ENCANTAMENTOS. FOI ASSIM:

30/09/23 na presença ilustre e sob os olhares atentos de Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade( que fazia 121 aninhos no dia. Poetas são eternas crianças) Ferreira Gullar, Gonçalves Dias, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Adélia Prado... e mais 60.000 outros autores na platéia , ocorreu o lançamento do livro “ Encantamentos Veganos” de autoria de Leila Maria dos Reis.

A noite de encantamentos, portanto se deu na “ Casa dos Autores” ou “ Palácio dos Livros” também conhecida como “Biblioteca Pública Municipal”

Noite mágica. Ninguém me contou. Eu estava lá. Foi assim: Entrei no sagrado recinto, literalmente abraçado com o nosso mentor e mestre Joaquim Machado. Ainda ria de alguma piada dele, quando fomos efusivamente recebidos por Edilamar Arvelos e Débora Gertrudes. As guardiãs dos nossos tesouros literários. Gente, como estas duas sabem fazer as honras daquela casa!.

Logo veio a autora, a dona da noite. Num vestido floral longo, me deu um abraço comprido. E assim foi recepcionando todos. Me pareceu que delirava de felicidade.

E a sempre toda sorriso, Angela Arvelos, apareceu.

Ela nem sabe o quanto, seu alto astral ajuda, pois não consigo olhar pra ela sem me lembrar na hora do Marlenísio Ferreira.

Converso com o Eduardo Cunha, fico sabendo que hoje faz parte SAB- Sociedade Amigos da Biblioteca, e se forma em psicologia. Eis um jovem que bebe na fonte da psicologia, filosofia e poesia…

Quando de repente, ela, bem ali em nossa frente: Secretária Municipal de Cultura, Eliane Nunes. De cara já nota seu bom gosto ao se vestir. Não tem como não reparar em todas as ocasiões. Até na elegância, ela representa muito bem a cultura da nossa cidade. O laranja tom sobre tom, por ela escolhido naquela noite, falava de entusiasmo, alegria e criatividade. Ela honra seu cargo nos detalhes. Vestir-se bem é um deles.

Distribuindo simpatia, quase ninguém percebia que ela usava uma torturante bota ortopédica. Tentou me explicar que entrava apressada na sede da secretaria, quando tropeçou em um relevo e com a queda fraturou o pé. Mesmo com o pé fraturado foi lá encerrar o seminário de cultura. Aliás, não parou por conta do acidente. Não se pode acusa-la de nada, mas que não se dedica ao máximo no cargo, não se pode falar mesmo. Há muitos e muitos pratos na cultura. Haja pique, haja fôlego, haja energia, haja saúde. Mal finda o forte expediente diário, tem longos eventos culturais na noite. Ela é presença viva e atuante em tudo. Não deixa nenhum prato cair.

Lá estava, a solícita , Karina Rubia e sua pequena Maria Luiza( Não deu tempo de ver se tem olhinhos cor de cidra ou pedacinho de topázio) KR, foi a principal responsável pelo evento, ela, com a sua credibilidade, que fez a conexão, a ponte, entre a Secretaria de Cultura em Patrocínio e a Leila, em Uberaba.

Me chega atrasadas, (mas a tempo de rirem de meu desengonçamento na dança. Vergonha alheia), Maria Aparecida Palucci e EliAne Lima. Cidinha, transborda, eslumbra, e transpira cultura. Conversa através das mãos. Fala com o coração. Sua humildade e simpatia é um evento. Eliane Lima você não a encontra sem um projeto em mente. Seja em Teófilo Otone, Patrocínio, São Matheus, Belo Horizonte, Uberaba, ou Patrocinio. Nunca será vista sem uma, tiradinha, ou uma crônica em seu estilo haicai de ser.

O show que a Edilamar e a Débora fazem com teatro de bonecos, vale qualquer ingresso. E foi di grátis. Muito educativo, alusivo, sem perder o humor.

