( Foto usada com a permissão do autor: Jonatha Diego, Busólogo de Coração)
Prezado amigo que reside em Altamira, também conhecida como, “Princesinha do Xingu”, estado do Pará, está ai em dúvida se compra ou não, a passagem? Se embarca ou não neste busão novo que passou a compor a paisagem do lugar? Tem uma empresa de ônibus chamada Trans Águia Turismo, aí na sua cidade, confere? Pois, é, aqui na minha cidade tem uma outra chamada Expresso União. Esta crônica, em formato carta aberta, pretende lhe trazer um naquinho da vasta história desta empresa e justificar seu caso de amor com a cidade que lhe viu nascer.
Escrevo a você de Patrocínio- Minas Gerais. Creio que, até então, você nunca tinha ouvido falar o nome da minha cidade, mas, por favor, “Jogue no Google, aí”. Já lhe garanto: Cidade hospitaleira, povo ordeiro, pacífico e, especialmente aguerrido no trabalho. Aqui é o mais doce colo de Minas Gerais e, importante: Terra do melhor café do mundo. E, sumamente importante: Regão-mãe de cerca de, 60% dos maiores empresários ligados ao transportes nacional. Claro, citando somente alguns compatrícios, para que você tenha uma pálida ideia. Além do Sr. Constantino de Oliveira, filhos e filhas, Paulinho Constantino, Pedro Constantino, Dimas José da Silva (in memoriam) Raul Pinto de Magalhães, Sérgio Anibal, João Batista de Carvalho...Portanto, somos o berço nacional do transporte de passageiros do país.
“Embarquei no Google, de cá”, também e fiquei de queixo caído com a sua Altamira. Moço, sabia, não, ela é continental! Fiquei pasmado ao saber que até o final de 2008, seu município foi o maior do planeta em relação à delimitação geográfica. Com seus invejáveis 159.533 km², o município é maior do que dez estados brasileiros, além do Distrito Federal. A extensão territorial supera também alguns países, como Portugal, Inglaterra, Islândia, Irlanda e Suíça... para encurtar o papo, soma mais de 50 da minha Patrocínio. Só que a gente, sem querer arrastar bagaço, é- digamos - continental também, só que em outros aspectos.
Patrocínio- Minas, Altamira- Pará, estamos há quase três mil km um do outro. Uma lonjura, pra dar com pau, mas que agora, ligaram os pontinhos aqui, ali, acolá. Transformaram a qualidade da viagem. Ou, seja, o que era bom, ficou melhor.
Quando se fala em Minas e Pará, vem à tona as nossas ricas diversidades culturais. Mas o texto em tela, não é sobre elas. Lembra-se?
Por isto, mesmo entre, “PAI D’ÉGUA”, (ALGO GENIAL, legal, sensacional, extraordinário, maravilhoso) daí; o “UAI”, (EXPRESSÃO DE ESPANTO, surpresa, admiração) de cá; o pato no tucupi e o tacacá, daí, o cafezin com pão de queijo de cá, concentre na notícia que é a alma deste texto:
A partir do dia 17 de novembro de 2023, você dever ter notado, que, justamente nos horários e itinerários da Trans Águia, um ônibus nas cores prata, (agora, substituindo o branco) laranja e azul claro, vindo de Medicilândia,( Início da linha) tem estacionado aí na plataforma da rodoviária de Altamira. Pois é: Trata-se da empresa Expresso União de Patrocínio- Minas Gerais.
