Logo eu que corro de políticos ( populistas) feito o diabo da cruz, tenho de confessar aqui uma coisa, fiquei impactado com essa foto. O Prefeito da vizinha Uberlândia, Odelmo Leão, recebe em seu gabinete, Arlindo Porto, ex- prefeito da vizinha Patos de Minas.
Queria a honra de estar solenemente num cantinho dessa sala. Dois homens públicos honrados, experientes, vencedores, com vastas biografias e marcantes conquistas frente a frente na informalidade.
Leão- uma fera por Uberlândia. (Nascido em Uberaba) Quatro mandato de prefeito. Cinco mandatos de deputado federal; Duas vezes Secretário de Estado da Agricultura de Minas Gerais.
Arlindo- Porto Seguro de Patos de Minas. Prefeito com 97% de aprovação popular; Senador; Vice- Governador de Minas e Ministro da Agricultura é muitos outros honrosos cargos.
“ Porto Seguro de Patos de Minas” por que Arlindo, com sua ética de homem público e seu tino administrativo foi a “pedra de canto’ na história de Patos de Minas. Elevou a capital do milho para um novo patamar nacional.
Um testemunho pessoal. Nos idos de 80/90 nossa região ostentava uma legião de prefeitos líderes promissores, tanto que muitos deles fizeram carreiras políticas no estado e no país, dentre os que, e de bom alvitre citar Ajalmar José da Silva( Monte Carmelo); Silas Brasileiro( Patrocínio); Ajax Barcelos ( Carmo do Paranaiba) e ele, Arlindo Porto.
Estavam sempre em Patrocínio, principalmente nas reuniões da AMAPAR. Nunca me esqueço numa destas reuniões, eu, então, um jovenzinho representando o Jornal de Patrocínio, tive a audácia de puxar o paletó do prefeito de Patos no meio do tumulto. Ele se virou e abaixou para me ouvir. Eu tremia igual uma vara verde, anotando sua fala numa folha de papel. Ele esquecia todos no recinto e ditava pausadamente sua resposta com a maior paciência. Pensei “ Esse homem vai longe” Dito feito…
Odelmo e Arlindo, (faltou Silas, outra figura política solar em nossa região)
Encontro inspirativo, celebrando amizade e admiração mútua entre dois homens públicos de alta estirpe. Essa consideração e respeito são matérias-primas da sã política.
Eu, que Amo Patrocínio, tenho o maior carinho por Uberlândia (a propósito, Parabéns, pelos 135 anos) e tenho grande respeito por Patos de Minas, reafirmo: E eu que não “ amasso barro” em gabinete de políticos, nesse incrível encontro, gostaria de ter sido pelo menos um humilde vaso decorativo na sala.
Sagrado. Não há dúvida, sobre o nome da pessoa mais pura, mais fraternal, mais abençoada, da história patrocinense. Viveu na cidade. Participou da fundação da escola mais emblemática de Patrocínio. Realizou fatos incapazes e inacessíveis para o ser humano normal. Promoveu a saúde. Distribuiu o que é a paz. Padre Eustáquio é o nome desse excelso personagem, sempre presente na vida das felizes cidades que o acolheu. Patrocínio, Romaria, Poá-SP, Ibiá, Belo Horizonte e em outras, cuja a sua permanência foi menor. Dia 30 de agosto é o dia escolhido para louvá-lo. Há 80 anos, nesse dia (30), falecia na capital mineira. E é lá que ocorrem as maiores manifestações de fé. Participam desse grande movimento religioso treze holandeses, conterrâneos do Beato Eustáquio. Vieram da Europa. Estiveram em Patrocínio.
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Jan e Will, sobrinhos de Pe. Eustáquio, na Holanda. Fotos: divulgação
1941: Multidão em frente à Igreja de Santa Luzia, onde estava Pe. Eustáquio.