O gentil rapaz de cavanhaquinho que tira os nossos retratos, filma nós, aqui e ali, se não for filho do Joel de Carvalho, é pai dele.

De modo algum o evento não poderia se encerrar sem me dirigir ao Prof. de música do Conservatório, Edson Rodrigues de Sá Júnior. O que foi aquilo!Sua apresentação na Câmara Municipal de Patrocínio, por ocasião do evento “ Mérito Empresarial”, foi impactante, quebrou tudo. Bicho do céu! “Avôhai” de Zé Ramalho e um blues pauleira na gaita, pedem bis. Talento este que precisa ser mais requisitado. Uma coisa ficou confirmada. Patrocínio vive uma safra de músicos com níveis de excelência, né Maria Leite? (Não me lembro o nome da dupla que interpretou “ Amor de Índio” no lançamento do encantamentos. Cantaram e encantaram.

Leila, a protagonista da noite, é chamada para falar. Ela se sente em casa. Amigos novos e antigos estão em circulo em volta dela. A “ Cunhã Potira” é paciente com minha ignorância, com minha falta de evolução.

A casa de Machado de Assis, Carlos Drummond… decorada com mandalas, com quitutes Veganos convidativos sobre as mesas, agora é sua aldeia. Ela da aula. Domina o tema de seu livro. Fala com paixão e compaixão entranhável, sobre a arte culinária vegana. Seu estilo de vida, sem crueldade animal, gera encantamentos, arranca aplausos.

Tinha mais. A Terapeuta e Coach de Desenvolvimento Pessoal, Mirian Menezes, foi chamada. Sabe aquela pessoa que domina o assunto, tanto quanto, a Leila domina o seu.

Um momento de conhecimento, ancestralidade, e busca de harmonia interior… Até que apareceu uma dança chamada de “ Dança Circular”. Vamos entender bem. Ver a Prof. Mirian, bailando com tanta leveza e cadenciados movimentos, é envolvente, espetacular…

Mas aí ela teve a ideia de envolver a turma. Era pra gente dançar igual a ela. Só ouvi o Joaquim Machado , cochichando no meu ouvido: “Eu tô fora”, “também já estou lá na esquina”. Respondi. Alguns deitaram o cabelo.

Mas o pessoal estava de olho colado na gente. Eliane Nunes, saiu mancando, pegou no braço do Quim Machado: “Volta aqui So Joaquim!”. Nem vendo a Eliane com o pé fraturado e o Joaquim com mais de oitenta aceitarem o desafio, eu tentei vazar. Mas aí a Angela Arvelos me garantiu, me bancou, eu fui na valsa. “É fácil” Quando falava pra ir pra direita eu ia pra esquerda. Acho até que pisei no pé Angela algumas vezes, e aqui vai meu pedido de desculpas. Rsrs.




No entanto, a sensação final foi de leveza, empatia, conectividade e comunhão com o grupo.

Enquanto a Bendita, Leila autografa seu livro, o papo familiar foi com o Ilson, esposo da autora, ele, originário também da Artur Botelho, tal qual a Leila e eu, entre uma foto e outra que ele tirava, foi me deixando a par da família. O irmão Luiz dos Reis, o filho Rafael, o filho Caio Silva, a netinha Cecília e Aurora.

Ai, fez a grande revelação da noite: Gael, um curumim está a caminho para ampliar a família.

É, justamente ao Curumim Gael, as últimas palavras desta crônica:
Gael, no dia 30 de Outubro de 2023, abrindo as celebrações da Semana do Livro e as comemorações dos 84 anos do “ Palácio da Literatura” em Patrocínio, Vovó, apresentou seu livro em noite de autógrafos. Ela foi…show! Tenha o maior orgulho dela.