Seguinte. Tome uma cuia de tacacá, daí; vou passar uma xícara de cafezinho no peito, de cá. Senta que lá vem um minuto de história... Diga-me uma coisa, amigo. No vasto Pará, sabe de alguma empresa, que alcançou 66 anos de atividade? Se, sim, mais uma pergunta: Ela ainda continua em sólido crescimento? Entendeu o motivo do meu orgulho? Ops! Falando em orgulho. Não tenho procuração nenhuma para falar da referida empresa, mas é gratidão, admiração e conhecimento de causa, que fazem meus olhos brilharem. A sementinha de um projeto de sucesso, nasceu das mãos dos Sr. Nenê Constantino, calejadas numa direção mecânica (Foi meu Patrão, por 30 anos). Ficou orfão de mãe aos 07. Nos anos 40, transportava alface, tomate...verduras, num carinho de mão nas ruas de terra da minha cidade. Com isto fazia “uns cobres” para ajudar o pai e mais quatro irmãos... mais tarde, ele descobriu sua verdadeira vocação: Transportar as pessoas com segurança e qualidade. Aquele menino pobre e órfão, tem, hoje, 92 anos, deixou o trabalho, para os filhos, na prateleira mais alta do empresariado nacional. Outro fenômeno: Seus filhos herdaram, não somente seu tino administrativo, mas também, aquela sua humildade mineira. Aliás, trabalho, competência, discrição e humildade, são valores que estão no DNA de toda família.
Tudo que já lhe falei e vou lhe falar aqui, em duas pílulas: “Por trás de uma grande empresa, tem sempre um grande homem: Sr Nenê Constantino”
“Por trás de grandes empresas, tem sempre uma grande empresa: Expresso União”
Amigo, altamirense, tenha fôlego longo ai, para a saliente verdade que se segue: Se hoje milhares de mineiros, paulistas, goianos, brasilienses, cariocas, gaúchos, mato-grossenses, sul-mato-grossenses, paranaenses, catarinenses (e agora paraenses) são transportados, por empresas com o nome de Viação Piracicabana, Expresso Itamarati, Pássaro Marron, Empresa Cruz, Gol, Metrô Belo Horizonte, Princesa do Norte, Penha, Expresso de Prata, Reunidas, Viação Luwasa, Expresso Caxiense...( empresas estas pertencentes a holding Comporte, ou não) com elas, centenas de dezenas de cidades são atendidas no país, por que?. Porque, por trás de todos estes nomes, logomarcas diferentes, cores outras, meios de transportes outros, teve um corajoso condutor de carrinho de mão nas ruas de terra nos primórdios de tudo e depois dele, o “fiat lux”, ou a “célula mater” de tudo: Expresso União.
Portanto, meu prezado amigo, martelo batido, negócio fechado. O Expresso União, adquiriu a Trans Águia Turismo de sua cidade, Altamira/PA. A empresa tinha 23 anos, operava a linha de Medicilândia/PA a São Paulo/SP, agora, é com a mineirinha pé rachado da qual lhe falei com uma frota 0km e tudo. Li na página institucional da empresa que os carros adquiridos para esta operação são do modelo Vissta Buss DD da Busscarbrasil, acoplados sobre plataforma Mercedes O 500 RSD, já no padrão Euro VI com menos poluentes. A configuração interna dos carros dá-se em 8 poltronas Leito-Cama no piso inferior e 42 poltronas Semi-Leito no piso inferior, além de tomadas USB, água mineral e toalete. Li e pensei na hora: “Nem é um ónibus, é um B&B Hotels sobre quatro rodas”.
( Foto usada com a permissão do autor: Júlio Barboza, Editor Ônibus & Transporte)
Não podia ser diferente, pois é chão que não acaba mais, né, meu amigo. É preciso, várias conexões com troca de veículos. É um desce e sobe de gente sem fim neste mundão de meu Deus.
No trecho de São Paulo a Goiânia/Anápolis, temos cerca de 16 horas de viagem; de Goiânia à sua cidade, Altamira, cerca de 43 h.
É assim: Os ônibus do Expresso União, saem de Medicilândia, passam aí na sua Altamira e tome estrada. Passam pela Região Norte, Planalto Central, Região Centro-Oeste, e chega a nossa Região Sudeste. Em suma: 04 cidades do Estado de São Paulo; 02 cidades de Minas Gerais (Uberaba e Uberlândia, “a última, “um bairro de Patrocínio” diz um amigo, bairrista aí supracitado. Será se ele é hiperbólico rsrs) 06 cidades de Goiás; 04 cidades de Tocantins; 10 cidades do Pará.
