Se eu disser, Helena Alves Pires Nunes, poucas pessoas vão conhecer, mas se disser: “LENINHA DA CASA DA CULTURA”, quero ver quem não a conhece.

Leninha, através de um belíssimo texto, acaba de anunciar a sua merecida aposentadoria.


Foram 33 anos e 8 meses de dedicação, dos quais, 30 somente à nossa cultura e arte.

Quantos governos passaram pelo município, quantos secretários de cultura, passaram, quantas diretorias do museu prof. Hugo Machado da Silveira, passaram, quantos conselhos culturais, passaram, Leninha, porém, se manteve firme no seu posto de colaboradora guardiã do nosso Relicário Histórico, Cultural, Arquitetônico e Artístico.

Para quem não sabe, Cultura é a pasta de menor dotação orçamentária, é a que mais se cobra resultados, colaboradores do setor cultural são os que mais trabalham e os que menos são reconhecidos.

Leninha foi uma gestora cultural, muito presente e responsável.

Servidores Públicos desta estirpe, com esta folha de serviço, não deveriam se aposentar, pois como se há de substituí-los?


Se de um lado, esse quê de tristeza, esse sentimento de perda; do outro, essa satisfação íntima de ver alguém cumprir com tanta dignidade a sua missão.

Helena, a Nação Patrocinense tem um recado especial pra voce:

Gratidão, por tudo, Leninha!

Agora se dedique mais à sua família, cultive flores, tome sorvete na praça, conte estrelas por aí, pise descalço em várias praias, tome café da tarde com amigos, exalte nossa cultura onde estiver, pois será sempre a nossa “Leninha da Casa da Cultura”

 

LENINHA AGRADECE:

"Quanta alegria em ser lembrada, de maneira tão sensível e honrosa por você, Milton, esse profissional de tamanha credibilidade e competência da imprensa local e tão digno representante da arte literária patrocinense. Palavras tão gratificantes que, nesse momento especial de minha vida, me emocionaram muito, pois não há reconhecimento mais valioso do que aquele que parte de pessoas que valorizam a arte e a cultura de nossa cidade e exaltam o trabalho daqueles que as promovem. Toda minha gratidão! Saiba que gestos como este fazem tudo valer muito a pena, numa trajetória em que, por opção, sempre estive atrás das cortinas de tantos espetáculos ou na organização dos grandes eventos culturais, me apropriando da alegria daqueles que, de alguma forma, colaborei para que tivessem espaço de mostrar seu talento e sua arte. Muito honrada, sem dúvida!!?"

AMIGOS COMENTAM:

ELIANE NUNES:

"Gratidão a você Milton Magalhães,  a Helena merece todo reconhecimento de uma vida dedicada à cultura Patrocinense... A ela, a nossa (de todos grupos culturais, artistas e funcionários) eterna gratidão, amizade e carinho..."

SEBASTIÃO SALVINO NASCIMENTO:

"Parabéns! Pessoa admirável sob todos os aspectos".

ELIANE LIMA:

"Muito obrigada, pelo seu carinho e atenção, sempre que precisei de você, Helena. Pessoa fina, elegante e sincera... Como cantou o poeta. Aproveite bastante essa nova fase de sua vida. Grande abraço!"

GILCA FERRAZ: 

"Parabéns Helena! Aposentadoria justa e merecida! O tempo passa rápido. Foi minha aluna exemplar no Colégio Berlaar…"

 LEILA MARIA DOS REIS:

"Ahhhh, que lindeza ! Quanta saudades dessa menina !"

MARIA DAS GRAÇAS ANCELMO:

"Parabéns,Helena! Mil felicidades! SAÚDE E PAZ!"




Geralmente as pessoas olham meio de soslaio (disfarçadamente) e até com indiferença para os idosos. O preconceito contra os idosos, chamado de “etarismo”, ainda é um mal muito latente nos dias de hoje. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), ele vem de estereótipos que fazem parte da construção da sociedade, os preconceitos referem-se à saúde, a capacidade e empenho, idade, fragilidade entre outros.

De acordo com a mesma SBGG, algumas crenças fortalecem esses preconceitos já que versam sobre premissas que não são verdadeiras como: os idosos não podem trabalhar; as pessoas mais velhas são todas iguais, possuem saúde debilitada; os idosos são frágeis; não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir, e são um ônus econômico para a sociedade. Alguns desses juízos evidenciam uma discriminação a priori por parte da sociedade em relação aos idosos. Nesse sentido, a luta contra o preconceito é diária e precisa ser feita.

E pode ter algo mais positivo que quando um senhor de 81 anos mostra que qualquer pessoa de qualquer idade é capaz? Inclusive de influenciar novas gerações, levá-las ao delírio, êxtase com sua atividade? Pois é, não só é possível, como acontece com os shows de Paul McCartney.