E o olho do seu Vovô, brilhou ao falar de voce no meio do evento. Nos desculpe, por não deixar um mundo dos sonhos pra voce. Deixamos muito a desejar… Olhe, brinque muito, sorria demais, respeite outras vidas, ajude sempre o vivente do seu lado, assuma seu legado de luta. Vovó e Vovô, Papai e Mamãe, lutaram para deixar um Planeta melhor para a sua geração. Não deu mais nada está perdido.

A sua chegada, confirma que Deus ainda acredita na humanidade. Tem caminho novo. O Livro “ Encantamentos Veganos”, é um exemplo e foi considerado, não um mero livro, mas um filho na família. No mais, arrebenta com o mal. Quebra tudo, Curumim, semente do amanhã!


Otaviano Helene, professor sênior, Instituto de Física


Otaviano Augusto Helene – Foto Reprodução /You Tube


P
or causa de seu caráter estratégico e de sua importância na construção do futuro de um país, o ensino é majoritariamente ou quase exclusivamente público em todos os países. Mas no Brasil não é bem assim; na média de todos os níveis educacionais, nosso país está entre os 20% mais privatizados.

Quando examinamos a educação superior em particular, nossa situação se mostra ainda mais extremada: de cada quatro matrículas, três são em instituições privadas, proporção que nos coloca entre os seis países mais privatizados do mundo em um conjunto de cerca de 160 países. É necessário observar que esta situação não está apenas muito distante da média mundial, mas também do que se observa nos países de economia liberal. Por exemplo, nos EUA, a situação é a inversa da nossa: lá, de cada quatro matrículas na educação superior, três são em instituições públicas.

Entre os países com taxas de privatização na educação superior abaixo dos 5% estão Cuba, Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo, Mauritânia, Síria, Tajiquistão e Uzbequistão, mostrando que a forte presença do setor público é uma característica encontrada em países política, cultural, geográfica e economicamente bastante diversos.

Países europeus apresentam taxas de privatização do ensino superior tipicamente abaixo ou muito abaixo daquela dos EUA. Na América do Sul, com exceção do Chile, todos os demais países têm taxas de privatização menores do que a brasileira, sendo o Uruguai, com cerca de 15%, o menos privatizado, segundo dados divulgados pela Unesco.

São Paulo e os demais estados

A privatização na educação superior não é uniforme nos diversos estados brasileiros, tendo São Paulo taxas de privatização bem superior às dos demais estados, qualquer que seja o critério usado para defini-la. Adotando como indicador de privatização a distribuição dos estudantes pelas diferentes instituições, vemos que em São Paulo apenas 15% das matrículas em cursos presenciais estão em instituições públicas, contra 25% na média dos demais estados.

Quando comparamos a oferta de vagas de ingresso na educação superior pública com a quantidade de concluintes do ensino médio, novamente São Paulo destoa, e muito, dos demais estados. Em São Paulo há apenas uma vaga de ingresso em universidade pública para mais do que dez concluintes do ensino médio; nos demais estados essa relação é de uma vaga para cada 3,7 concluintes. Se considerarmos todos os tipos de instituições e de cursos pós-médio, em São Paulo há 5,2 formados para cada vaga contra 3,0 nos demais estados.

É importante observar que essa alta relação entre o número de formados no ensino médio e o número de vagas de ingresso disponíveis no setor público não se deve ao fato de que em São Paulo a taxa de conclusão do ensino médio seria muito mais alta do que nos demais estados, pois a exclusão dos estudantes é muito grande em todo o país. Atualmente, cerca de um terço dos jovens abandona a escola antes de completar o ensino médio, tanto em São Paulo como na média nacional. A diferença da taxa de conclusão em São Paulo e nos demais estados é muito inferior às enormes diferenças entre formados no ensino médio e vagas públicas disponíveis.

