Patrocínio, ano: 1962: Igreja de Santa Luzia e gruta de N.S. do Patrocínio, na praça Matriz 
Fotos: acervo Rede Hoje


Outrora. Patrocínio era assim. Já foi assim. Há 58 anos parece que foi ontem. Um pouco da cidade em 1965 é um afável conhecimento. O Município com 33.000 habitantes. A prefeitura comandada pela dupla do PSD, Mário Alves do Nascimento e Dr. Amir Amaral. E a Câmara Municipal sob a presidência do advogado Hélio Furtado de Oliveira. Prefeitura e Câmara no casarão da Praça da Matriz (praça Monsenhor Thiago). Nessa bela edificação, que lá está, aconteciam fatos incríveis, fantásticos e extraordinários para a atualidade. Vereadores não eram remunerados, prefeito e vice-prefeito (eleitos separadamente; não havia “chapas”) tiravam recursos do bolso para ajudar a Prefeitura pagar as suas contas. E mais, os vinte maiores sucessos musicais de 1965. A colunista de rádio e música Terezinha França fazia sucesso. Lances do CAP naquele ano. Cenas do comércio, sobretudo no Natal.

DISCOS DO MOMENTO – No bom “Jornal do Comércio” (editado por Leonardo Caldeira, tendo como redator Dr. Vicente Arantes), a bonita jovem Terezinha França, em sua coluna sobre rádio e discos, anunciava os lançamentos musicais (discos em LP, 78 rotações) de Bob Sollo, Alain Barriére e Nico Fidenco. Orquestra de Billy Vaughn, Os Velhinhos Transviados e o menino-cantor Joselito (cantando Granada e La Paloma) também eram destaques na Joalheria França (Praça Honorato Borges, ao lado do Cine Rosário).

CIDADE VERDE E TEMPERADA – O “Jornal do Comércio” (18/7/1965) em seu editorial assim expressou: ... “cidade progressista, bem iluminada, quase toda calçada, e, para maior beleza, arborizada em todos os setores, desde a Praça da Matriz até o Alto da Estação (ferroviária) ”... “Tem também a Churrascaria Alvorada (Rua Pres. Vargas), Associação dos Bancários e Funcionários (ex-Clube Itamaraty, Praça Santa Luzia), CAP no melhor estádio da região (Júlio Aguiar), Estância Serra Negra e o seu Hotel, usados por turistas de todo o Brasil, e, grandes noitadas com o moderníssimo conjunto Magnatas do Ritmo”.

CAP CAMPEÃO EM PATOS DE MINAS – O alvinegro patrocinense (ainda não era grená) era a coqueluche. CAP venceu o Mamoré, Tupi e URT, num quadrangular. Na final, numa “melhor de três” de CAP e URT, o placar mostrou 2 a 2 (em Patos de Minas), 3x1 no Júlio Aguiar e vitória de 4x2 (novamente, em Patos). O histórico (e quase ninguém sabe), no primeiro jogo do torneio, o CAP (chamado de Atlético) derrotou o Tupi por 2 a 0, mas no segundo tempo os 22 jogadores (todos) foram expulsos. CAP do tempo de Luiz Silva (zagueiro), Edward (o craque), Gulinha, Paturé, Ninico (grande goleiro), Anedino e Sabino.


Patrocínio, rodoviária e Correios, ano: 1962.

RÁDIO – Intercâmbio entre Patrocínio e Patos nos microfones. Assis Filho passou, em 1965, a ser o narrador principal da Difusora e Clube, ao mesmo tempo. Edson Pinheiro (patense) e Leonardo Caldeira comentavam nas duas maiores emissoras do Alto Paranaíba. Em julho, o clássico CAPxURT deixou de ser transmitido pelas duas rádios, por falta de energia elétrica da Cemig. Informações da coluna de Terezinha França, que também divulgou que Joaquim França (o seu pai) e Plínio Alves (gerente da Joalheria) solicitaram à CBS (gravadora) mais discos (em vinil) de Roberto, Erasmo e Wanderléia. A procura pelos sucessos da Jovem Guarda era intensa. Os discos chegavam e, logo, eram vendidos.

