número quatro vezes mais, é o 1º lugar. Patos de Minas é o 2º lugar com 282 mil cabeças. As outras cidades do Estado que superam Patrocínio são Urucânia, Pará de Minas e Jequeri. Entretanto, o atual rebanho patrocinense é o maior na história municipal. Apenas o que se refere ao ano de 2013 ficou próximo.

MERECE ATENÇÃO – Já o rebanho de matriz suína caiu de 2013 (eram 14.000 cabeças) para 2021 (agora são quase 10.000 cabeças). Ainda assim, Patrocínio encontra-se no 7º lugar em Minas, com 9.900 cabeças de matrizes, segundo o IBGE. Patos de Minas tem o dobro (2º lugar) e o campeoníssimo Uberlândia, quatro vezes mais.

TEM PEIXE, SIM SENHOR! – A quantidade produzida de tilápia, em 2021, no Município atingiu 79 mil quilos. Isso proporcionou o 33º lugar no Estado, que é liderado por Morada Nova de Minas com quase 14 milhões de quilos de tilápia. Na região, apenas Araguari é importante (quase 2 milhões de quilos). A produção patrocinense em 2021 é modesta, porém é significativa em termos de consumo regional. A comercialização consequente correspondeu a R$ 632 mil. De 2017 a 2021, a produção de tilápia em Patrocínio permaneceu no mesmo patamar. Nem aumentou nem diminuiu.

CADÊ OS GALINÁCEOS? – O rebanho galináceo (galinha, galo, frango, peru, perdizes, etc.) patrocinense foi reduzido de 200 mil cabeças em 2012 para só 40 mil em 2021. Galinha, especificamente, caiu de 60 mil para o pífio 20 mil. Ou comeram ave demais ou deixaram a sua reprodução de lado. Algo aconteceu, ainda não explicado.

BURRO E CAVALO SEM PRESTÍGIO – Em 2010, também segundo o IBGE, Patrocínio tinha 5.000 cabeças de rebanho equino (cavalo, égua, jumento e outros similares). Onze anos depois (2021), passou apenas para a metade (2.500 cabeças).

CARNEIRO E BODE: RABEIRAS DA “SÉRIE B” – Patrocínio tem tão somente 132 caprinos (cabras e bode), o que posiciona o Município no distante 150º lugar em Minas. Em 2010, tinha 220 cabeças. Já o número de ovinos (ovelha e carneiro) é “menos pior”. Em 2021, havia 400 cabeças. Contudo, em 2010, existiam sobre o chão patrocinense 1.100 cabeças. Portanto, nem cabra nem ovelha estão bem, quanto à sua atual quantidade no Município.

MAIS “BAQUES” ENTRE OS ANIMAIS – O pequeno rebanho bubalino (búfalos) de Patrocínio caiu pela metade de 2010 para 2021 (de 85 para 40 cabeças). Até mel de abelha caiu pela metade. Ou seja, de 8.000 quilos em 2010 para 4.000 quilos em 2021.

POR FIM – Este é o mais perfeito retrato da pecuária de Patrocínio. E muito recente. O leite é a alegria. Embora sua grandeza indique a necessidade de indústrias lácteas de seu tamanho, de sua pujança. A tristeza fica com a redução de rebanho dos demais animais. Sigamos...

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