Se adotarmos como indicador da privatização as populações dos estados, novamente São Paulo é recordista: por aqui, temos uma matrícula em universidade pública para cada conjunto de mais do que 210 habitantes, relação duas vezes maior do que se observa nos demais estados. Se considerarmos todos os tipos de cursos superiores – faculdades, centros universitários, institutos federais e cursos de curta duração (como os de formação de tecnólogos) – a relação seria de quase 150 habitantes por matrícula em São Paulo em comparação com 93 nos demais estados.

Conclusão

A educação brasileira sempre foi muito ruim, mesmo quando comparada com os países da América do Sul. No quesito alfabetização de adultos (25 anos ou mais), apenas a Guiana apresenta uma taxa inferior à nossa. Nossos indicadores de inclusão na educação superior, incluindo as matrículas nas instituições privadas, estão muito aquém daqueles da Argentina, Chile e Uruguai, colocando-nos no grupo de países com menores taxas de matrículas. Em raríssimos países a privatização atinge a proporção vista no Brasil e talvez em nenhum país ela seja tão alta como no estado de São Paulo.

O fato de São Paulo ter uma taxa de privatização do ensino superior bem maior do que os demais estados mostra que o argumento de que o setor privado atua em complementação ao setor público, dada a insuficiência de recursos deste último, não condiz com o que se observa. Caso isso fosse correto, a privatização seria maior nos demais estados, não naquele com maior renda e geração de impostos per capita. O fato parece ser mais condizente com a hipótese de que onde a população tem maior renda, o estado se ausenta para abrir espaço para o setor privado.

Essa situação paulista e também brasileira é um dos frutos da privatização e do subinvestimento em educação pública no Brasil e no estado de São Paulo e um projeto político, social e ideológico. Ela não é apenas resultado de ações de um ou outro governo, mas é parte de um projeto de longo prazo, construído ao longo de décadas.

Educação é fundamental para a emancipação das pessoas e para o entendimento do mundo, para o crescimento econômico e o desenvolvimento social e cultural de um país, para o enfrentamento das desigualdades econômicas entre pessoas e regiões e para a garantia da soberania nacional. Por essas razões, entre outras também importantes, a educação é basicamente ou quase exclusivamente pública na maioria dos países, e não uma mercadoria cujo acesso dependa do poder aquisitivo e da motivação das pessoas.
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(As opiniões expressas nos artigos publicados no Jornal da USP são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem opiniões do veículo nem posições institucionais da Universidade de São Paulo. Acesse aqui nossos parâmetros editoriais para artigos de opinião.)


HUUM, AS COXINHAS DO BAR APOLO!


Parafraseando Rita Lee, “se Deus quiser, um dia” hei de comer uma coxinha destas fabricada no, BAR APOLO em Araguari. 

Sim, bebo sempre o Café de Patrocínio, já comi Queijos sem contas de Cruzeiro da Fortaleza; degustei Pamonhas de Patos de Minas; me deliciei com o Pão de Queijo de Paracatu, mas a lendária coxinha do Bar Apolo, ainda não.

Obviamente, já estive na “ cidade sorriso” uma pá de vezes, apesar de ser uma das prioridades, não coincidiu do estabelecimento estar aberto. Mas, “se Deus quiser um dia…”

Gostaria que você admirasse comigo essa gente, que arranca o extraordinário do comum. Preparam o simples com tanto amor que não tem mais pra ninguém no universo.



No final dos anos 60 o homem pisava pela primeira vez na lua. Pensava-se grande. Coisas do outro mundo começava a nascer. Em 1971, o “Bar Apolo” abria suas portas ao público. Armstrongamente falando: “ Um pequeno passo para um casal, um grande passo para Araguari” E foi assim. Assim foi:

As Coxinhas do Bar Apolo”, tornou-se lendária, uma marca forte, um patrimônio regional, conhecida mundialmente.  Vai deixando gerações e gerações com água na boca. E segue firme nas mãos de filhos, depois netos, bisnetos e tataranetos…

Inclusive, com bem sucedidas franquias em Uberlândia. ( ocha, poxa e por que ainda não em Patrocínio?) 