Já passei dos 60 há algum tempo, portanto, já sou idoso e ainda sou ativo em tudo o que fazia aos 30, 40. Claro, com alguma limitação (não jogo mais futebol, por exemplo), me senti renovado, ao assistir nesta quinta, 30 de novembro de 2023, ao “Got Back Tour”, novo show do ex-Beatle, Paul McCartney, em Brasília.

Foi o melhor show que assisti na vida. O cara (Paul Mccartney) tem 81 anos e, que energia. Cantou por 3 horas sem parar os grandes sucessos dele, dos Beatles e ficou muita coisa ainda. E a quantidade de jovens cantando e participando, aplaudindo.

Quantas pessoas, como eu (idosas), ali, no meio daquela “festa de gerações” na mesma vibe (para usar uma palavra da moda, que significa vibração, diminuição da palavra inglesa “vibration”, gíria utilizada de maneira informal, geralmente por jovens e adolescentes).

Espetacular, fiquei extasiado; e convencido de que a minha geração – um pouco abaixo da de Paul McCartney – ainda pode muito, não só fazer, como influenciar os novos. Sim, porque tem uma geração que está chegando com valores de respeito às diferenças, inclusive de idade, diferente e mudando para melhor. Vejo isso pelos meus netos. Seus preconceitos são bem menores que os das gerações anteriores.

Naquele show pude ver filhos e pais (como o c/aso de uma mãe que saiu Acre e encontrou com a filha de Natal, RN, em Brasília, especialmente para o show e conversamos na fila por bons 90 minutos), um gaúcho com a esposa e o filho de uns 17 anos que ficaram ao nosso lado no estádio Mané Garrincha, onde ocorreu o show; avôs e netos (faço alusão ao meu caso, com o neto Luiz Felipe, de 19 anos e eu); e casais de todas as idades, jovens e idosos, mostrando sua satisfação e cantando toda o repertório durante o espetáculo .


E o show?

Espetacular! Sensacional! Um sucesso, como poderíamos esperar do gênio Paul McCartney.

Não vou dar spoiler – outra palavra da moda, que vem de “spoil”, que significa “estragar”, algo que prejudique a experiência de outra pessoa consumindo um show, filme, etc -, mas vamos alguns aspectos fantásticos desse espetáculo:

Abertura. O show começa com o video retratando todas as fases da vida de Paul, começando na infância e tendo auge na “aventura” chamada Beatles. Quando Paul McCartney e banda entram no palco, a vibração e emoção toma conta do público. Da banda, o mais simpático é o baterista Abe Laboriel Jr, que tem uma participação especial (não vou contar para não estragar a surpresa de quem vai assistir).

Repertório – Primeiro é preciso dizer que Paul foi muito simpático ao tentar se comunicar com o público em português, explicando as músicas, destacando amizade com John Lennon e George Harrison (os ex-Beatles que já morreram). A música que abre o show é Can’t By Me Love love, depois vem a sequência de sucessos com destaque para Jet, Hey Jude, Let It Be, Let In, Black Bird, Ob-la-di-ob-la-da e fecha o show com Golden Slumbers. Mas, o grande destaque fica para o show pirotécnico e de efeitos em Live and Let Die, música do filme “OO7 Viva ou Deixe Morrer”.

Momentos mais emocionantes foram a homenagem a George Harrison, que Paul chama de “irmão”; e John Lennon, com quem Paul divide o telão em “I’ve got a feeling”.

Tá certo que os Beatles marcaram profundamente minha infância e juventude e continuam a marcar. E ver um show de Paul McCartney é como ver os Beatles ao vivo. Enfim, não sei se é coisa de fã babão, mas queria dizer obrigado ao Paul McCartney por me proporcionar um momento tão especial.




Ah, e só pra lembrar sobre etarismo, recorrendo mais uma vez à SBGG: "uma das formas mais adequadas de combater o etarismo é disseminar informações pertinentes ao tema, a fim de oportunizar que a população de maneira geral tenha conhecimento sobre a velhice".