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COISAS ‘QUE PEGA BEM’ SABER
Foto montagem: site Coração do Cerrado
Incrível. Fantástico. Extraordinário. Assim, era o nome de um programa de rádio (Tupi-RJ) nos anos dourados. Narrava fatos singulares e raros do cotidiano. A história da constituição e formação da região do Triângulo Mineiro, englobando o Alto Paranaíba, tem registros de acontecimentos similares. Fatos mirabolantes que desafiam o conhecimento atual. Se não estivessem em livros, registros históricos e narrados por autores de credibilidade, não passariam de lenda. O Triângulo quis ser país? O Triângulo desejou ser estado ou província? Dona Beja seria a responsável pela incorporação do Triângulo a Minas (antes, era território goiano)? Onde se localizavam as lideranças desses movimentos? Qual a importância de Patrocínio nesse contexto do Império?
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Conhece (oxi), que pergunta, claro que yes, né? o Filme “Cantando na Chuva". Lembra-se da cena antológica (que anta, lógico que se lembra) em que um ator com o nome de mulher, (Gene Kelly) recebe um beijinho de sua darling, dispensa o táxi, fecha o guarda-chuva, sai chutando poça d’ água, cantando e dançando na chuva. Trepa no poste, rodopia, sapateia no meio da rua, explodindo de felicidade. Só sossega o rabo quando chega um guarda. Ainda olha para o guarda como quem diz: “ vai me prender por ser feliz?”
Não há no mundo quem não tenha a trilha sonora na cabeça.
Este filme já completou 71 anos e nunca saiu de cartaz. Por que? Porque chuva sugere alegria, pede dança.
Tem uma cena que não sai de minha memória. Lá na localidade de Barra do Salitre, onde nasci, quando ocorria as primeiras chuvas, os bezerrinhos de meu avô na invernada do açude iam á loucura. Pulando e berrando pra lá e pra cá com o rabinho nas costas.
Baixava um "singin'in the rain" nos bichinhos que dava gosto ver a cena.
Eu que nasci com a alma dançarina, (só a alma, tá, meu corpo perde para uma alavanca) a exemplo deles, também saio dançando ao meu modo, quando chove. Vendo as gotas cairem do céu, sinto um ballet de Bolshoi atuando dentro do meu coração. Contentamento divinal.
"Deus visita a terra e a refresca." Diz o salmista Davi.
A chuva — sobretudo as primeiras — depois de um longo e tenebroso inverno - mexe com todos os nossos sentidos. Visão, audição, tato, mas também o olfato.
Falo de PETRICHOR.
Se você já sabe o significado, me desculpe. Se não sabe lá vai:
É o aroma da chuva na terra seca, ou o perfume da poeira após a chuva. A palavra é construída a partir do grego, petros, que significa 'pedra' + ichor, o fluido que flui nas veias dos deuses na mitologia grega. É definido como "o perfume distintivo que acompanha a primeira chuva após um longo e seco período de calor". O termo foi cunhado em 1964 por dois pesquisadores australianos, Bear e Thomas, para um artigo na revista Nature.
Gosto não se discute. Cheiro também, não. Há um tempo , ouvindo uma entrevista com As Galvão, ouvi a Marilene,( que lamentavelmente, faleceu com Alzheimer)
Dizia ela que adorava cheiro de cocô de vaca. Pensei: “ eca! como pode!”
Por incrível que pareça, um colega meu dizia exatamente isto. E seguiu seu plano de vida, se tornou fazendeiro. Um dia fui visita-lo, encontrei- o no meio do gado no curral. Pensa num homem feliz. Cheiro ajuda a realizar sonhos.
Cheiro faz viajar no tempo. Uma pesquisa concluiu que o cheiro é um gatilho mais poderoso para a lembrança de memórias do que visão e audição. Para se ter uma ideia as pessoas guardam memórias de 35% dos odores que sentem, 5% do que vêem, 2% do que ouvem, e 1% do que tocam.
Quem nunca lembrou de uma pessoa, situação, ou lugar, ao sentir um perfume? O cheiro do café da mamãe; o cheiro do pão de queijo da vovó. O suor do papai depois do trabalho; o cheiro de livro novo. Cheirinho de nenêm. O cheiro de roupa limpa; cheiro de vinho tinto; o cheiro de incenso. Cheiro de poeira; o cheiro de dama da noite; o cheiro de chiclete de tuti fruti no Cine Patrocínio…
Sabia que até as cidades também tem os seus cheiros característicos?
Quando chove, nossa Patrocínio tem um cheiro de...de não sei explicar... só dela.
Pretrichor: Saudade do cheiro de chuva.