Lóoogico que eles não vão contar o pulo do gato pra ninguém, ali aplicado. Mas eu, embora ainda não tenha provado, descobri pelo menos um ingrediente infalível nesse negócio: Amor. Amor no que se faz.

Esse é o sabor que mantém a tradição, a qualidade, a fidelidade tenho certeza: Fez uma coxinha ser A Coxinha no Planeta..

Até lá fico “ comendo com os olhos e lambendo com a testa”, mas “Se Deus quiser, um dia” bem acompanhado, entro neste bar, e, finalmente peço essa, que se tornou, a iguaria dos deuses em nossa região: Coxinha do Bar Apolo - Araguari!

BAR APOLO, COMENTA:

Milton, que alegria ler a sua mensagem! Muito feliz! Te convidamos quando passar por aqui para fazer um lanche no bar conosco e conhecer a fábrica e a minha mãe, Vilma, de 86 anos, quem criou a receita da coxinha. Ela vai adorar te conhecer e teremos imenso prazer em recebê-lo.”

AMIGO SINGULAR


CUSTE O QUE CUSTAR CONTINUE SENDO ASSIM…”

Ele fez aniversário neste 25/ 10. 

Pra uns ele é o JOSÉ REINALDO DA SILVA; pra outros, ele é só ZÉ REINALDO; mas, tem quem o chama de ZEZINHO; eu e uma pequena confraria o chamamos de AMIGO-COMPANHEIRO-IRMÃO.

O JOSÉ REINALDO DA SILVA, é o homem que, por dois mandatos de vereador assinava relevantes projetos na Câmara Municipal de Patrocinio. Chefe de Gabinete dos governos Silas Brasileiro e Betinho. José Reinaldo da Silva, assina correspondências com sugestões , elogios e espinafradas para presidentes, governadores, senadores, deputados e vereadores, que, não andam na linha ou pisam feio na bola.

José Reinaldo da Silva, é também, Mestre de Cerimônia por excelência. Se é pra ser culto, chic, oficial, homem público de presença firme, este é o nome: José Reinaldo da Silva.

Já o ZÉ REINALDO, nasceu na localidade de Santo Antônio do Quebranzol, onde é muito estimado, dono de uma simplicidade cativante. Pacífico, conciliador. Amigo de todos. Zé Reinaldo é Rotariano fiel, católico temente a Deus. Torcedor do time estrelado. Zé Reinaldo é acessível a todos, envia cartão de aniversário manuscrito. O Zé Reinaldo é uma das pessoas mais gentis que conheci. Quando ele é bem atendido em uma repartição/estabelecimento ele faz questão de voltar trazendo, que seja um bombom pra aquela pessoa com um pedido: “ Custe o que custar continue sendo, assim, gentil”

O ZEZINHO é para os íntimos, para a linhagem vasta e nobre dos Silva. Zezinho é esposo da sempre cordial e amável, Katia Crispin Silva; pai das ternas Maria Thereza e Ana Cecília; vovô dos encantadores Manuela e Filipe, ( foto)

Às vezes José Reinaldo da Silva, às veze Zé Reinaldo, às vezes Zezinho, ( Resumindo: cidadão culto e combativo, o político que deixou a vida pública sem por no bolso um centavo de dinheiro público, é José Reinaldo da Silva; popular, simples e gentil, é Zé Reinaldo; afetuoso, doce e familiar, é Zezinho; Amigo… ) reside há 17 anos com a família em Uberlândia, atua com o irmão, José Renato, na Corretora Nacional de Mercadorias – CNM. Uma espécie de “nosso embaixador em Uberlândia” Isto eu garanto. Ele não mora mais em Patrocínio, mas Patrocínio, mora dentro dele, até mais do antes.