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  • O Cruzeiro se matando em campo para evitar o rebaixamento, e o Ronaldoducho passeando em Dubai. Alguém perguntou a ele se não estava preocupado com a situação do Cruzeiro, e ele respondeu: “Cruzeiro? O que é isso?”
  • O nível das transmissões esportivas da grande mídia, principalmente dos canais da ex-poderosa, nunca esteve tão próximo do chão como atualmente. Um fato que já se tornou rotineiro é, quando a partida chega aos 45 minutos e o repórter informa “mais três minutos”. O narrador, em questão de segundos, diz “vamos a 48 minutos”. Ele não acha que o telespectador é analfabeto a ponto de não saber fazer essa soma. Tem certeza. Às vezes eu, que tenho um pouco de instrução, espero o narrador me informar que 45 + 3= 48. E os comentaristas (???) Roger Flores e Ricardinho que dizem que o meio de campo de determinada equipe “róba” a bola com facilidade. Será que na emissora em que trabalham não há alguém que tenha ensino médio para ensinar-lhes que a terceira pessoa do singular do presente do verbo “roubar” é “rouba”? E o comentarista de arbitragem que informa que a falta foi marcada porque o ataque era “promissor”. Eu tinha vontade de pedir a esse cidadão um sinônimo desse adjetivo que já se tornou surrado nas transmissões. Resolvi, há um bom tempo, ver o jogo sem o áudio.  
  • Vejo, sem exceção, em panificadoras e supermercados propaganda de “mussarela”. Algum problema? Sim, pois em nenhum dicionário da língua portuguesa se encontra essa grafia com “ss”. Quem duvidar que procure. Para ninguém achar que sou um chato, pesquise por “muçarela”, então achará a forma correta. Os gramáticos dizem que se trata de um fenômeno da “contaminação”. Se o comerciante lê a grafia incorreta aonde quer que vá, será induzido ao erro.
  • Já se tornou rotina os narradores dizerem que determinada equipe é uma das camisas “mais pesadas” do futebol brasileiro. Além da responsabilidade de vencer o oponente, imagino o jogador usando uma camisa pesada como chumbo. kkkkk
  • Gostaria de saber de onde partiu a determinação de se executar o Hino Nacional antes das partidas. Se meu prezado leitor prestar atenção, verá que, enquanto se ouve o hino, jogadores saltitam, fazem alongamento, mascam chiclete, etc. Respeito que é bom, nada.

 



ESPECIALISTA EM LÍNGUAS PORTUGUESA E INGLESA

  • Segundo os grandes gramáticos brasileiros, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. Por exemplo, ninguém pode aceitar “sal” escrita “çáu”. É muito comum acontecerem transgressões da norma culta no dia a dia. Quem diz, numa conversa de botequim, “ninguém viu ela no salão”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. Vejamos algumas dicas para separar o que é transgressão daquilo que determinam as gramáticas.

    Uso coloquial: Ninguém deixou ele falar.

    Norma culta: Ninguém o deixou falar.

    Uso coloquial: O governador chegará em Patrocínio...

    Norma culta: O governador chegará a Patrocínio...

    Uso coloquial: 15:30 hs.

    Norma culta: 15h30min

    Uso coloquial: Se você ver o diretor...

    Norma culta: Se você vir o diretor...

    Uso coloquial: Se você vir ao colégio...

    Norma culta: Se você vier ao colégio...

    Uso coloquial: Tinha menas gente na reunião.

    Norma culta: Havia menos gente na reunião.

    Uso coloquial: Não assisti o jogo.

    Norma culta: Não assisti ao jogo.

    Uso coloquial: Esta é a bebida que eu mais gosto.

    Norma culta: Esta é a bebida de que eu mais gosto.

    Uso coloquial: Vou estar transferindo a ligação.

    Norma culta: Vou transferir a ligação.

    Uso coloquial: Obrigado(a) eu.

    Norma culta: Obrigado(a).

    Uso coloquial: Foi descontado uma porcentagem...

    Norma culta: Foi descontada uma porcentagem...

    Uso coloquial: Haverão novas reuniões.

    Norma culta: Haverá novas reuniões.

    Uso coloquial: Ele saiu há duas horas atrás.

    Norma culta: Ele saiu há duas horas / Ele saiu duas horas atrás.

    Uso coloquial: Ele róba a bola com facilidade.

    Norma culta: Ele rouba a bola com facilidade.

    Uso coloquial: O orçamento será melhor analisado.

    Norma culta: O orçamento será mais bem analisado.




Avaliação. As administrações municipais são avaliadas em termos políticos (pelo voto), prestação de contas (pelo Tribunal de Contas e Câmara Municipal), e, eficiência fiscal (pelas declarações oficiais das prefeituras para a Secretaria do Tesouro Nacional). Todos os anos, a FIRJAN pública o IFGF (Índice FIRJAN de Gestão Fiscal) de cada município brasileiro. Com informações oficiais. Agora, foi publicado o IFGF de 2023, com dados de 2022. Nele, Patrocínio é considerado de “
boa gestão”. Entre os quatro indicadores que compõem o IFGF, Patrocínio se encontra muito bem em dois, tolerável em um e péssimo no quarto indicador. O ranking oficial e o desempenho patrocinense em cada indicador demonstram isso.