PARADA MUSICAL/1965 DE PATROCÍNIO – Com a juventude patrocinense, os vinte maiores sucessos foram uma mistura da Jovem Guarda e do hit internacional. “La Bamba” e “Perfídia” com Trini Lopez. “Se Piangi Se Ridi” (Bob Sollo) e “A Casa d’Irene” (Nico Fidenco). “Professor Apaixonado” interpretado por Nilton César. “Twist and Shout” com os mitos The Beatles. O rei Roberto Carlos liderava a parada com oito sucessos: “Calhambeque”, “História de um Homem Mau, “Aquele Beijo que te Dei”, “Minha História de Amor”, “Brucutú”, “Não Quero Ver Você Triste” e “Garota do Baile”. Já Erasmo Carlos cantava dois grandes êxitos da dupla: “Festa de Arromba” e “Minha Fama de Mau”. Wanderley Cardoso com “Presta Atenção” e Jerry Adriani com “Querida” também estavam no desfile musical de 1965, em PTC. E três conjuntos completavam a lista das “vinte mais”. Trio Esperança (Festa do Bolinha), The Animals com “Casa do Sol Nascente” e The Golden Boys (Ai de Mim). Além desses vinte sucessos, ainda se encontravam na Parada, John Foster (Amor Scusame), Os Incríveis (Cavalgada), Giani (Dominique) e outros sucessos de Roberto e Beatles (Fonte: Revista do Natal, pág. 29).


Patrocínio, 1 de maio de 1962. No sentido horário: Cine Patrocínio, comércio na Pça Santa Luzia e políticos (Enéas Aguiar, João Elias — Deca, radialista no segundo plano —, o vice prefeito Ditinho e outros)

COMÉRCIO INESQUECÍVEL – “Bar Itapoã” dos irmãos Antônio, José e Manoel Ferreira, na Praça Honorato Borges. “Ponto Lotérico” de José Luiz Avatar (a lenda Tatá, pai do atual vice-presidente do CAP) à Rua Cel. João Cândido, junto à “Principal’ (calçados), quase Rua Gov. Valadares. “Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais”, sob a gerência de Benedito Romão de Melo. “Patrocínio Hotel”, de Almério de Brito, à Rua Cel. João Cândido esquina com a Rua Cassimiro Santos. Auto Pinturas Machado, “o homem que pintou o céu de azul”. “Eletro Baterias” de Nadir Rodrigues. “Café Constante”, o “Pelé dos Cafés”, na Rui Barbosa, 638. “Gráfica Pinheiros” (do “Tampinha”) à Rua Major Tobias, 413, Fone: 4.5.3.

MAIS GENTE FAMOSA... – José Papa e o seu Escritório Contábil, à Av. Rui Barbosa. Oficina João Cornélio, o “Martelo de Ouro”, na Rua Presidente Vargas. Sesostres Pedro de Alcântara (Praça Honorato Borges), “comprador e vendedor de queijos”. Sociedade de Medicina e Cirurgia de Patrocínio anunciava nova diretoria para 1966: Dr. José Queiroz (diretor), Dr. Sebastião Machado (vice-diretor), Dr. José Figueiredo (secretário), Dr. Walter Pereira Nunes (bibliotecário), Dr. Gustavo Machado (tesoureiro) e Dr. Michel Wadhy (orador). A diretoria que finalizava o mandato era liderada por Dr. Latif Wadhy. Na Praça Santa Luzia, Elmiro Silva, Amâncio Silva e Irinaldo, “agrimensores ao seu dispor”. Dr. Napoleão e Dr. Unias Silva (parece, hoje falecidos), formavam o consórcio de advocacia, à Rua Presidente Vargas. E Severino Gonçalves, o representante Brahma Chopp (chopp e cerveja).