O AMIGO-COMPANHEIRO- IRMÃO, este é o nome que uma tertúlia ultra-restrita o chama. Se você tirar uma radiografia do coração dele, lá estou; se tirar do meu aqui, ele está. Há 40 anos. A gente nem se encontra sempre, mas nunca nos separamos. Ele sabe que pode contar comigo; eu sei que posso contar com ele.

Portanto, conheço e não sei quem admiro mais, se o José Reinaldo da Silva, o Zé Reinaldo, o Zezinho, ou meu Amigo- Companheiro- Irmão. Ou seja: Você é um dos seres humanos mais íntegros e completos que já conheci. “ Custe o que custar continue sendo, assim, gentil” Parabéns!

ZÉ REINALDO, COMENTA:

Me fez chora... creia. Sua generosidade, não tem limite. OBRIGADO PELA HOMENAGEM... E QUE HOMENAGEM”


Foto da Praça Matriz, descendo para o Córrego Rangel e ao fundo o local onde estão hoje os bairros Dona Diva, Morada Nova e o Unicerp. Nota-se grande movimento de pessoas e carros de bois. Crédito: Acervo Municipal Patrocíno, MG 

Viagem. A pelo tempo propicia o conhecimento da origem de uma localidade e de sua gente. Enfim, facilita desvendar a interessante e rica história. E se é do Município, do chão patrocinense, que é o 32º emancipado de Minas, a riqueza e o interesse são maiores. Com ajuda da escritora Lindalva Machado Fonseca, autora do livro “Fios Emaranhados”, pode-se abduzir fatos do cotidiano de Patrocínio na sua época de vila, nova cidade e chegada da proclamação da República.

PTC, ATRAÇÃO ECONÔMICA – A vila era o estratégico ponto de todo o comércio naquele tempo (1860-1890). Tropeiros vindo da capital provincial (Ouro Preto) e da capital Imperial (Rio de Janeiro), utilizando a estrada da Picada de Goiás, iam e vinham para e da rica Província de Goiás. O descanso, o pernoite e os negócios tinham lugar certo, nessa maratona: Patrocínio.

POR ISSO, SURGEM OS MACHADOS... – Em 1869, João Machado de Miranda e família (esposa e seis filhos) deixaram o relativo pobre povoado do Espírito Santo de Itapecerica (Divinópolis) para fixar residência neste próspero Município. João Machado, bisavô de Lindalva e avô de Tobias Machado e Theodorico (pai da escritora). E daí, vieram o compositor Paulinho Machado, o poeta maior Massilon Machado, o primeiro pediatra de Patrocínio Dr. Gustavo Machado e mais...



Foto da Igreja Matriz em 1913, ainda com duas torres. Crédito: Acervo Municipal Patrocíno, MG 

PRAÇA DE GENTE IMPORTANTE – O Largo da Matriz (Nossa Senhora do Patrocínio) era o centro socioeconômico de Patrocínio. Na esquina, a casa do líder político Honorato Borges, vereador na monarquia. Do outro lado da Igreja Matriz, o sobrado do Major Marciano Pires. Praticamente com a mesma idade de Honorato Borges, comerciante e prefeito (agente executivo). Esse sobrado era uma magistral residência com rouparia e itens trazidos pelo próprio Marciano, quando de sua viagem à Europa (± 1880). Ainda próximo à igreja Matriz com duas torres, o sobradão do Coronel Rabelo. Até a Proclamação, a melhor casa de Patrocínio, que era uma nova cidade (desde 1874). Esse casarão ficava onde é hoje o Colégio Belaar, conforme a mais antiga foto de PTC., guardada na Biblioteca Nacional (divulgada nesse espaço, em 2020).

CAPELA DE SANTA LUZIA, COMEÇO DE UMA ESTRADA! – Até a chegada da República, a igrejinha era num campo cheio de gabirobas. E um Largo caminho de boiadeiro ligava a capela à região da Serra do Cruzeiro (hoje, Av. Rui Barbosa). Por lá, passavam as boiadas vindas de Goiás, rumo ao norte e sul do Império, além de Ouro Preto e Rio de Janeiro. As tropas descansavam à beira do Córrego (ou corgo) Rangel, pouco abaixo da capela (onde é hoje a região da Morada Nova).