Bom. Se você acha que carreguei a mão de tinta nesta crônica, é por que você nunca viu o Diretor do Expresso União, Ronaldo Samuel, ciceroneando os visitantes nos átrios da empresa.
Para você entender melhor. O Expresso União, com sua história fascinante, está para Patrocínio, como o Rio Xingu com suas águas azul ardósia, está para Altamira.
Olha. Não estou prometendo nada, mas se até o emblemático ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegge, apareceu por ai... quem sabe. Dando certo, também, aparece por estas plagas.
Voce sabe amigo. Se União é convergência, ligação, encontro, harmonia, laço, elo, relacionamento, como viu acima, eis o Expresso União cumprindo bem o seu destino.
Obrigado, por ter “maratonado” aqui comigo na apaixonante saga desta empresa. E o mais importante, ela agora está pertinho de você. O que por aqui, se diz, “Excelente”, por ai, no Parazão querido”, se diz, “Pai d’égua”. Uai, que seja. Não deixa de ser a conquista de mais um honroso selo de qualidade para o Expresso União.
Com amizade,
Milton.
Frazão (Perereca) com a camisa do Patrocínio Esporte Clube (CAP)
Ele foi um dos nomes mais importantes da história do futebol de Patrocínio, nascidos na cidade. Como Chapada, Dedão, Macalé, Gulinha - este de Araxá, mas foi radicado a vida toda em Patrocínio – Gato Branco, e tantos outros.
Vestiu como ninguém a camisa do Patrocínio Esporte Clube no final dos anos 1960 e 1970. Faleceu numa tarde quinta-feira de fevereiro de 2015, aos 69 anos de idade. Seu nome Eustáquio Frazão Ramos, mais conhecido pela torcida, do Patrocínio e também do CAP, como Perereca.
Não sei ao certo, mas segundo se falava, o apelido de Perereca se deu pelo falto de não ter medo de saltar para fazer as defesas no gol. Foi um grande goleiro.
Perereca era conhecido não só em Patrocínio. Frazão jogou também em Patos pelo Mamoré e URT, em Monte Carmelo pelo Clube dos Cem, em Juiz de Fora pelo Tupi. Ele também atuou fora de Minas: em Goiás, no Atlético Goianiense e Anapolina; no Rio de Janeiro no Olaria; em Mato Grosso no Misto de Cuiabá. Também nas bases do Atlético-MG, América-MG e Cruzeiro. Quando parou no profissional, manteve sua paixão pelo esporte jogando pelo União (União Recreativa Patrocinense) de Patrocínio.
Fez muitos jogos memoráveis. Um deles jogou ao lado de Garrincha, numa partida exibição do craque do Botafogo e Seleção Brasileira na cidade, na década de 1970.
O Frazão era amigo e muito engraçado. Uma peça. É bom lembrar dele com alegria. Onde estava era rodeado de pessoas, todos querendo ouvir suas histórias, do futebol e de pessoas comuns. Combinamos de fazer, em vídeo para o portal da Rede Hoje, um programa semanal de seus "causos" no futebol, mas infelizmente, não fizemos.
Foi servidor público municipal de Patrocínio durante os governos de Afrânio Amaral. Atuou também pelo Grupo Áurea – Expresso União, Gol – em Brasília e trabalhava no aeroporto. Quando chegava alguém de Patrocínio e gritava: “Perereca, ô Perereca...”, ele fingia que não era com ele. É que no aeroporto todo mundo o conhecia como “senhor Frazao”.
- Se eles descobrissem meu apelido não teria mais sossego com o pessoal da nossa companhia nem das outras, dizia.