Estudantes da Escola Normal, última semana de abril de 1962. 

ENFIM – Esse é mais um saudoso retrato, em preto e branco, na parede de cada casa da saudade de (nossa) querida cidade. A imagem é de 1965.


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Que Patrocinio, tem grandes mulheres jornalistas, todos sabem. Permitam-me citar apenas duas: Leide Carvalho e Karina Rúbia, em homenagem a todas.

Trago, porém uma observação minha, depois voces conferem se procede. Atentem para o que tenho como sendo um fenômeno. Prestem a atenção no protagonismo da MULHER patrocinense, Na COMUNICAÇÃO especificamente no setor do CAFÉ em Patrocinio. Olha isto: Sônia Farinha Fernandes ( Soninha da ACARPA, que se Deus quiser e os associados- e eles querem- será a primeira presidente da entidade) Anna Lívia( Assessora de Comunicação da Expocaccer); Sandra Morais (Traider de cafés especiais da Expocaccer); Farlla Gomes (Gerente de sustentabilidade da Expocaccer). Esqueci alguém?

Prestem atenção na contagiante paixão, na fala fluente, na expertise, no conhecimento de causa, no sorriso encantador que estas mulheres falam da cultura do nosso café. É tema na ponta da língua.

(Claro, óbvio, lógico, há homens também que se destacam nesta área… mas aqui estamos falando das mulheres)

Deixei por último porque ela tem uma novidade sensacional: Polliana Dias. Foi Assessora de Comunicação da Expocaccer, por mais de 14 anos, foi assessora de comunicação da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, mestre de cerimônias, mediadora de painéis e comunicadora por excelência. E agora, POLICAST- digo - PODICAST: “TERRA DO CAFÉ”

Trata-se de uma grande novidade do Sistema Difusora de Rádio, que acaba de celebrar 74 anos trazendo inovações. Uma destas novidades foi o lançamento do Podcast, com o sugestivo nome de... Pronto? TERRA DO CAFÉ. E a grande tacada: convidaram Polliana Dias, para comandar o novo formato de comunicação. Na pauta, claro, além do Café, o Agro em todas as suas vertentes e dimensões. Acertaram em cheio.


No lançamento, que ocorreu 14/12, ninguém menos do que o grande pioneiro (Pioneiro em muitas coisas em Patrocínio) José Carlos Grossi e seu filho José Carlos Grossi Segundo. Episódio histórico. Polliana frente a frente com uma lenda e sua saga, não deixou por menos. Deu um show como entrevistadora.

Como Podcast é o rádio, podendo ser assistido na internet, com uma grande diferença, você pode conferir o conteúdo, em qualquer lugar do mundo, a hora e quantas vezes quiser.

TERRA DO CAFÉ. Sempre, quinta-feira, às 20:00. Anotou?


ELAS, O CAFÉ E A COMUNICAÇÃO. Comece a considerar: A mulher patrocinense, é hoje, porta - voz da qualidade do nosso café..


  • Entre outros males da internet surgiu a informação descabida de que a palavra “campus” é acentuada. Trata-se um termo latino ainda não aportuguesado pelo VOLP, por isso sem acento. Abaixo, minha contribuição para estudantes de Letras e redatores em geral de palavras e expressões que há pouco tempo foram incorporadas ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Agora, sim, podem ser usadas.

  • Já li que é o povo quem faz a língua. Concordo e discordo, ao mesmo tempo. Darei um exemplo para o que acabei de escrever. De tanto tempo que o povo usou a palavra “deletar”, que veio de “to deleat”, os dicionários resolveram adotá-la oficialmente. Mas, podem ter a certeza de que expressões como “Nóis foi” jamais receberá o abono dos gramáticos. Acho que me fiz entender, não?

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