DUAS IGREJAS PRÓXIMAS: QUAL A RAZÃO? – Na região onde é hoje o Instituto Bíblico situava a igreja do Rosário, dedicada à Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos escravos no Brasil. Nessa época, ainda não tinha sido abolida a escravatura. Patrocínio, por ser um dos maiores e mais antigos municípios, e, por dedicar-se à agricultura, era um dos expressivos redutos de escravos, em Minas. Não distante, estava a igreja de Santa Rita (Largo do Rosário, hoje Praça Honorato Borges). Essa frequentada mais pelas pessoas livres. Próximo à igreja do Rosário, no grande largo (não existia o Grupo Escolar), encontravam-se a Câmara Municipal, a cadeia pública e o fórum. Esse era o local de despachos do famoso juiz Eloy Ottoni.

PADRE, HOTEL, FARMÁCIA... – O vigário paroquial era o padre Modesto Marques Ferreira (1868-1900). Teve filhos, residia numa chácara onde é hoje a Av. João Alves do Nascimento, no bairro São Vicente. Foi sepultado no segundo cemitério da história patrocinense, no bairro São Vicente, área do Asilo, inaugurado em 1862. Lá estavam sepultados também os arqui-inimigos juiz Ottoni e o Cel. Rabelo. No Largo da Matriz, também se destacava o Hotel Globo, do italiano Adolfo Pieruccetti (situava-se na pista da hoje Rua Presidente Vargas). Adolfo Pieruccetti é o pai das celebridades patrocinenses Oswaldo Pieruccetti e Carlos Pieruccetti. Ainda nessa decantada região da igreja N. S. do Patrocínio havia a farmácia de Casimiro Santos (cinco portas), um pioneiro farmacêutico patrocinense (1855-1940). Foi fazendeiro inovador também.

CONFUSÃO POLÍTICA TEVE ORIGEM NO ADVENTO REPUBLICANO – No Império quem era do Partido Conservador, sempre fora. Tal como o intelectual patrocinense Francisco Alves de Souza (1853). Quem era do Partido Liberal, idem. Mas... a família Ottoni era Liberal Republicana. Como o juiz Ottoni, em Patrocínio. O líder político Cel. Rabelo era um liberal monarquista. Nesse clima, ocorreu o embate Rabelo versus Ottoni. Que culminou com o assassinato do juiz, pelo filho do lendário Índio Afonso, em 1889, véspera da Proclamação.

HAVIA “SERENATA” E SERESTA – Grandes músicos da vida patrocinense participaram de movimentos musicais, nessa época. Mestre Olímpio ou Prof. Olímpio Carlos dos Santos, músico, ator, carnavalesco e professor. Quintiliano Alves fundou uma das históricas bandas de música (a segunda de PTC). Zequinha Silvestre, músico, amante de bandas de música. Esses três e mais gente importante da cidade, como o folclórico Patico Machado, formavam os seresteiros de Patrocínio.

PROFESSORES DE ENTÃO... – Francisco de Paula Arantes, ou só Paula Arantes, ex-seminarista, foi professor nomeado pelo governo imperial. Ensinou diversas gerações de patrocinenses, a partir de 1850. Os seus pais eram de Portugal. Foi também Procurador de Menores (tipo defensor). Mademoiselle Haydée, francesa, bonita, moderna, solteira, veio para Patrocínio, devido ser “bons ares” para a sua saúde. No começo, as mães resistiram para tê-la como professora de seus filhos. Porém, Dr. Ottoni (juiz) mandou os seus dois filhos, para aprenderem francês com Mademoiselle. Isso “quebrou” a resistência à educada e educadora francesa.


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