Do futebol gostava de contar causos deliciosos de outro jogador que atuou com ele em muitos clubes, o “Pacuzinho”, de Monte Carmelo, que bebia muito. Lembro-me de duas.
Uma, na folga do time, o Pacuzinho encheu a cara e ficou até tarde no bar. Para ir pra concentração, tinha um atalho que passava dentro do cemitério da cidade onde jogavam. De madrugada, o Pacuzinho chamou um taxi para levá-lo à concentração. Só que o taxista não sabia do detalhe do atalho. Ela ia orientando o motorista sobre onde morava. Chegou em frente ao cemitério, o Pacuzinho disse:
- É aqui que eu moro. Espera ai que vou buscar o dinheiro para pagar a corrida.
Quando o taxista o viu entrando no quebrado do muro do cemitério, ligou o carro e não voltou mais, nem pra receber.
O Perereca contava também que foram a uma cidade inaugurar um estádio. Quando o prefeito foi dar o pontapé inicial, o Pacuzinho entrou de sola.
Ele falou com o atacante:
- Que é isso, rapaz, o homem é o prefeito da cidade!
E o Pacuzinho:
- Perereca, cê me conhece, sabe que aqui dentro de campo não respeito nem minha mãe.
Pois é. Assim era o Perereca ou Frazão.
Torcedor do Clube Atlético Mineiro e do Patrocínio Esporte (que era o CAP) – extinto – Eustáquio Frazão deixou a esposa Rosa Maria Duarte Ramos, os filhos Marco Wendell, Heloísa Helena, Elisângela Cristina, genros, nora, netos, irmãos, sobrinhos e muito amigos, eu entre eles. Sai do dia a dia dos patrocinenses e entra para a história da cidade como um de seus protagonistas.
Crônica integrante do meu quinto livro — segundo da série — "O Som da Memória, A Volta", lançamento previsto para este mês de dezembro de 2023.
Cento e um reais. Só isso. Todo dia, quando ia às compras, Delia gastava pouco. Comprava a carne e os vegetais mais baratos. E, mesmo quando estava fatigada, ela visitava as lojas para encontrar a comida mais barata. Economizava cada centavo possível. Delia novamente contava o dinheiro. Não havia erro. Cento e um reais. Só isso. No dia seguinte era Natal. Ela nada podia fazer. Só lhe restava sentar-se e chorar. Então, ela se sentou na pobre salinha e chorou. Delia morava nesse pequeno lugar, em Nova Iorque, com o esposo, James Dillingham Young. Eles também tinham um quarto, uma cozinha e um banheiro, pequenos e pobres cômodos. James ainda era sortudo, pois tinha um emprego, apesar de não ser bom. Esses cômodos consumiram quase todo seu dinheiro. Delia procurava trabalho, mas os tempos eram ruins, e ela nada conseguia. Mas quando o esposo veio para casa, Delia o chamou de “Jim” e o abraçou. E isso foi bom, pois ela parou de chorar e limpou o rosto. Ela ficou à janela e fixou o olhar em um gato cinza de um muro de uma estrada cinzentos. No dia seguinte seria Natal, e tinha ela apenas cento e um reais para comprar um presente para o esposo. O “Jim” dela. Ela desejava dar-lhe algo bom que poderia mostrar-lhe o quanto ela o amava. Subitamente, Delia virou-se e dirigiu o olhar para o vidro que havia no muro. Seus olhos brilharam. Agora, o esposo tinha duas coisas muito especiais. Uma era o relógio de ouro que pertencera ao pai e antes disso ao avô. A outra coisa especial eram os cabelos de Delia. Rapidamente, ela soltou suas belas e compridas madeixas. Elas cobriam as costas e eram como se fossem um casaco. Depois, rapidamente, prendeu-as novamente. Por um ou dois segundos, ela se acalmou e chorou um pouco. Depois, vestiu o velho casaco marrom e colocou o chapéu da mesma