O IFGF – Em 2022, o de Patrocínio chegou a 0,6923. Isso significa, no conceito da FIRJAN, “Boa Gestão”. Ou seja, entre os índices 0,6 a 0,8 a classificação é assim. Mas, quando se observa o ranking de Minas Gerais, há centenas de municípios mineiros à frente. Pois, Patrocínio ocupa o indesejável 440º lugar. É bom dizer que o IFGF não mostra progresso, desenvolvimento, tamanho ou beleza de qualquer município. Por exemplo, cinco municípios mineiros de melhor IFGF são Bonfinópolis de Minas, Brumadinho, Indianópolis, Lagoa Santa e Monte Alegre de Minas.

O MELHOR ANO E O PIOR – Nos anos de 2013, 2014 e 2015 foram anos tenebrosos de Patrocínio, quanto ao IFGF. A derrota maior foi em 2015, quando o IFGF atingiu apenas 0,3968. Essa faixa é considerada “
Crítica” pelos analistas técnicos da FIRJAN. O melhor do ano do período 2013-2022 foi 2020, época que o IFGF atingiu 0,8354. Essa pontuação é classificada como “Excelência” (não confundir com a tal “excelência”, tanto mal dita pelos políticos). De 2020 para 2021 e agora, sobretudo, 2022, a curva volta a decrescer um pouco. É necessário retornar ao desempenho anterior. Porque o IFGF é bem visto pelos empreendedores, gestores e pela inteligência de plantão.

COMO É FORMADO O IFGF – Esse Índice FIRJAN de Gestão Fiscal é o resultado da combinação de quatro grandes indicadores. “
Autonomia” (município ter capacidade de sustentar a estrutura da Prefeitura e Câmara), “Gastos com Pessoal” (município tem que gastar menos de 54% da Receita com Folha do funcionalismo), “Liquidez” (recursos em caixa para cobrir as despesas, sem cheque especial), e, “Investimentos” (recursos para materiais básicos em Escolas, Unidades de Saúde e investimento em geral).

“AUTONOMIA”: ECONOMIA SUSTENTA A ADMINISTRAÇÃO – As receitas municipais originadas na atividade econômica patrocinense, tais como ICMS, ISQN, IPTU e CFEM (fosfato) sustentam os custos para manter a Câmara Municipal e toda estrutura administrativa da Prefeitura. Tanto é que o índice desse indicador do IFGF (Autonomia) é 0,7389 em 2022. Em 2018 e 2019 chegou a atingir o máximo. Ou seja, índice igual a 1,00. Trocando em miúdos, Patrocínio tem “
Boa Gestão” na Autonomia.

“GASTOS COM PESSOAL” – Esse indicador demonstra o quanto o Município desembolsa para o pagamento da folha dos servidores tirando da Receita Corrente Líquida – RCL (arrecadação menos transferências). O teto máximo para a despesa com Pessoal é 54% da RCL. Como em 2021 e 2022 Patrocínio alcançou o patamar superior, o índice foi igual a 1,00.

“INVESTIMENTOS” – Esse indicador mostra a parcela da Receita Total Municipal destinada aos investimentos. Em 2022, a situação de Patrocínio está ruim. Ou seja, “
Crítica”. Pois, foi 0,3801. Aliás, apenas em 2020 foi considerada sofrível. Isso desde 2013. Ano a ano eternizou-se no vermelho, quer dizer, na situação “Crítica”.

“LIQUIDEZ” – O quarto e último grande indicador apresenta a relação de Restos a Pagar (expressão da dívida municipal para o ano seguinte) e dos recursos em Caixa para pagá-los (também no ano seguinte). Patrocínio permaneceu no andar de cima de 2018 a 2021, com o índice igual a 1,00. Porém, em 2022 caiu assustadoramente para 0,6202. Isso posicionou o Município na “
rabeira mineira”, 753º lugar.

RESUMO – Patrocínio encontra-se em nível bom em alguns aspectos. Em outros, não. A média de tudo é o IFGF. Esse está com nota 6,2. Portanto, necessita melhorar. Dá para viver nele, dá. Contudo, não é o ideal. O contexto fiscal (tributos versus administração) indica atenção, pelo menos, no momento.

O QUE É FIRJAN – É a poderosa Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Com frequência, ela publica diversos trabalhos técnicos, como pesquisas e estudos socioeconômicos. Seja do Estado do Rio de Janeiro, seja do Brasil. O IFGF é um deles. Além, a FIRJAN publica também outros índices. Por isso, todos os municípios brasileiros dispõem de parâmetros para o equilíbrio de suas contas públicas. Daí, convém qualquer município observar o que a FIRJAN publica.


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