cor, virou-se e saiu da sala. Desceu para a estrada, e seus olhos brilharam. Passou por algumas lojas e parou numa porta onde se lia “Senhora Eloise – Cabelos”. Lá dentro, havia uma mulher obesa, que em nada se parecia com uma “Eloise”. “A senhora gostaria de comprar meus cabelos?”, Delia perguntou. “Eu compro cabelos”, disse a senhora. “Tire o chapéu e mostre-me seus cabelos”. Então, caíram de Delia os lindos cabelos castanhos. Tocando a linda cabeleira, a senhora disse “Cem reais”. “Rápido, corte os cabelos e dê-me o dinheiro”, disse Delia. As próximas duas horas passaram rapidamente. Delia se alegrou por visitar as lojas em busca de um presente para o esposo. Finalmente, ela o achou. Era uma pulseira de ouro para o relógio. Jim o amava, apesar de não ter pulseira. Quando Delia viu a pulseira, logo percebeu que serviria para Jim. Ela resolveu comprá-la. Pagou à loja cento e um reais e rapidamente se dirigiu a sua casa, com o restinho do dinheiro. Lá chegando, olhou no espelho o resto de suas tranças. “O que farei sem elas?”, pensou Delia. Na próxima meia hora, ela se manteve ocupada. Depois, olhou-se novamente no espelho. Seus cabelos agora eram pequenas tranças. “Oh, querida, você se parece com uma colegial”, disse a si mesma. “O que Jim dirá quando me vir?”. Às 19 horas, o jantar estava pronto, e Delia esperava o esposo. “Espero que ele ainda me ache bonita”, ela pensou. A porta se abriu, Jim entrou e fechou-a. Ele parecia muito magro e precisava de um casaco novo. Seus olhos miravam Delia. Ela não pôde entender o olhar dele e ficou temerosa. Ele não parecia raivoso ou surpreso. Encarou a esposa com um olhar estranho. Delia correu na direção dele. “Jim”, ela gritou, “não me olhe deste jeito. Eu vendi meus cabelos para lhe dar um presente. Logo eles crescerão novamente. Eu tive de fazê-lo, Jim. Por favor, diga-me ‘Feliz Natal’. Eu tenho um lindo presente para você.”. “Você cortou seus cabelos?”, Jim perguntou. “Sim, eu os cortei e vendi”, disse Delia. “Você não me ama mais, Jim? Eu ainda sou a mesma”. Jim olhou em redor da sala. “Você diz que seus cabelos foram embora?”, disse ele quase grotescamente. “Sim, eu lhe disse”, Delia respondeu, “pois eu o amo. Posso servir o jantar agora, Jim?”. Subitamente, Jim abraçou a esposa. Então, tirou algo do bolso e o colocou na mesa. “Eu a amo, Delia. Não importa que seus cabelos estejam compridos ou curtos. Mas se você abrir o embrulho, perceberá por que a princípio eu parecia chateado”. Excitada, Delia abriu o pequeno embrulho e deu um pequeno grito de felicidade. Um segundo depois, houve gritos de infelicidade. Lá, havia os pentes para seus lindos cabelos. Quando ela viu esses pentes pela janela da loja, quis comprá-los. Eram pentes lindos e caros, e agora pertenciam a ela. Mas ela já não tinha os cabelos. Delia apanhou os pentes e os segurou. Seus olhos encheram-se de amor. “Mas logo meus cabelos crescerão novamente, Jim”. Então ela se lembrou de algo. Saltando e gritando, ela levantou-se para apanhar o presente do esposo e o entregou a ele. “Não é lindo, Jim? Procurei-o por toda parte. Agora você vai querer olhar para seu relógio centenas de vezes por dia. Dê-me seu relógio, Jim! Vamos vê-lo com a nova pulseira”. Mas Jim não lhe respondeu. Ele sentou-se, pôs as mãos na cabeça e sorriu. “Delia, vamos guardar nossos presentes por algum tempo. Eles são maravilhosos. Veja, eu vendi o relógio para comprar seus pentes. Agora, vamos jantar”...
Patrocínio em 1962. Foto: reprodução Rede Hoje
Se eu disser, Helena Alves Pires Nunes, poucas pessoas vão conhecer, mas se disser: “LENINHA DA CASA DA CULTURA”, quero ver quem não a conhece.
Leninha, através de um belíssimo texto, acaba de anunciar a sua merecida aposentadoria.
Foram 33 anos e 8 meses de dedicação, dos quais, 30 somente à nossa cultura e arte.
Quantos governos passaram pelo município, quantos secretários de cultura, passaram, quantas diretorias do museu prof. Hugo Machado da Silveira, passaram, quantos conselhos culturais, passaram, Leninha, porém, se manteve firme no seu posto de colaboradora guardiã do nosso Relicário Histórico, Cultural, Arquitetônico e Artístico.
Para quem não sabe, Cultura é a pasta de menor dotação orçamentária, é a que mais se cobra resultados, colaboradores do setor cultural são os que mais trabalham e os que menos são reconhecidos.
Leninha foi uma gestora cultural, muito presente e responsável.
Servidores Públicos desta estirpe, com esta folha de serviço, não deveriam se aposentar, pois como se há de substituí-los?
Se de um lado, esse quê de tristeza, esse sentimento de perda; do outro, essa satisfação íntima de ver alguém cumprir com tanta dignidade a sua missão.
Helena, a Nação Patrocinense tem um recado especial pra voce:
“ Gratidão, por tudo, Leninha!
Agora se dedique mais à sua família, cultive flores, tome sorvete na praça, conte estrelas por aí, pise descalço em várias praias, tome café da tarde com amigos, exalte nossa cultura onde estiver, pois será sempre a nossa “Leninha da Casa da Cultura”
LENINHA AGRADECE:
"Quanta alegria em ser lembrada, de maneira tão sensível e honrosa por você, Milton, esse profissional de tamanha credibilidade e competência da imprensa local e tão digno representante da arte literária patrocinense. Palavras tão gratificantes que, nesse momento especial de minha vida, me emocionaram muito, pois não há reconhecimento mais valioso do que aquele que parte de pessoas que valorizam a arte e a cultura de nossa cidade e exaltam o trabalho daqueles que as promovem. Toda minha gratidão! Saiba que gestos como este fazem tudo valer muito a pena, numa trajetória em que, por opção, sempre estive atrás das cortinas de tantos espetáculos ou na organização dos grandes eventos culturais, me apropriando da alegria daqueles que, de alguma forma, colaborei para que tivessem espaço de mostrar seu talento e sua arte. Muito honrada, sem dúvida!!?"
AMIGOS COMENTAM:
ELIANE NUNES:
"Gratidão a você Milton Magalhães, a Helena merece todo reconhecimento de uma vida dedicada à cultura Patrocinense... A ela, a nossa (de todos grupos culturais, artistas e funcionários) eterna gratidão, amizade e carinho..."
SEBASTIÃO SALVINO NASCIMENTO:
"Parabéns! Pessoa admirável sob todos os aspectos".
ELIANE LIMA:
"Muito obrigada, pelo seu carinho e atenção, sempre que precisei de você, Helena. Pessoa fina, elegante e sincera... Como cantou o poeta. Aproveite bastante essa nova fase de sua vida. Grande abraço!"
GILCA FERRAZ:
"Parabéns Helena! Aposentadoria justa e merecida! O tempo passa rápido. Foi minha aluna exemplar no Colégio Berlaar…"
LEILA MARIA DOS REIS:
"Ahhhh, que lindeza ! Quanta saudades dessa menina !"
MARIA DAS GRAÇAS ANCELMO:
"Parabéns,Helena! Mil felicidades! SAÚDE E PAZ!"